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Chegando na casa de Ermes, a mesma estaciona o carro dentro de sua oficina, fechando o portão e logo partindo para resolver o mais difícil a seguir.

— Jolyne, levanta, tu vai ter que tomar um banho, tá fedendo a cachaça! — Disse levantando o tronco da menor fazendo a mesma gemer em negação. — Ah... Haja paciência... — Disse suspirando e revirando os olhos.

Ermes se vira de costas, segurando Jolyne, e se ajustando para não desequilibrar ou derruba-la para trás.

— Segura firme. — Ordenou, e assim fez, envolvendo os braços em seu pescoço.

Adentrando sua residência, ela sobe as escadas até o segundo andar, onde ficava seu quarto, o banheiro e seu estúdio, tirando as calças de Jolyne e as deixando em cima da pia e pondo a garota debaixo da cabine do banheiro, ligando o chuveiro na água gelada, sem dó nem piedade e tirando suas próprias peças de roupas, ficando apenas de calcinha e sutiã.

Jolyne já estava tremendo de frio e gemendo baixo com os olhos fechados. Ermes a pegou pelos braços, a fazendo ficar de pé em sua frente, para de pudesse ensaboa-la com um sabonete liquido.

Jolyne logo em seguida a abraçou dificultando um pouco pra Ermes concluir o processo, mas mesmo assim, passou o sabão por toda as costas da garota, se dando o direito de passar suas mãos nas nádegas de Jolyne e levantando a perna da mesma até sua cintura para passar o sabão na região, logo na outra perna fazendo o mesmo processo.

O rosto de Jolyne descansava no cangote de Ermes, com seus braços entrelaçados nos ombros da mesma, aceitando tranquilamente o toque a maior sem recuar.

Após terminar de ensaboar todo o corpo a garota de cabelos bicolores, — Que o mesmo também estava molhando. — ligou novamente o chuveiro, ficando em baixo do mesmo junto de Jolyne para enxaguar seus corpos.

Assim que o banho acabou, desligou o chuveiro, puxou a toalha para si, passando em volta do corpo de Jolyne, fazendo a mesma sentar-se na tampa do vaso e aguardar para que Ermes se secasse.

A menor já estava um pouco acordada para conseguir se manter estavelmente sentada no vaso. Ermes, enrolada na toalha, tirou seu sutiã e calcinhas para lavar na pia e assim que terminou, se virou para Jolyne segurando seu braço para por envolta de seu ombro e carrega-la até seu quarto.

— Eu sou um desastre. — Jolyne se pronunciou entre risadas mas com um tom triste.
— Com certeza. — Afirmou, mas logo notou que a mesma estava se banhando em lágrimas.

Chegando no quarto a morena, Ermes afirmou para a garota esperar sentada na cama enquanto ela procuraria uma roupa para que usasse a noite, já Jolyne, secando suas recentes lágrimas, aguardou pacientemente.

Ermes lhe joga uma camisa larga e um short de pijama. Só não emprestou uma calcinha nova porque seria demais.

Jolyne trocou-se na frente de Ermes, mostrando; seios, nádegas e sua "bela amiga", sem nem um pingo de vergonha na cara, talvez fosse efeito do álcool, Ermes rapidamente vira novamente para seu guarda-roupa para se vestir, com seu rosto rosado e fingindo não que tinha visto nada.

Assim que se vestiram, Ermes puxou Jolyne para se sentar no chão, e sentou-se na cama para secar o cabelo da mesma, usando a toalha, — Pois não usava secador. — então Ermes decidira puxar assunto.

— Quer falar sobre o porquê estava chorando? — Ermes sugeriu.
— Ah você sabe... falei que tava com problema com minha mãe... — Disse dando de ombros.
— Sim, eu tô ligada. — Disse apertando delicadamente os fios do cabelo de Jolyne no tecido.
— É por causa que nada que eu faço dá certo, perdi o emprego por incompetência, e não arrumei outro durante muito tempo, minha mãe parece está cansada da minha presença em casa, meu pai nem liga pra nada disso, não cuidei do carro que ele me deu durante apenas dois anos de uso e até mesmo hoje quase te atropelei com ele! — Disse desabafando suas inseguranças e frustrações logo de uma vez.

Ambas ficaram em silêncio por uns segundos até que Ermes se pronunciou;

— Veja pelo lado bom de todo esse caos. — Disse ainda focada nos cabelos de Jolyne.
— Que lado bom? — Ela questionou.
— Você ainda hoje; arrumou um "emprego", não me atropelou por completa, arranjou uma pessoa pra ajeitar seu carro e talvez você consiga ajudar sua mãe com o salário. — Ermes disse com um sorriso orgulhoso, fazendo Jolyne abrir um sorriso mesmo sem vê-la.
— Tem razão. — Disse se levantando e ficando de frente para si. — Nossa não sei o que seria de mim se não tivesse quase te atropelando hoje.
— Agradeça a mim que bati em seu carro e chamei sua atenção. — Disse inclinado para trás e apoiando as mãos na cama.
— Eu deveria te agradecer por piorar meu carro? — Arqueando as sobrancelhas e com um sorriso largo ela disse em um tom esnobe.
— Mas é claro. — Disse se levando da cama e a empurrando com a ponta de seu dedo na ponta do nariz da mais nova, e logo saindo no quarto.
— Aonde vai? — Indagou.
— Fazer algo pra comer. — Disse caminhando o corredor que tinha até as escadas.

E Jolyne, — Enxerida, foi logo atrás. — saiu do quarto da morena, seguindo os mesmos passos da tatuada.

Descendo as escadas cuidadosamente pois ainda estava com a cabeça um tanto zoada, recebia conselho de Ermes para não beber mais de um copo de vodka quando for beber, entre resmungos soltados da mais nova que estava logo atrás se si como resposta.

— Não quero cuidar de você sempre que bebermos juntas. — A tatuada disse pegando quatro ovos dentro de sua geladeira, se aproximando do fogão ao lado da pia, puxando uma frigideira da mesma para pôr no fogão e logo ligá-lo.
— Claro... — Disse com um sorriso tranquilo no rosto. — A propósito, obrigada pela hospedagem e por ter cuidado de mim. — Disse ficando lado a lado de Ermes no fogão.

A mesma apenas só lhe olhou de canto vendo que a mais nova lhe olhava com um lindo sorriso e olhos relaxados, se sentindo estranha com isso, voltou a quebrar os ovos e despeja-lós na frigideira.

(...)

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