CAPÍTULO 2

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"As pessoas querem alguém que fale o que elas já sabem, às vezes o que precisam é do respaldo de desconhecidos para poder fazer algo a respeito

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"As pessoas querem alguém que fale o que elas já sabem, às vezes o que precisam é do respaldo de desconhecidos para poder fazer algo a respeito." — Jout Jout

Benjamin Mitchell

— Eu gosto de quando você leva a gente pra escola, é divertindo contar as casas — Mabel comenta, saltitante, segurando a minha mão firme.

— Eu também gosto. — Thomy fala animado.

— Sério? — encaro os dois, levemente surpreso.

— A gente não passa muito tempo juntos... — Mabel suspira.

Tommy da ombros.

E eu sinto um nó se formar na minha garganta. Eu sei bem como eles se sentem, no fundo eu os entendia. Ambos tem medo de que um dia eu vá embora e suma como o nosso pai fez. Mas eu não era assim e tentava demonstrar isso quando podia, o problema era a falta de tempo. A rotina costumava me engolir, e o cansaço sempre ganhava.

— Semana que vem estou com a agenda livre — minto — Que tal um passeio? — sugeri, e pelo canto do olho vi os dois sorridentes.

— Sim! Ia ser perfeito! — Mabel exclama.

— A gente pode levar as bicicletas? — Thomy me encarou esperançoso e eu assenti.

Durante todo o trajeto até a escola, eles conversaram sobre os mais diversos lugares que deveríamos conhecer. Me lembrei que eu sentia a mesma empolgação quando o papai prometia sair comigo e com o Sean, mas não passavam de palavras falsas, ele nunca ia. Eu lembro do Sean chorar no banheiro por um verão inteiro, mesmo ele sendo mais velho, as promessas nunca cumpridas o afetava bem mais do que a mim. E eu jamais causaria isso nos meus irmãos mais novos.

 E eu jamais causaria isso nos meus irmãos mais novos

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Eu estava atrasado.

E definitivamente muito ferrado... Infelizmente as chances de receber um papel significativo na peça foi por água abaixo, graças ao incidente de um trânsito caótico. E como hoje eu resolvi sair sem carro, precisei confiar na boa vontade e agilidade do táxi.

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