Capítulo 22º

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" Preciso de uma voz para ecoar

Preciso de uma luz para me levar para casa

Eu meio que preciso de um herói

É você?"


( Nightingale - Demi Lovato )


POV - ( TYLER)


Olho para a Judi e seu semblante preocupado enquanto começa a falar, ela não quer me contar o porque de todo esse ódio. Mas ela precisa, ela sabe disso, nós sabemos.

- Tudo começou quando eu ainda era uma criança, praticamente cresci com a família da Stela. Nós nunca nos demos bem, e tudo começou com no meus aniversario de 5 anos. Minha mãe fez um bolo com o resto de dinheiro que tinha sobrado de uma feira, ela mal ganhava qualquer tipo de dinheiro, então ela decidiu pegar o resto para comprar os ingrediente para um pequeno bolo de aniversario para mim, eu me lembro da sensação de paz que ela tinha enquanto cantava e mexia o bolo, ela estava fazendo pela primeira vez um bolo para comemorar o aniversario de sua pequena menina, mas aí ela entrou na cozinha, ela nunca ia lá. – enquanto ela explicava seus olhos marejados e distantes me demostravam que ela estava revivendo tudo novamente, e eu percebi o quanto aquilo estava a machucando.

- Judi..- ela me olha um pouco triste, mas um sorriso lindo se abre.

- Esta tudo bem Tyler, você precisa saber.- então ela continua.- Ela olhou para minha mãe e então para mim.

- O que esta fazendo mulher desprezível? – Nenê olhava para minha mãe e o rosto dela mostrava o desespero em que estava interiormente.

- Hoje é o aniversario da Judi, eu só..- aquela mulher a quem eu nunca tinha visto tão descontroladamente se aproximo da minha mãe e bateu em seu rosto, o estalo daquela tapa dou em mim.

- Esta pegando dinheiro para fazer uma festa para essa mostrinha? – Nenê me olha com nojo, eu fui para trás da minha mãe, eu não poderia proteger minha mãe, eu não protegi nem a mim mesma.

- Mamãe? – a Stela entra com uma cara de choro na cozinha.

- O que houve raio de sol? – a menina correu para os braços da mãe.

- Ben disse que aquela mini empregada era mais bonita do que eu mamãe, eu não quero ele mais aqui.- o gritinho agudo dela era capaz de deixar as pessoas sem escutar por alguns segundos. Mas eu não entendia, droga, nós só tínhamos 5 anos.

- Mostre pra ela querida, você é superior. – a mãe da Stela a olhava com um olhar demoníaco enquanto a menina vinha em minha direção, então minha mãe se colocou na minha frente. – SAIA DA FRENTE! – Ainda escuto aquela víbora gritar.

- Não, não sairei. – minha mãe estava com uma marca vermelha em um lado do rosto, mas ela ainda parecia tão forte, ela era a minha heroína.

- Saia da minha frente.- a Stela tentou bater na minha mãe, eu fiquei extasiada, ela tinha apenas 5 anos. Minha mãe segurou os braços da menina e a empurrou.. por um momento me senti vingada, mas foi a pior coisa que aconteceu em nossas vidas.

- Ficamos 3 dias a base de agua trancadas em um quartinho. – ela enxugava as lagrimas enquanto me contava, e agora eu entendia.. mas a Stela não era assim comigo, ela nunca foi.

- Eu sei o que você deve ta pensando, ela nunca foi assim com você? É, ela nunca foi assim com nenhum garoto, mas com as garotas... Mas o começo do pesadelo só começou, quanto mais crescia mais problemas apareciam, ela me batia do nada e se eu fizesse qualquer coisa ou contasse para minha mãe, ficaríamos sem comer por sabe lá quantos dias. – puxei a Judi para o meu colo e a beijo nos cabelos, ela encosta a cabeça em meu ombro e fico observando as lagrimas dela caírem. – Eu tenho cicatrizes no meu interior que ainda são feridas abertas, e elas só se fecharam completamente quando eu conseguir destruir aquilo que eu mais odeio, e Tyler.. Não fique no meu caminho.- eu senti que ela estava falando a verdade, a Judi era descontrolada quando queria, mas ela era direta, ela não escondia nada.. acho que esses anos sem poder se expressar fizeram com que agora ela se expresse mais do que o necessário, e eu não posso tirar o direito dela, eu entendo..

- Só não se torne igual a ela.- foi a única coisa que consegui falar, mas o corpo dela travou, se afastou de mim e me encarou irritada.

- Eu nunca me tornarei igual a elas, eu odeio o que elas fizeram comigo e com a minha mãe, mas eu não faria o que elas fizeram comigo, meus meios não são esses Tyler, você não me conhece.. Nunca mais fale isso.- ela sai de cima da cama e eu vou atrás dela.

- Judi! Judi! – ela para e me olha, a pupila dela esta dilatada, e não a sinal algum de lagrimas.

- O que? Você também quer me insultar? Me bater? Me deixa aqui presa? – ela estava descontrolada, suspirei antes de a abraçar, ela tentou me empurra para longe então a abracei mais forte até que ela desistiu e as lagrimas estavam lá novamente.

- Eu te amo, e eu te amo porque você não é ela, você é minha, minha Judi. – coloco as mãos em seus rosto enxugando algumas lagrimas e em seguida a beijando.

- Não me machuque, você não pode fazer isso. – ela parecia um pouco desesperada enquanto me abraçava.

- É mais fácil você me machucar baby.- sem duvidas era mais fácil ela conseguir isso do que eu, tomei uma decisão enquanto estava ali com ela, a ajudando em seu mau dia. Eu não falaria mais com a Stela. – Ei.- ergo sua cabeça ate ela me olhar nos olhos.- Eu não falarei mais com ela. – um sorriso simples mas muito significante apareceu.

- Judith? – batidas na porta.

- Quem é? Seu Pai? – pergunto vestindo minha calça e ela fechando o robe.

- Talvez. – ela abre a porta e o Benjamin a olha de cima a baixo e só aquilo me fez virar um possessão territorialista, fiquei atrás da Judi e a abracei por trás, por um momento pensei que ela me afastaria, mas ela colocou suas mãos em cima das minhas enquanto olhava para um Benjamin muito incomodado.

- Oi Ben. – tenho que conversa com ela a respeito desses apelidos muito íntimos, penso.

- Judi, eu vim para falar que temos uma reunião em meia hora na empresa de Design do seu pai. – ele estava me ignorando então forcei uma torce. – Oi Tyler.

- Oi Ben.- fiz o mesmo som da Judi ela me deu uma cotovelada de leve e o Benjamin me olhou de lado.

- Estarei pronta em trinta minutos. – Ela responde rapidamente e o Benjamin sai mais rápido ainda. – O que foi isso? – ela pergunta assim que fecha a porta.

- Temos que conversa sobre esses apelidos. – começa a rir e para ao meu lado.

- Já conversamos demais hoje Tinho. – calma aí.

- Tinho? De onde você tirou isso? – sua gargalhada era algo tão sexy, ela era sexy.

- Meu Tinho, vamos lá. Temos ainda – ela pega o celular. – 28 minutos, pare de falar.

- Você me enlouquece garota. – a agarro e a jogo na cama.

- Hum.. algo mais selvagem baby? – ela me olha mordendo o lábio inferior, maldição.. vou enlouquecer.

- Você não viu nada baby.


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Oiie Amores, me desculpem por desaparecer do mapa, semana de prova e agora FERIAS, Então terei tempo de sobra para escrever. Muito Obrigado pelas 83 mil leituras, todas as estrelas e comentários.


Um Grande Abraço.

- Isabela Rodrigues.


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