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Robin talvez estivesse aguentando por Finney, e parando de usar por ele.
Depois do encontro com Finney, Robin e a mãe dele tiveram uma briga feia, e como sempre a irmã dele tentava defende-lo e era mandada para o quarto.
Nessa briga ele saiu correndo de casa e foi para a casa de Vance, lá, ele usou novamente, mas começou a passar mal. Pela sorte Vance tinha o número de Bruce, que ligou para Finney e explicou a situação, então Finney pediu para o pai dele que tinha carro ir até e levar Robin para a casa dele a casa de Finney Blake.
Finney estava deitado virado de costas para Robin, enquanto Robin o abraçava pela cintura.

- Eu não vou continuar com você desse jeito...- Finney fala com lágrimas nos olhos - Eu não quero passar por isso denovo

- Eu sei...desculpa - Robin diz com uma voz calma, mas preocupada, ele estava bem, aquilo só foi uma queda de pressão.

- Se você não parar eu nem quero que você olhe pro meu rosto - Finney agora fala com irritabilidade na voz
- Eu vou parar...eu prometo

Talvez a palavra prometer fosse um sério problema para Robin, só talvez.
Agora uma semana havia se passado, uma semana sem nenhum tipo de droga a não ser cigarro, não sabia se ter parado foi uma boa ou má ideia, já que mesmo ele estando limpo a uma semana Finney ainda estava com receio, mas andava com Robin mesmo assim.
Sábado a noite vai ter mais uma festa, na casa de Matt, festa de Halloween bem adiantada, todos que foram convidados confirmaram presença, Robin confirmou, mas sabia que Finney ficaria o seguindo então não ia poder aproveitar tanto.

- Tem várias formas de aproveitar - Finney fala sorrindo enquanto pega a comida da lancheira, sim, Finney usava lancheira no primeiro ano do ensino médio, para ele era bem mais higiênico do que enrolar em um plástico e comer depois.

- Quais? - Robin fala com um tédio absurdo, estava odiando aquela conversa, mas estava gostando de ouvir a voz de Finney
- Sei lá, rir das caras das pessoas, contar a história da sua fantasia ou ficar comigo - Finney sorri e da uma mordida no lanche

- Olha...todas as pessoas estão lá só por um motivo, sexo, drogas e um monte de merda, ninguém vai querer a ouvir a história da fantasia de ninguém.
- Por quê não tentar? -

Tentar é outra palavra que para Robin já perdeu o significado, mas agora ele estava lá, colocando a fantasia dele de Sherlock homes, decidiu colocar essa fantasia por um só motivo, Finney amava o Sherlock homes.
Robin sai de casa e vai até a casa de Finney. Robin não estava mais brigado com a sua mãe, ela se desculpou e disse que havia surtado ou algo assim, muita preocupação talvez, Robin não lembrava da conversa, mas sabia que não era a primeira vez que isso acontecia, eles sempre brigavam e se resolviam, era a coisa mais normal entre eles, até quando o pai de Robin estava vivo era assim.
Robin então chega na casa de Finney e bate na porta, e quando Finney abre Robin quase desmaia.
Finney estava filhadaputamente lindo, aquela fantasia de anjo, ele estava com uma calça cargo branca, uma regata branca que era mais um cropped, mas ele estava com binder por baixo, na cabeça um arco de anjo, a maquiagem era básica, e o tênis era branco.

- Gostou? - Finney sorri envergonhado
- Ah... muito...você tá realmente parecendo um anjo, tipo, ainda mais pelo cabelo loiro e tals, cachinhos - Robin fica nervoso, estava suando.

Finney então se aproxima, e da um selinho em Robin, e para Robin aquilo foi mais que perfeito, foi tudo, absolutamente tudo que ele sempre quis, apenas um selinho de Finney, eles nunca se beijaram antes e todas as vezes que Robin tentava Finney recuava, mas agora ele foi por conta própria!
- Eu...eu...não tava esperando - Robin diz sorrindo e suando mais, com o coração acelerado.
- Vamos! - Finney fala animado e pega na mão de Robin

Quando Finney desceu, Robin sentiu um leve cheiro de álcool, mas não ligou, apenas seguiu o caminho.
Na festa, estava lotada como sempre, Finney ficou com Robin, mas teve uma hora que eles dois decidiram aproveitar, mas Robin não iria usar nada, apenas beber um pouco.
Depois de uns 20 minutos de festa, Robin na estava sentado no sofá, fumando um cigarro, e Vance se senta ao lado dele.

