família

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Sn
Éramos jovens e não tínhamos uma vida sexual ativa. Jenna era bem mais nova e eu não queria ser aquele tipo de pessoa que força esse tipo de coisa, mesmo que estivéssemos tão propensos a algo naquele momento. Enquanto pensava nisso, Jenna acariciou minha cabeça. Eu a abracei, sentindo seu corpo gelado após o banho. O vento frio da casa fez com que ela se aproximasse mais de mim, e eu a envolvi com meus braços.

Aproximei minha cabeça do ombro dela e dei uma mordidinha.

Deixando marcas em mim, ela falou rindo.

Você é minha- falei brincando, mas havia um pouco de verdade naquele comentário.

Sou mesmo só sua... E você é só minha- ela respondeu, apoiando-se em mim.

Aquilo me fez lembrar do que passamos naquela semana, cortando laços abruptamente com nossos pais. De repente, me sentia com 30 anos, com uma família e uma responsabilidade que nunca imaginei ter tão cedo. Mas, principalmente, tinha ela – a mulher da minha vida, dos meus sonhos.

Eu já disse que te amo?- falei nossos rostos tocando um ao outro, sentindo a fragrância do sabonete em sua pele e seus braços no meu pescoço.

Hoje não, você só disse que não gostou daquele cara- ela falou rindo.

Esquece isso- fiz cócegas nela. Eu te amo.

Eu te amo muito- Jenna fazia um carinho em minha nuca, me deixando com pelos arrepiados.

Jenna

Não conseguia descrever o peso e a leveza daquele momento. Era como se um destino traçado estivesse se cumprindo. Querendo ou não, eu tinha uma família – não muito grande, mas tinha uma mulher. Precisava cuidar dela tanto quanto ela cuidava de mim, e estar ao lado dela em tudo.

Eu queria arranhar aquele corpo levemente suado, por aquela imitação barata e suas tarefas que sei que estavam dobradas pensei. Você parecia tão firme que, nesse momento, pensei que estaria com a cabeça em outro lugar, mas não, em mim. Mas você estava aqui, nas minhas mãos, junto comigo.

Vai tomar banho, que você está suada- brinquei com ela, me afastando e entregando minha toalha.

Mas ela me puxou para perto dela.

Só se você for comigo- falou manhosa.

Mas acabei de tomar banho- tentei argumentar.

Não te perguntei nada, Marie- ela brincou, tentando parecer mandona.

Eu que mando aqui, tá ouvindo?Claro- falei com um leve riso. Mas vou te dar essa chance...

Sorri e fui tomar banho com ela. Com carinhos e mãos bobas, fiz questão de acompanhá-la em qualquer tarefa, mesmo que fosse tão simples.

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