Capítulo 1.

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-Eu te odeio, eu tenho nojo de você!! 

Grito e sinto um tapa bem forte ser dado na minha cara, eu caio no chão e lá mesmo eu fico, sem forças pra levantar ou reagir.

-Sabe quando você vai se livrar de mim? Nunca! Agora vai ficar trancada pra aprender a me obedecer quando eu falo.

Ele saí de casa, tranca tudo por fora e leva a chave. Quando eu sei que ele saiu mesmo, me levanto do chão pra ver o meu estado e mais uma vez eu não entendo o porquê estou passando por isso. Escuto o telefone de casa tocando, e eu sei que ele grampeou pra evitar que eu fale sobre qualquer coisa pra alguém, demoro um pouco a atender.

*Alô?

*Oi filha! Tudo bem?

Quando eu escuto a voz da minha mãe, eu sinto vontade de chorar e contar pra ela tudo o que eu tô passando, mas não posso, ele a Mataria!!

*Sim mãe, tudo bem!

*Tem certeza? Sua voz parece meio tristinha.

Porque mãe sempre sente tudo? Que droga.

*Sim mãe, está tudo bem. Agora eu preciso desligar, amanhã te ligo.

Desligo o telefone antes que ela responda, se eu continuasse aquela ligação não ia acabar bem. Começo a andar pelo apartamento, enorme, luxuoso e mobiliado com tudo o que há de melhor, olho pela janela que é de vidro, mas é trancada e fico observando a vista da cidade a noite. Como eu trocaria tudo isso pra ter minha liberdade e viver longe desse inferno! Escuto o barulho da fechadura e corro pro quarto, me Jogo na cama e me embrulho dos pés a cabeça, fico esperando mas ele não aparece no quarto, melhor assim pelo menos eu durmo em paz...

Dia seguinte...

-Levanta meu amor, fiz um café da manhã especial pra você!

Me sento na cama, olho pra ele tentando entender porque ele é assim.

-Eu não quero café, não quero nada que venha de você!

-Você é quem sabe! Depois não reclama.

Ele sai do quarto, o telefone toca e quando vou atender ele me olha com aquele olhar de sempre "Se falar algo que não deve já sabe" respiro fundo e atendo:

*Alô?

*O Lucas está?

*Sim, com quem eu falo?

Era a voz de uma mulher, muito bonita por sinal.

*Ninguém que você deva saber queridinha.

Ele toma o telefone da minha mão e faz sinal pra eu sair de perto, me tranco no quarto mas fico ouvindo atrás da porta.

*Eu vou sim, pode deixar que a nossa noite tá garantida! Eu vou dar um jeito nela, e a gente se encontra no mesmo local de sempre!

Ele desliga e eu saio do quarto, fico olhando pra ele esperando uma explicação mas ele ignora.

-Quem era no telefone?

-Ninguém que te interesse.

-QUEM ERA A VAGABUNDA?

- ficando maluca porra? Perdeu a noção do perigo?

-Se tem outra porque não me deixa em paz? Porque você faz isso? Você não me ama, me faz mal.

-Cala a boca sua vadia!!!!

Ele vem pra cima de mim, me dando socos no rosto, eu tento me defender mas a fúria dele é maior, eu caio no chão e ele começa a me chutar, até que eu desmaio e tudo desaparece da minha vista...

Sophia...Onde histórias criam vida. Descubra agora