𝒆𝒖𝒑𝒉𝒐𝒓𝒊𝒂 - 𝚁𝙸𝙽𝙽𝙴𝚈

15

Lá estavam eles, na diretoria, Bruce e Finney.
Finney estava com a cabeça sangrando e o nariz também, Bruce estava apenas com o olho roxo e um pouco inchado.
Foi uma briga feia, quem os separou foi um aluno aleatório do primeiro ano, levaram Finney para enfermeira, enfaixaram a cabeça do garoto, ele cortou a testa quando Bruce bateu a cabeça dele no espelho, mas deixaram para limpar depois já que o diretor estava estressado, não pela briga em si, mas pelo fato de que eles precisariam de um espelho novo.

Resumo de tudo, suspensão para os dois.
Depois disso Vance ficou em casa, jogado na cama enquanto ouvia uma música triste.

- Que porra de música é essa vance? Quem passa aqui já começa a chorar - Billy aparece na porta do quarto

- Tô sofrendo.

- Pelo o quê?

- Tudo...sofrendo por tudo.

- Conhece uma ato chamado suicídio? Faz. - Billy vai embora.

Vance adorava o jeito que Billy o confortava da maneira mais errada possível.
Vance se levantou, tomou um banho e foi até a cozinha, onde viu Billy comendo uma salada. Billy adorava saladas, todos os tipos de saladas ele gostava, era até estranho, Billy não comida nada sem ter pelo menos um pouco de salada.

- Ainda tá sofrendo? - Billy pergunta com a boca cheia

- É...bastante - Vance suspira e pega uma garrafa de vodka da geladeira - Não aguento mais.

- Eu até entenderia, você pegou o ex do seu melhor amigo, fez o Bruce te odiar, fez o Robin de odiar, a única pessoa que você ainda tem um certo "contato" nessa história toda, é o Finney, que provavelmente nem vai querer chegar perto de você depois da porrada que ele levou do Bruce - Billy - Sua vida é pior que a minha.

Enquanto tudo isso acontecia, Finney estava no hospital com o pai, ele dar uma cuidada no machucado da cabeça, e também dar uma olhada para ver se não afetou mais nada.

- Eu detesto esperar - Finney fala enquanto balança as pernas

- Se não tivesse se metido em encrenca não estaria aqui - O mais velho fala

Finney ficou em silêncio, seu pai não estava mentindo, se ele não tivesse feito tanta coisa não estaria naquele hospital, se ele tivesse sido uma pessoa melhor, nada disso teria acontecido. Talvez no final ele seja igual a mãe, egoísta.
Ele odiava pensar nisso, mas as pessoas detestam pensar na verdade, então talvez esse seja o motivo.

- Minha mãe se metia em encrenca? - Finney pergunta e olha para o pai

- O tempo todo...- O mais velho suspira.

Finney olha para baixo e bufa.

- Eu me meto em encrenca o tempo todo.

- Eu sei - O pai de Finney responde o garoto

Robin estava em casa, gripado, sempre era assim, quando passava muito estresse ficava gripado, não sabia o por quê disso mas acontecia. Estava sentado na cama enquanto desenhava, sua mãe estava na cozinha e sua irmã estava no quarto dela.
Robin se culpava as vezes, nunca dava muita atenção para a sua irmã, as vezes queria chegar nela e abraça-la, pedir desculpas por ser um péssimo irmão. Mas ele queria manter a postura de um irmão que não se importava com nada.

Robin também estava cansado, estava exausto, quando achou que tudo estaria dando certo, percebeu que não real, nada daquilo era real, as vezes achava que o amor de Finney por ele não nada real. Robin não iria mentir, talvez tivesse dependência emocional em Finney, mas não gostaria de pensar muito nisso, já estava com muitas coisas na cabeça.

Uma semana depois, todos voltaram para a escola, ninguém mais falava sobre aquilo, as pessoas já haviam enjoado daquele assunto, e aquilo era uma coisa boa se for pensar pelo outro lado. Finney estava sentado em um dos bancos, era aula de educação física, mas Finney odiava educação física, o Binder que o garoto usava o apertava demais, isso deixava ele sem ar, então preferiu apenas assistir as aulas.
Finney estava distraído, até buzz se sentar ao lado dele.

- Finney Shaw blake - Buzz diz rindo - Como você tá?

- O quê você quer? - Finney pergunta

- Nada...só queria conversar, ou sei lá, ficar em silêncio se você preferir - Buzz da de ombros - Você que sabe.

Finney fica em silêncio, e buzz apenas concorda com a cabeça.

- Beleza...- Buzz fala e se levanta.

Buzz estava na casa de matty, os dois estava bebendo, conversando e fumando.
Buzz estava criando um fake para conversar com Finney, por algum motivo, queria saber mais sobre o garoto. Pra ser sincero sempre teve um interesse secreto por Finney.

- Sei lá porra, você tá fazendo isso só por quê ele tem uma buceta, então eu acho que você não seria gay por isso - Matty fala enquanto encara o teto

- Você calado é um poeta sabia? - Buzz responde e da um gole na cerveja.

- Olha até onde eu saiba, o tipo de Finney é um cara idiota, de preferência drogado...tipo você mesmo

- O tipo dele é o Robin, matty, talvez se eu tirar ele do meu caminho eu consiga alguma coisa com o Finney.

- Não seria mais fácil se você usasse o seu perfil real ao invés de um perfil fake?

- Matty, minha mãe é psicóloga, ela diz que quando uma pessoa é rejeitada pela própria mãe ou pelo pai, ela procura afeto em qualquer lugar, e era isso que o Finney fazia antes de conhecer o Robin - Buzz suspira - Ele saia com uns caras que tratavam ele no feminino, mas mesmo assim ele não se importava...ele só queria...afeto, ele só queria ser desejado entende?

- Como você sabe disso? - Matty pergunta assustado

- Eu sei de tudo matty, absolutamente tudo.

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Eu sei que esse é mais curto que os outros, mas quem é vivo sempre aparece