- Eae cara...- Vance fala cansado
- Oi Vance...- Robin responde, os dois pareciam bem na merda
- Tá afim de usar?
- Não, não posso
- Ainda tá naquela promessa idiota - Vance diz rindo
- Não é idiota...
- É sim porra, não vale a pena Robin, você tem que parar por você, não pelo outros, quando o Finney vacilar ou fazer um monte de merda a primeira coisa que você vai fazer é se entupir de um monte de bosta e ter uma overdose denovo - Vance fala irritado enquanto olha para Robin

- Qual é Vance, fica quieto! Não é por quê e Bruce vacilou com você que o Finney vai vacilar comigo beleza?!
- Vai se foder! Viciado do caralho! - Vance aumenta o tom de voz - eles são farinha do mesmo saco!
- Não são, beleza? Para com isso, por quê você não guarda os seus problemas só pra você?

- Olha eu nunca imaginei que você seria tão egoísta, toda vez que você tá com problemas você me procura, você compra as minhas drogas e desabafa comigo. - Vance se levanta e encara Robin que só revira os olhos - vai se foder

Vance fala e sai andando, empurrando todos, Robin naquele momento estava segurando as lágrimas, então se levanta e decide procurar por Finney, ele anda pela casa toda e não encontra, até que quando ele sai, ele vê Finney do lado de fora sozinho, nadando na piscina. Robin se aproxima e percebe que Finney estava com uma garrafa de vodka na mão.
- Oi...- Finney diz sorrindo com a voz embriagada - Era pra eu ter cuidado de você

- Não precisa cuidar de mim, não sou criança - Robin fala sério com as mãos no bolso, fazendo Finney ficar sério também

- Por quê você tá bravo? - Finney pergunta e da um gole na vodka, logo em seguida fazendo careta

- Hoje...quando você me beijou, você tinha bebido?
- Tinha...- Finney fala rindo - mas você gostou né

- Eu acho melhor você sair daí e ir pra casa - Robin olha para Finney que está com um sorriso no rosto

- Você tá de Sherlock homes? Que fofo...- Finney olha Robin de cima a baixo - Fica parecendo um samurai com esse coque - Finney fala e cai na risada, mas Robin continuava sério

- Finney eu não quero chamar o seu pai aqui, por favor sai daí - Robin começa a perder a paciência

- Meu pai tá velho demais pra isso, por quê você não vem aqui e tenta me tirar? - Finney sorri e faz uma cara de deboche

Robin entendeu aquilo como um desafio, e Robin adorava desafios.

Quando se deu conta, estava na calçada, segurando Finney nos braços enquanto ele tentava se soltar, a roupa de Robin estava molhada, já que Finney estava encharcado.
No meio do caminho Finney sentou no chão e começou a chorar, começou a tirar os tênis e as meias e jogar em Robin.

- Você estragou tudo...- Finney fala enquanto chorava, até que se deitou no meio da calçada.

- Finn, vai logo a gente já tá perto da sua casa

- Eu não vou pra casa! Eu quero voltar lá, eu nem aproveitei nada

- Em menos de uma hora de festa, você já tava jogado na piscina completamente bêbado, você não ia aproveitar do mesmo jeito.

Finney cai no choro, Robin o pega no colo, pega os tênis e as meias e o leva para casa.
Na casa de Finney, ele já estava deitado e trocado, enquanto o pai de Finney emprestava algumas meias, já que Robin iria dormir lá.
Depois de um banho, Robin se deita com Finney.

- Você tá bravo comigo por causa da abstinência? - Finney pergunta com a cara enfiada no travesseiro

- Eu não tô bravo com você...
- mas tá na abstinência?
- sim
- então por quê você não tá com dor ou algo assim? - Finney levanta a cabeça e olha para Robin

- Eu fiquei...nos três primeiros dias foi péssimo, por isso não fui para a escola - Robin olha para Finney, que deita um lado do rosto no peito do maior.

- Você parou mesmo? - Finney olha para Robin

Robin olha para Finney, e vê aquele olhar, olhar de preocupação, medo e talvez raiva ao mesmo tempo, era aquele olhar que fazia Robin delirar.

- Parei - Robin sorri

Finney então se aproxima de Robin, e finalmente quebra a proximidade que Robin odiava tanto.
Era tudo perfeito, os lábios juntos, os movimentos, as carícias...tudo aquilo era que Robin precisava nessa uma semana e três dias sem nenhum tipo de droga, com Finney, ele não precisava mais de Nada.

𝒆𝒖𝒑𝒉𝒐𝒓𝒊𝒂 - 𝚁𝙸𝙽𝙽𝙴𝚈Onde histórias criam vida. Descubra agora