- Eu tenho idéias e as vezes esqueço elas, então vou compartilhar elas antes de esquecer, não vai ser uma fanfic que vai ter sempre capítulo novo mas eu vou tentar.
EXPLODAM TUDO
Não pera...
EXPLODAM (QUASE) TUDO
- Eu explorava o mundo entre as frestas de luz que vazavam pro meu mundo pacato e chato que meus pais me mantiam, e quando as portas se abriram e eu vi você, pensei que era bobagem você achar que eu me casaria com um cadáver como você, que morreu há tempos
Mas...
- Acabei percebendo que eu era o único que não vivia verdadeiramente há anos, e você, que me apresentou a morte, me mostrou o quão viva ela pode ser
°○°○°○°○°○°○°○°○°○°○°○°○°○°○°○°○°○°○°
—
Roier; P.O.V
Me encontrava morto, sem saída, estava completamente destinado a morte, e por que? bom...
Há semanas atrás, mi abuelo em um surto para conseguir se recolocar no topo naquela nova cidade onde estavamos. Me prometeu a uma mulher, Duquesa Gabriela era o nome se bem me lembro, conversei com a menina durante um tempo, ela admitiu que não queria se casar comigo, e que gostava de uma menina camponesa, mas tinha que trazer honra pra família dela, visto que o irmão dela não estava mais lá para a proteger, eu prometi a menina que a permitiria ser feliz, a permitiria ficar com Tina sempre que quisesse
O problema, eram os votos, Roier odiava decorar coisas, e nunca acertava os votos, ele lembra de um exemplo recente...
Nesse mesmo dia, último ensaio do casamento, ele estava vestido com um terno vermelho, a única cor ali, visto que Bagi não pudera usar outra roupa que não fosse aquele vestido branco que a machucava, ele percebia bem aquilo, além de que o padre o batia com um livro a cada palavra errada, parecia sem paciência
– De novo, por favor Gabriela, Profere teus votos outra vez, para que assim Sebastián possa entender - O mesmo falou enquanto ajeitava a roupa, mal entendia o que o homem falava de tão rápido que ele falava, Roier não sabia se ficava perdido, chorava, ou se saia correndo
‐ Certo... Com esta mão, espantarei as suas tristezas, Sua taça nunca estará vazia, Pois eu serei teu vinho, Com está vela iluminarei o seu caminho na escuridão, e com está aliança, pedirei a ti que sejas meu - Ela falou de forma robótica, com a voz rouca e obviamente cansada, ela colocou aquele anel apertado em mim, ja brinquei certa vez com a menina que, aquele anel era tão pequeno que até o meu cu era maior
– Agora, esta és a tua vez de proferir, jovem - as palavras do padre me acordaram, e logo eu me preparei para fazer o mesmo que ela
– Con esta mão... espantarei tu tristeza, tu taça nunca estará vacía - agora era a hora de pegar a taça e... eu me esqueci o que era pra falar, ficando em silêncio até sentir o padre me bater, mas ele tinha razão, afinal eu segurei a taça tão forte que estilhacei ela... Bagi me encarou com preocupação e eu pisquei os olhos, desnorteado
– Garoto burro! Deve precisar de um ar, por favor, vá até fora tomar um ar e... volte com a cabeça focada, deve aprender seus votos hoje se deseja se casar realmente - o padre falou me afastando enquanto chamava alguém para limpar os cacos, Ouvi Bagi avisando que sairia também mas foi impedida pela mãe dela
Pelo que Roier ouviu, a tia de Bagi, Elena, tinha chegado e queria ver a menina, mas era só isso que ele lembrava antes de ter saido daquela igreja, iniciando a correr para a floresta enquanto derramava lágrimas, completamente quebrado por dentro, mal respirava direito, ele só conseguiu parar de correr quando chegou a floresta, ele parou de correr, respirando fundo antes de continuar andando pela floresta, secando as lágrimas e soltando suspiros a cada segundo
em um momento, ele ja sentiu que estava melhor, mais calmo, mas se viu perdido ali, então decidiu apenas seguir o caminho que supostamente seguiu, acabando por achar um lugar aberto, com corvos rodeando toda aquela area aberta, ele se sentiu tonto derrepente, um sentimento de que algo iria acontecer, ele ficou parado ali por alguns momentos, lembrando da fala dele, a mesma que Bagi, o mínimo que o padre fez para que Roier pudesse decorar.
