Capítulo 3.

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Estou sentada no chão faz horas, buscando algo dentro de mim que me faça ter forças pra reagir. Ele chega da rua, mas não troca uma palavra comigo e isso é até bom, pelo menos ele me esquece. Alguém bate a porta, com certeza é a mesma moça de hj de manhã!

-Oi, você mandou eu passar aqui.

-Sophia vai pro quarto! Agora.

Eu vou pro quarto e fecho a porta, mas consigo ouvir tudo o que eles estão conversando.

-Então, como você pode ver eu tenho uma imprestável dentro de casa, que não serve pra porra nenhuma.

-Eu percebi.

-Você que vai cuidar de casa, vai limpar, lavar, cozinhar e estar sempre a minha disposição quando eu quiser!

-Tudo bem, agora quero saber da parte mais importante.

-O seu salário vai ser pago de acordo com os serviços prestados. E isso inclui todos. Agora uma coisa muito importante: A Sophia não manda em nada aqui, você obedece ordens minhas. Ela não sai de casa, e enquanto você estiver aqui ela fica trancada no quarto, e sai quando você for embora!

-Ok, pelo menos não me perturba enquanto estou trabalhando.

-A chave do quarto dela fica comigo, eu destranco quando chego.

-Tudo bem!

-Então pode começar, eu saindo.

-O senhor pode pegar um pouco de água pra mim?

-Aqui está.

Ouço ele se aproximar da porta, tranca e saí de casa. Me deito na cama pra ver se eu durmo um pouco, mas a menina tá fazendo muito barulho, mesmo assim eu tento. Quando o telefone de casa toca, eu colo meu ouvido na porta pra tentar descobrir quem é:

*Alô? A dona Sophia saiu. Eu trabalho aqui! Assim que ela chegar ela retorna!

Quem será que era? Finalmente eu consigo pegar no sono, e me acordo a noite com muita fome. Quando abro os olhos, a porta do quarto estava aberta mas não havia ninguém, saio do quarto e o vejo sentado na cozinha, ignoro e abro a geladeira, pego um pão e algumas coisas pra fazer um hambúrguer.

-Faz um pra mim, também vou querer!

Não respondo nada, só concordo com a cabeça afirmando que sim. Faço os hambúrgueres e assim que ele come percebo algo diferente na expressão dele, mas não consigo decifrar o que é!

-Até que não ruim. Pelo menos pra algo de últil você serve!

Então era isso, ele gostou. Apenas agradeci, levantei da mesa e voltei pro quarto, de repente comecei a sentir um mal estar muito forte, gritei por socorro mas ele apenas me ignorou e saiu, mas esqueceu de trancar a porta, fui andando devagar até a porta e vi que ele não estava, bati na porta do apartamento da frente do nosso mas não cheguei a ver quem era, desmaiei antes...

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