Rei das lágrimas (Vhope)

4: Tradição da família Kim

‘Existem pessoas que você não pode odiar, porque você as amou em algum momento de sua vida’ Era uma frase simples que rodou a cabeça de Hoseok por muito tempo enquanto ele fechou as abas de pesquisa de seu notebook sentou na cama para em segundos seu corpo ser abraçado pelo colchão macio, e relembrar alguns momentos bons em seu passado e esse seria exatamente o dia pedido em casamento.

“Irmãozinho, você não vai acreditar, tem um helicóptero pousando nas plantações de dente-de-leão” Jungkook entrou apressado e puxou os lençóis que esquentavam um Hoseok mal-humorado e sonolento. 

“Deve ser algum comprador de arroz rico, kook, não deve se importar tanto com isso e por que eu tenho que ir? Eu estava em um sonho magnífico com um copo de soju e macarrão instantâneo” o garoto resmungava enquanto seus movimentos era totalmente contraditório já que esse estava de pé com calças de pijamas largas seu fiel all star vermelho e cabelos que pareciam ter saído de uma luta com um leão ou talvez ele fosse comparado com um leão 

“Um comprador de arroz rico procurando por você? Eu não sabia que você vendia arroz agora, maninho” A tentativa de esconder o deboche em sua voz falhou quando ele riu e Hoseok se conteve a revirar os olhos, pegou seu casaco amarelo, passou pelos seus braços e sentiu-se aquecido enquanto caminhava até o campo.

“Querido, tem alguém querendo te vê” a voz só foi ouvida devido ao grito da senhora Jung, o ar artificial das asas do helicóptero fazia as pequenas pétalas de flores voarem batendo algumas em sua bochecha o frio queimava seu rosto e tinha certeza que seu nariz estava vermelho, desistiu de arrumar seu cabelo e deixou que balance na direção que o vento queria, apertou os dedos com força no casaco quando viu uma figura agora muito conhecida que antes parada no helicóptero e agora estava em sua direção 

“Você achou mesmo que podia se esconder de mim?” A voz soou como desdém e até um pouco calorosa nos ouvidos de Hoseok que correu e bateu seu tórax contra o do rapaz parado, seus braços, correu ao encontro do pescoço daquele rapaz e como um gatinho que ficou muito tempo sem seu dono Hoseok esqueceu de todos seus motivos que mantia longe daquele ser humano 

“Você está aqui” 

“Claramente” o deboche não desfez a alegria de Jhope, pois ele nem mesmo percebeu o tom usado.

“Não, você está aqui! “ A voz saiu rouca e suas unhas curtas arranharam a pele do garoto, que agora estava confuso. 

“Sim, eu estou aqui, Hoseok, agora escute, olhe para mim”. A mão de Taehyung encontrou caminho próprio até as bochechas geladas do namorado. “ Volte comigo, eu te darei tudo que você quiser então se você não quiser trabalhar na empresa pode conseguir outro emprego eu posso fazer isso em seu lugar nem que eu tenha que chantagear algumas e fechar outras se não te contratar, você é um completo idiota por sumir assim para esse lugar e esquecer que tem um namorado um trabalho e uma vida longe daqui, você pode se aproveitar de mim eu estou deixando“ Taehyung falou tudo em um fôlego e seu olhar feroz confirma que ele estava estressado com a decisão do menino em sumir 

“Mas aquela é a sua empresa, as pessoas vão achar que eu tenho privilégios” Hoseok apertou os braços do mais alto e encarava seus olhos como entendesse toda sua alma, esse poderia já ser considerado um dom dos Jung’s 

“Você não conseguiu seu emprego por minha causa, estava lá antes de mim e se esforçou e se eles falarem vão estar certos porque você vai ter todos os privilégios possível” Taehyung passou as mãos no bolso do terno caro a procura de algo e Hoseok suspirou fundo fechando os olhos e estralando os dedos freneticamente