Epílogo

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Angel já estava com a barriga enorme, sentindo a vida crescendo dentro de si a cada dia que passava. Ele estava na cozinha do hotel, se deliciando com um bolo de chocolate, os olhos brilhando de felicidade enquanto lambia os dedos sujos de cobertura. Niftty, ao seu lado, ria e se divertia, com a boca igualmente suja de chocolate.

— Niftty, você está parecendo uma criança com toda essa bagunça! — Angel disse, rindo, enquanto pegava mais um pedaço de bolo.

— E você não está diferente, mamãe! — Niftty retrucou com um sorriso travesso, limpando um pouco do chocolate do rosto de Angel com um guardanapo.

De repente, Angel soltou um pequeno gemido de desconforto e colocou a mão na barriga. Niftty parou de rir e se inclinou para mais perto, seus olhos arregalados de preocupação.

— Angel? Você está bem?

— Estou bem, Niftty. Só... só uma pontada. Não se preocupe... — Angel tentou sorrir para acalmar Niftty, mas a dor parecia estar ficando mais intensa.

Antes que Angel pudesse dizer mais alguma coisa, outra contração o atingiu com força. Dessa vez, Angel não conseguiu esconder a expressão de dor, e acabou deixando o prato cair no chão, colocando as mãos instintivamente na barriga.

Niftty ficou imediatamente alarmada. Correndo pelo hotel em busca de Alastor, seus passos rápidos ecoavam nos corredores enquanto sua mente estava em um turbilhão de pensamentos. Quando encontrou Alastor, que estava conversando com Husker e Charlie no corredor, ela quase tropeçou ao tentar parar de correr.

— Papai! Papai! É o Angel! — Niftty gritou, suas palavras saindo atropeladas pela urgência. — Ele... Ele está sentindo dores...

Alastor virou-se imediatamente ao ouvir os gritos desesperados de Niftty. Ele correu na direção da cozinha, deixando Husker e Charlie para trás. Quando chegou, encontrou Angel sendo ajudado por Cherrie e Veggie. A respiração de Angel estava acelerada, e ele suava de dor.

— Angel... — Alastor murmurou, ajoelhando-se ao lado de sua aranha, segurando sua mão com força

— Vamos levá-lo para o quarto — disse Veggie, com uma voz calma mas autoritária. — Vou ajudar com o parto.

Com cuidado, Cherrie e Alastor ajudaram Angel a se levantar, apoiando-o enquanto caminhavam para o quarto.

Alastor não soltava a mão de Angel...

Quando chegaram ao quarto, colocaram Angel na cama, e Veggie começou a organizar o que precisava para o parto. Alastor sentou-se ao lado de Angel, deixando que ele apertasse sua mão com toda a força que precisava.

— Você está indo muito bem, Angel — Veggie disse, com uma voz encorajadora — Continue respirando fundo.

— Merda... — Angel grita com a dor que sente na base da sua barriga e aperta a mão de Alastor mais uma vez — Ahhhhhh...inferno, isso dói! Esqueça! Não quero mais filhotes! Já basta! 

Angel apertava a mão de Alastor com mais força, gemendo de dor. Niftty segurava uma toalha molhada e a passava pela testa de Angel, tentando aliviar um pouco do desconforto.

— Você consegue, mamãe. Você consegue — Niftty dizia, a voz trêmula mas agitada com tudo que estava acontecendo

— Você é forte, mon Ange — Alastor murmurou, beijando a testa suada de Angel

Angel gritava e apertava a mão de Alastor cada vez mais forte a cada contração, suando e tremendo.

Finalmente, após várias horas de trabalho de parto intenso, Veggie sorriu.

O pecado de um sorriso | RadioDustOnde histórias criam vida. Descubra agora