QUARTO ATO: SÓRDIDO

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Classificação: (M) para Maduro

Contagem de palavras: 3.7k+

Tw: Flashback, perversão de incesto*, Rin e sua boca suja, muitos palavrões, eu fiz Rin mais alto que o canon, me processe, talk dirty, bebida alcóolica, dedilhado, sexo seguro, nipple-play, superestimulação, Rin está frustrado emocionalmente ̶e̶ ̶s̶̶e̶̶x̶̶u̶̶a̶̶l̶̶m̶̶e̶̶n̶̶t̶̶e̶, cunilíngua, angústia leve, pov em primeira pessoa (Suna)

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"Pergunte-me, [Nome]."

Pela primeira vez na vida, eu não sabia o que estava fazendo. Eu ia machucá-la - muito, muito mesmo. Mas eu estava em um trem em alta velocidade com os freios cortados.

"Perguntar o quê?"

O brilho em seus olhos; pesados do beijo que compartilhamos. Eu queria valorizar aquele momento. Mas houve um sussurro em minha mente dizendo que eu não poderia ter isso. Eu não mereço. Continha tanto amor, como se ela estivesse preparada para mergulhar de cabeça no amor que ela acreditava que nos conectava.

Amor? O que era isso? Eu não estava nem tentando ser um filho da puta depressivo, fingindo que não tinha a menor ideia do que era a palavra. Eu realmente não sabia o que isso significava.

Como você saberia algo que foi tirado de você antes que você pudesse entender?

"Pergunte-me como eu segurei as bochechas dela e a beijei assim como fiz com você. Pergunte-me qual era o gosto dos lábios dela contra os meus, [Nome]. Sua mãe."

Debaixo de mim, ela não sabia o que fazer com a minha declaração. Até que seu rosto se contorceu em algo que eu chamaria de derrota. Então dor. E então raiva.

Ela não me deu um tapa com a palma da mão. Em vez disso, ela usou o punho. Senti meus dentes baterem dentro da minha boca. A próxima coisa que eu sabia, era que ela estava batendo os punhos contra meu peito, gritando com o quão enojada ela estava de mim.

Sim. Isso - isso eu sabia. Ódio. Eu estava mais familiarizado com ele do que qualquer outro sentimento. Eu conhecia essa palavra.

"Eu nunca vou te perdoar, Rintarou." Ela soluçou, enxugando as lágrimas duramente. Senti uma pontada estranha no meu peito. Era como ouvir que minha mãe não seria capaz de andar de novo pela primeira vez - mas pior. "Eu queria que você não fosse minha alma gêmea!" Ela terminou com um golpe final.

Até hoje, eu sabia que ainda estava pagando por aquela noite. A noite que escolhi arruinar. Poderíamos ter sido felizes. Mas eu sabia que, se ela estivesse comigo, ela nunca seria feliz.

Empurrei minha língua dentro da minha bochecha. Já se passaram três dias desde que ela me visitou para perguntar sobre o aluguel da velha. Três dias desde que ela me deu o gosto do meu próprio remédio. Três dias desde que percebi uma coisa: não importaria se ela já tivesse fodido a população masculina inteira desse país - eu ainda a levaria para a cama porque eu sabia, ela sabia, que ninguém iria transar com ela melhor do que eu.

Isso me preocupou. Me preocupou pra caralho.

Oito anos. Oito anos inteiros e eu ainda estava louco por uma boceta que ainda não tinha visto. Eu gemi, tentando afastar a luxúria que mais uma vez fez meu pau ficar duro. Foda-se essa merda.

'Pergunte-me como eu fiz isso com todos os garotos que eu namorei antes. Pergunte-me como era o gosto sempre que colocava minha língua dentro de suas bocas.'

Boa tentativa, mana. Seria preciso mais do que isso para me quebrar. Se ela pensa que aquela declaração doeu, eu apenas riria de sua cara. Não deixou um arranhão. Em vez disso, olhei para isso como um desafio.

𝐁𝐎𝐍𝐍𝐄𝐒 - Suna RintarouOnde histórias criam vida. Descubra agora