— Oh Bagi, deve achar que sou um idiota, esse dia não poderia ficar pior - murmurou a si, tinha que se casar com ela, era obrigação da família afinal...
Ele viu um graveto afundado no chão ali, e viu uma chance perfeita de ensaiar sozinho, pra conseguir manter a mente limpa e ainda sim falar direito, ele tirou dois aneis do bolso, um era ele mesmo que fez, e o supostamente outro achado por Bagi, que o entregou com a resposta de que "mal usava anéis", então tudo bem, eram anéis bonitos, ele lentamente colocou o que Bagi o deu em si mesmo, e logo pegou o que ele mesmo tinha feito, se ajoelhando em frente ao galho que aparentava ser uma mão, viu os corvos observarem ele, mas se sentiu calmo, era uma sensação agradável, preferia corvos do que humanos... ele suspirou e começou a falar, em voz alta
– Con esta mão, espantarei a tu tristezas, Sua taça nunca estará vacía, Pois seré tu vino, Com está vela Iluminaré tu camino en la oscuridad, e com está aliança, te pediré que sejas mío - Coloquei gentilmente o anel no dedo daquele galho que se assemelhava a uma mão, havia lodo negro cobrindo uma parte, como se fosse uma luva ao redor
Até tudo começar a tremer, o chão parecia fraquejar, os corvos gritavam como se estivessem felizes, Roier olhou para eles, mas quando voltou a olhar para o galho com anel, viu ele se movendo e segurando a perna do mesmo, assustou o mexicano, que se jogou pra trás na intenção de se soltar da mão, mas apenas a arrancou do chão, começando a assistir o que aparentava ser um show, os corvos gritavam enquanto a terra se levantava, Roier fechou os olhos com força, com medo do que aconteceria, até sentir tudo parar, ele abriu os olhos acreditando que estava tudo bem, até sentiu o galho soltar a perna dele...
Mas viu um homem ali, com um terno supostamente branco, agora com a cor azulada e com manchas de sujeira, sangue e terra, o cabelo do homem era azul escuro, com um penteado bonito e uma coroa presa a um véu se localizava ali, que cobria o rosto do homem, vi ele segurando o galho com lodo, que agora não parecia bem um galho, era uma mão, os ossos de uma... o homem encarava a mão com um sorriso, sendo essa a única coisa visível do rosto dele
— Eu... aceito - Ouvi a voz dele falar com felicidade, e logo prendeu os ossos da não no próprio braço e se virou pra mim, me dando mais detalhes de como ele era, notei o terno dele rasgado, como se tivesse sido apunhalado e deixou um buraco ali, mostrava ossos por dentro, sem sangue, apenas as costelas a vista daquele provável homem morto
Com medo, comecei a correr pra longe, aterrorizado pela minha visão, mas ele veio caminhando em minha direção com calma, agora com o rosto calmo e pacífico. Em minha corrida, acabei batendo em algumas árvores e me desconcentrando, perdi o caminho que seguia e em um momento até me embolei com alguns galhos, até finalmente conseguir chegar na ponte que dava para a cidade, paro por um momento respirando fundo, aquilo foi assustador, mas ja passou certo? agora estava tudo bem.
Roier lentamente se virou pra trás para seguir caminho a cidade, na esperança de que foi apenas uma ilusão por estar cansado, mas não, ele se virou e deu de cara com o homem supostamente morto.
Ele dava passos para trás enquanto o cadáver se aproximava, o prendendo contra o muro da ponte, e então, a voz do azulado pronunciou em um murmurio
- Pode beijar o noivo. - As mãos dele seguravam os ombros do mexicano, que estava desesperado no momento
Roier estava com a respiração desregulada, confuso e aterrorizado, sentiu o ar esvaziar os pulmões dele ao ponto que acabou desmaiando por isso.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.