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Jolyne.

Nas ruas de Miami, Jolyne, um jovem adulta de cabelos bicolores, — Azuis escuro e mechas verdes amareladas. — usava calça cargo, cor verde musgo, uma camisa arrastão de manga longa com um visível sutiã preto — Tomara que caia. — por debaixo.

Dirigia seu humilde carro que já estava caindo aos pedaços, aparentemente a dona não cuidava muito bem dele, apesar de ser um conversível que seu pai, — Jotaro. — havia lhe dado de presente, ao completar seus dezoito anos de idade, a jovem não conseguiu cuidar tão bem dele, se seu pai soubesse que ela cuidaria tão mal do carro, não se daria ao trabalho.

Agora, com seus vinte anos de idade e desempregada, Jolyne estaria tentando arranjar um novo emprego, com um salário bom o suficiente para se sustentar e se livrar da miséria que é atingir a vida adulta que estava tendo após ter sido demitida do trabalho de meio período — Uma lojinha de conveniência, onde ela utilizava dos itens da loja sem permissão. — e ter tido uma discussão com sua mãe, o motivo pelo qual elas discutiram era para que Jolyne ou arrumasse um emprego ou saísse logo de sua casa.

Com pais divorciados, sua mãe não tinha mais condições de bancar uma filha adulta sem que nem a mesma ajudasse, pois até porquê seu pai tão tinha mais a obrigação de pegar pensão, mesmo que ele, de vez em quando, lhe mandava dinheiro quando sua filha pedia, mas isso não ajudava sua mãe em nada.

Frustada de ter discutido com sua mãe, apesar de compreender o lado dela, ela queria que sua mãe entendesse que não era fácil arranjar um emprego descente na cidade. Agora estava ela em seu carro tentando achar um lugar para trabalhar, mesmo não estando "vestida adequadamente", Jolyne faz o que quer, ainda é uma adolescente rebelde.

O farol havia ficado vermelho para que os motoristas e motoqueiros parassem e os dependentes pusessem passar, com isso, fazendo Jolyne voltara a refletir sobre a discussão com sua mãe, pois se pegava pensando que se ela não arranja um bom trabalho logo será expulsa de casa.

Ermes.

Uma linda mulher de cabelos trançados e pele negra, tatuagem por todo seu braço esquerdo e outras pequenas em uma mão direita, usava gloss em seus lábios. Estava caminhando em uma calçada nas ruas de Miami.

Usava uma camisa regata preta com estampa de uma banda de rock, e calça jeans escuras com detalhes rasgados pela região da coxa e uma bota marrom.

Ermes era seu nome, ela é uma mulher de personalidade forte, digamos que um pouco explosiva. Trabalha pra si mesma com tatuagem, e ganha muito bem desde que começou aos dezenove anos de idade, atualmente com seus vinte e dois, — Nos finais de semana trabalha como mecânica em sua própria garagem como um segundo hobby. — tem casa própria, com espaço o suficiente para si mesma. — Até porquê mora sozinha. — Digamos que ela esta muito bem de vida e não passa por nem um perrengue, a não ser por clientes que tentam lhe enganar, em casos assim ela resolve na hora, com seu bom e velho diálogo, acompanhado de humilhações.

Estava voltando de uma loja após comprar mais meterias para tatuagem, — Que estavam em falta. — pois como ela trabalha de segunda a sexta com direito a pelo menos em média cinco ou três clientes por dia, dependendo de qual tatuagem querem fazer.

Ela programa tudo para ter um tempo livre para si mesma, como; marcando tatuagens simples no mesmo dia e deixando tatuagem complexas para dias diferentes.

A mesma, assim que notou o sinal vermelho indicando que ainda daria tempo de atravessar, apertando o passo acima da faixa de pedestre, nota — Em sua visão periférica. — que um carro, — Todo judiado, por sinal. — avança, quase a atropelando, que se não fosse por ela mesma, dando um tapão no capô do carro da motorista, teria sofrido um acidente feio ali mesmo.

— Tá ficando doida?! — Ermes disse, olhando com indignação a motorista espantada, que por um instante ficou em silêncio mas logo em seguida franziu o cenho e retrucou.
— Não tá vendo o sinal verde não?! — Disse levantando e apontando para o semáforo, fazendo Ermes logo em seguida olhar para o mesmo, vendo que realmente estava verde.
— De qualquer maneira...! — Disse cruzando os braços que segurava as sacolas. — Eu atravessei no vermelho, poderia ter esperado! — Assim que terminou de falar, os motoristas atrás de Jolyne começaram a buzinar indignados.
— Ah quer saber...? — Disse Jolyne suspirando e voltando ao seu acento, olhando para Ermes. — Vamos resolver isso depois, vem aqui. — Disse apontando para o banco do passageiro seu lado.

Ermes incrédula, não esperava esse "convite" da bicolor a sua frente, mas logo dando uma olhada rápida no estado que carro se encontrava, não pensou muito antes de adentrar o carro da mesma pulando sobre o mesmo para não precisar abrir a porta, pois queria ver se conseguiria ajeitá-lo de alguma forma. — Isso provavelmente danificará o carro, mas pelo menos viria mais dinheiro pro seu bolso. — E assim ambas seguiram reto, mesmo não sendo o caminho que Ermes seguia, ela não estranhou pois de qualquer forma faria a menor levá-la pra sua casa pois foi ela quem a chamou.

(...)

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