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Após comerem, ficaram sentadas na mesa da cozinha conversando sobre si mesmas e se conhecendo cada vez mais.

Ermes e Jolyne apenas sabia o nome uma da outra e a idade, até pelo fato de terem só se conhecido naquele mesmo dia, de uma maneira um tanto questionável, mas se conheceram.

Jolyne comentava que se tivesse uma filha ou filho, contaria com gosto de como se conheceram, pois em sua visão era uma maneira muito estranha e engraçada de conhecer alguém novo.

— Você pensa em ter filhos? — Ermes perguntou.
— Eu adoraria ser mãe, mas nunca que passaria pela dor do parto! — Responde em desdém
— No caso, você adotaria uma criança? — Indagou novamente.
— Sim, é uma ótima opção no meu ponto de vista. — Disse apoiando os cotovelos na mesa, e olhando para cima pensando na possibilidade.
— Não é uma má ideia. — Disse se levantando, abrindo a geladeira, puxando uma jarra d'água e preenchendo seu copo para beber.
— E você, pensa em ser mãe? — Perguntou a bicolores.
— Eu nunca tinha pensado nisso, sabe? — Por incrível que pareça, existem mulheres que não param pra pensar sobre o tema, mesmo com seus familiares lhe cobrando sobre. — Mas eu com certeza ajudaria um casal fazendo barriga de aluguel. — Agora sentando do lado de Jolyne e olhando para frente ao falar.
— Eu acho isso um gesto lindo de empatia. — Virou de frente para Ermes e cruzou as pernas em cima da cadeira.
— Também vejo assim. — Disse agora olhando para Jolyne, pronta para fazer a seguinte pergunta; — Você gosta de homens? — Ermes a questionou, vendo que a mesma nem ao menos estranhou a pergunta repentina.
— Gosto. — Assentiu.

A expressão de Ermes perdeu o brilho assim que ouviu a resposta da garota, conseguindo apenas dizer "Ah..." nem um pouco desacreditada, para não dizer o contrário.

Notando a expressão facial de Ermes, Jolyne cai na risada logo em seguida, não se aguentando por ter notado a malícia por trás daquela pergunta.

— Do que está rindo? — Disse Ermes constrangida, voltando o olhar para a menor.

Jolyne, retornando ao estado natural, recuperando o fôlego, lhe disse;

— Mas também gosto de mulheres. — Agora abrindo um sorriso malicioso nos lábios.

Ermes se espanta logo assim que percebe que Jolyne havia entendido o que ela queria dizer com aquela pergunta nem um pouco suspeita para ambas.

— Mas não me entenda mal, era só uma dúvida! — Disse escondendo o rosto com a mão esquerda para que a mais nova não notasse seu rubor.
— Ah sim, claro, mas se quiser podemos resolver isso lá em cima. — Disse apontando para o caminho do quarto da morena, fazendo a mesma quase explodir de vergonha.

Jolyne levantou-se, agora de frente para Ermes, apoiando seus braços na mesa ficando cara a cara com a morena e a encurralando.

— Sabe, quando te chamei hoje pro meu carro, foi porquê eu tinha me interessado por você. — A mais nova disse enrolando uma das traças de Ermes em seu dedo indicador.
— Não brinca comigo... — Respondeu Ermes, abrindo um sorriso malicioso no rosto e puxando a mais nova pela cintura, a deixando mais próxima de seu corpo.
— Não é brincadeira, posso não está totalmente sóbria mas nunca minto quando estou bêbada. — Disse estendendo os braço nos ombros da morena agora ficando cara a cara com a mais velha, por centímetros de distância.

Interrompidas por um toque de celular alto vindo do carro de Jolyne, na oficina ao lado da cozinha onde estavam.

Ambas se separaram e foram até o carro para pegar o que haviam esquecido lá, pois Ermes estava ocupada demais cuidando de Jolyne.

Ermes pegou suas sacolas de itens para tatuar, levando para o andar de cima que era onde ficava seu estúdio de tatuagem, o cômodo ao lado de seu quarto.

Jolyne atendendo o celular se deparando com sua mãe na outra linha, ela se surpreende pelo gesto da mesma, que estava preocupada, pois já eram meia-noite e a garota não se encontrava em casa.

A mesma explicou o que aconteceu tirando a parte de que estaria na casa de uma "total estranha", — Pois era o que sua mãe falaria. — dizendo que estava na casa de uma amiga que encontrou nas ruas, e contou que arranjou um emprego com a mesma.

A mãe de Jolyne desdenhou por não conhecer a tal amiga, mas logo em seguida lhe disse para tomar cuidado, mas por algum motivo nem ao menos disse um "Volte logo", a falta dessa frase fez com que Jolyne ficasse presa em seus pensamentos, agora subindo as escadas, indo em direção ao quarto de Ermes, sem focar muito sua atenção ao caminho.

— Tá tudo bem? — Ermes apareceu fechando a porta do estúdio, encontrando com Jolyne no corredor.
— Tá... — Franziu o cenho. — É só minha mãe... — Disse num tom frustado.
— Entendi... — Ermes cruzou os braços, suspirando fundo indicando que compreendia os sentimentos de Jolyne. — Vamos deitar. — Disse abrindo a porta de seu quarto, chamando a menor fazendo um gesto com a mão.

Jolyne sem pensar duas vezes a seguiu para dentro do quarto, com as luzes apagadas, Ermes fecha a porta, liga o ar-condicionado em vinte e dois graus, acompanhando a menor que se encontrava deitada em sua cama, um tanto cabisbaixa.

Ermes engatinhara para o lado da parede, se deitando, virada para Jolyne e puxando o cobertor que agora estavam dividindo, além do espaço da cama e de seus corpos.

Envolvendo seu braço na cintura da mais nova, fazendo a distância de seus corpos diminuírem completamente.

— Vê se tenta dormir. — Disse a morena.
— ...Vou sim. — respondeu sorrindo levemente.

(...)

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⏰ Última atualização: Jul 05 ⏰

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