Outra em Seu Lugar

Capitulo 2

Passo o dia com minha mãe, conversamos bastante. Falei a ela que tinha encontrado o meu pai e ela ficou muito surpresa, quando eu era pequena ela me falava dele e um dia tinha até me mostrado uma foto dele, os olhos mel de papai se destacavam.

A mostrei uma selfie que tirei com papai a ela, eu via os olhinhos dela brilharem, minha mãe ainda estava totalmente apaixonada pelo Jorge Lauriette e seus olhos azuis.

Ouço batidas e atendo a porta.

- Oi Jack.- sorriu pra ele.

- Oi Sra.. Judith.- ele sorrir, Jack tira um pacote de dinheiro e me entrega.- Um Senhor Chamado Tyler entregou aqui na portaria para Senhora, ele disse que os 120 mil dólares estão quitados da familia Morais.

Pego e olho, todas as notas em dólares, tudo certo.

- Obrigado, mas como ele sabia que estávamos aqui?- pergunto.

- Parece que ele esta hospedado aqui.- o celular de Jack toca e ele pede licença e sai do meu campo de visão.

Ao anoitecer decido descer para jantar, minha mãe decidiu ficar dormindo, eu respeitei a decisão, ela queria descansar.

Coloco uma calça de cintura alta bem colada deixando minhas pernas tentadoras e uma blusinha azul pequena, peguei meus brincos de pedra de diamante que meu pai me deu no meu aniversário e por fim um salto bege, sou baixinha. Desso e peço a companhia de Jack, ele aceito sem hesita.

Estávamos quase saindo do hotel quando dou de cara com o Heitor Fuller, um empresário forte parecido com meu pai, ele vem a anos tentado negociar conosco mas nunca consegue.

- Sra Lauriette. - ele estende a mão.

- Sr. Fuller. - seguro sua mão.

- Que prazer em ver você, como esta seu pai?- ele me pergunta.

- Vai muito bem, obrigado! - sorriu .

- Quando vamos poder negociar? - estava demorando para ele pergunta.

- Não sei Heitor.. - escuto passos firmes e me viro, vejo o deus grego de mais cedo, ele parece incomodado comigo.

- Este é meu filho Sra. Lauriette. - ele aponta justamente para o gato dos olhos verdes.

- Olá.- falo com ele, ele simplesmente sorri e se vira para o pai, que cara mal educado!

- Espero o Senhor lá fora.- se vira e vai embora, nossa ele nem deu tchau.

- Me desculpe pelo comportamento do meu filho.- Heitor sorri envergonhado. - Ele esta apressado para que eu conheça uma amiga dele.

- Oh, sem problema. - uma idéia louca passa pela minha cabeça.- se não fossemos ter compromisso, poderíamos falar de negócios.

Jack me olha apreensivo, sei que ele pensou no que eu tinha em mente.

- Por que não nos acompanha nessa nossa janta? - ele parece surpreso e bastante feliz.

- Não quero incomodar. - digo e sorriu.

- Você nunca incomoda bela menina. - quando me conheceu ele sempre me chamava de bela menina, mas a um tempo comecei a exigir formalidade.

- Então, se insiste, nós iremos. - olho pra Jack que não esta gostando de nada.. Ele sabe que eu vou fazer alguma loucura.

- Então vamos.

O caminho até o restaurante Fulano de Tal foi bem rápido, restaurante só com a classe A da cidade.

Assim que chegamos avistei Stela e Nenê. Elas empaleceram quando me virão.

Coloquei meu melhor sorriso e segurei no braço de Seu Heitor.
Elas me olharam de cima a baixo, elas comparado a mim não eram nada. E a primeira vez que me sento a mesa com elas, e estou achando graça de tudo.

O tal do Tyler sentou do lado da Stela e de frente pra mim.

Tudo estava indo muito bem ate que a Stela começou a citar o passado como se aquilo me afetasse.

- Não sei se o Senhor sabe..- ela falava enquanto cortava a carne.- mas a Judith é filha da nossa empregada.

- Ex! - interrompo ela. - Consegui tira minha mãe daquele inferno. - acrescento e sorriu pra elas que estão me matando com o olhar.

- Bem, não iriamos falar de negócios? - Seu Heitor muda de assunto.

- Sim, sim..- olho e vejo que Stela parece encantada com Tyler, não só ela como todas as mulheres do lugar, assim como eu.

- Eu queria abrir uma empresa aqui em Caruaru, claro com a parceria dos Lauriettes. - ele gesticular enquanto fala.

- Claro.. Prossiga. - dou permissão para ele continuar, as bruacas estão passadas pelo fato de saber que agora sou uma Lauriette. O Tyler me olha atentamente, e seu olhar me incomoda um pouco.

- Então, é uma empresa de imobiliária e de Design. Como eu sei que os Lauriettes tem vários tipos de empresas e que a senhora é considerada a melhor no ramo de design, eu pensei nisso. - ele parecia muito ansioso.

Mesmo com todo dinheiro que tinham, os Fuller nunca chegariam nem aos pés dos Lauriettes.

- Bem..- olho pra Jack e ele já sabe que a loucura vem agora. - Eu estava com uma ideia que talvez agradasse o Senhor..- todos estão prestando atenção.

- Continue Querida..- ele falou.

- Que tal juntarmos os Fuller aos Lauriettes..- nesse momento um brilho radiante saiu dos olhos do Heitor, parecia que tinha visto o céu abrir, mas por outro lado o Jack parecia triste e desolado, as bruxas más estavam sem reação olhando atentamente para o Tyler e ele estava me olhando como se quisesse me fazer sumir.

- Oque você esta insinuando? - pela primeira vez o Tyler falou comigo.

- Estou insinuando que você e eu nos casássemos. - olho pra ele, e nunca em minha vida vi um olhar tão irado sobre mim, parecia que tinha o agredido verbalmente.

- Você é louca!.- gritou Stela, e pela primeira vez eu consegui deixar ela incapaz e frustada.

- Cale-se menina.- gritou Heitor com ela e eu soltei uma risadinha. O Tyler estava me olhando, me encarando descaradamente de uma forma matadora.

- Bem.. O Senhor tem até amanhã para me dá a resposta. - olho pra Seu Heitor e o vejo feliz pela proposta, mas muito nervoso em questão do filho.

- Vamos! - olho pra Jack que já esta ao meu lado.

O caminho de volta foi rápido, Jack nem me olhava, e eu não entendia o porque.. Mas preferi ficar em silêncio.

Ele me levou até a porta do meu quarto e antes de entrar ele quebrou o silêncio.

- Por favor Judi...- ele nunca tinha me chamado de Judi, só quem me chamava assim era meu pai.

- Não peça.- olho firme pra ele, eu senti a dor em seu olhar e o vi indo, parecia desiludido. Eu sabia oque ele ia pedir, e não estava disposta a aceitar.

Ele nunca me viu com nenhum namorado, eu nunca tive. Só dei alguns beijos na faculdade. Mas nunca me entreguei a ninguém. Não tinha cabeça pra isso, o plano de vingança comeu 10 anos da minha vida, e agora eu estava aqui, pronta para o colocar em pratica.

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