Capítulo 13

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Edith olhou para os filhos da mesa dos professores.

René bocejava em sua mesa, com olhos sonolentos e cabelos um tanto desgrenhados. Ele olhou para sua tigela de mingau de aveia como se estivesse tentando descobrir.

Ela tinha certeza que ele estava fazendo alguma coisa ontem à noite.

Depois olhou para Colin, seu filho bebendo chocolate enquanto lia um livro de aritmancia, e depois para Dennis, que conversava animadamente com um colega de casa.

Deixando de lado a fase de mãe galinha, ela voltou às anotações da aula. Os terceiro e quarto anos já tinham o cronograma completo do ano pronto e polido. Sexto da mesma maneira.

O complicado foi com o Quinto e o Sétimo.

Os NOMs e os NEWTS mereciam mais detalhes.

Edith riu dessa situação. Assim que terminou o ensino médio, ela gostou de queimar os livros das matérias que mais odiava enquanto tocava Blacksabath ao fundo, regozijando-se por nunca mais ver os rostos dos professores que mais odiava durante seis anos.

E agora ela é professora.

Ha! Como a vida deu voltas engraçadas.

Um pigarro a tirou da leitura, Edith olhou para cima e à sua esquerda estava Umbridge olhando seus papéis. Edith rapidamente os virou para evitar olhares indiscretos.

—* Que foi coisinha?* —perguntou ela. Com o passar dos anos, ela aprendeu a manipular perfeitamente o anel e conseguia dizer frases em espanhol mesmo com o anel colocado.

Umbridge ergueu a sobrancelha em confusão.

"O que você tem a oferecer, Professora Umbridge?" —Edith perguntou em inglês.

"O que você programou para o quinto ano me chamou a atenção", disse ela, olhando os papéis.

-Bem. "É um bom ano para fazer as aulas práticas", ela respondeu. "É o ano de NOM." E não é apenas teoria.

—E o seu plano de estudos foi aprovado pelo Ministério?

—O conselho de governadores leu o conteúdo do meu material educativo que preparei— Edith forçou um sorriso. —E foi aprovado por unanimidade.

—E há quantos anos você leciona?

—Muito mais do que você. Tenho certeza disso — respondeu Edith, tirando os óculos — Além disso, faço parte do Comitê de Tradutores de Runas da AML desde os 18 anos.

- "Por que você não cuida da sua vida, cara intrometido?" —Edith pensou consigo mesma.c

Umbridge soltou um hum antes de continuar com seu café da manhã.

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Theo observou enquanto Cordelia caminhava com Padma, alguns garotos do primeiro ano da Corvinal se aproximaram dela.

Certamente foi Anderson quem lhes contou sobre ela.

A garota da Corvinal seguia Cordelia sempre que tinha oportunidade, sempre pedindo sua opinião sobre as tarefas ou contando sobre seu dia.

Quando Theo estava ao lado de Delia, Gillie Anderson os observava com um sorriso.

Essas novas crianças significaram uma alegria para Cordelia, mas ao mesmo tempo mais responsabilidade. Ele a viu tentando equilibrar seus problemas, preparando-se para os NOMs e os patinhos.

Ele ainda não sabia se ela havia se aliado conscientemente a todos os monitores (exceto ao idiota do Goldestein), mas agora os alunos do primeiro ano da Lufa-Lufa e da Grifinória estavam se mostrando adeptos das tradições mágicas e dos Modos Antigos.

—Um veneno vencido é mais ou menos mortal? —Anderson perguntou a Cordelia. Ela ergueu os olhos do pergaminho de Aritmancia.

"Mmm... eu não sei", ela disse e então olhou para ele. Seus brilhantes olhos verdes olharam para ele em busca de uma resposta.

"Menos letal", respondeu Theo.

O pequeno grupo habitual, Gillie e dois Lufa-Lufas, reuniram-se aqui para serem ajudados com suas perguntas. Emily tocou o ombro de Theo, chamando sua atenção.

Então ele apontou para um corredor.

Aquele maldito Xue Chang estava se aproximando deles.

"Lady Potter," ele cumprimentou Cordelia primeiro e então o viu, "Herdeiro Nott." Olá pessoal – ele sorriu enquanto acenava para eles.

"Chang", disse Theo.

Ele ainda estava tentando descobrir o motivo pelo qual enviou seu maldito Kitsune atrás dele,

—Ontem ouvi dizer que você, Lady Potter, estava procurando esse livro — Chang tirou um volume de pasta preta de sua mochila — Madame Pince me disse esta manhã que precisa dele para Runas.

Theo franziu a testa. Os dois passaram cerca de meia hora vasculhando as estantes em busca do maldito livro, e ele o encontrou.

—Muito obrigado, Chang— Cordelia sorriu.

"De nada", ele sorriu para ela. Theo sabia que não tinha nada com que se preocupar.

Ele e Cordelia estavam namorando, então Xue Chang não representava nenhum perigo, mas representava um incômodo.

Cordelia havia contado a Gillie que eles estavam namorando, a garota contou a algumas amigas e no final do dia metade de Hogwarts percebeu que os dois estavam se cortejando.

"Tenho notado ultimamente, Lady Potter," Chang apontou, "que você tem muito mais pupilos sob seus cuidados."

"Um pouco", respondeu Cordelia "Mas eu consigo." Não posso negar ajuda a quem a pede. "Além disso, tenho Theo para me ajudar", ela apoiou a cabeça no ombro de Theo.

Theo sorriu para Chang, uma clara vitória em seu rosto que fez Chang parecer sério.

—Eu gostaria de te ajudar— Chang voltou ao seu sorriso calmo —Esse ano vai ser complicado e eu gostaria de poder te ajudar. Posso me oferecer para dar aulas particulares às crianças quando você estiver muito ocupado.

—Você realmente faria isso?

Theo olhou para Cordelia, ele a tinha visto um pouco cansada nesses últimos dias, ele também estava ajudando ela nas aulas particulares, mas o quinto ano estava com eles amarrados pela mão.

"Entenda que é um... ano complicado", explicou Chang. "Então ficarei feliz em ajudar no que puder."

Theo olhou para Chang e ele viu.

Novamente um flash prateado cruzou seu olhar escuro. 

Uma Perfeita Senhorita (Theo Nott) Vol2Onde histórias criam vida. Descubra agora