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Eu não queria ter saído daquele lugar, realmente convocaram meus pais mas seu Carlos teve piedade da pobre aluna que está passando mal e desconversou meus pais.
— bom, era somente isso! Obrigado por terem comparecimento
— nós que agradecemos o chamado Carlos! — meu pai diz enquanto carrega minha mochila, minha mãe segura meu braço para sairmos da sala
(...)
Quando chegamos em casa rapidamente fui tomar um remédio e cai na cama, dormi a tarde inteira só acordei quando minha mãe me chamou para jantar foi só o cheiro da comida chegar nas minhas narinas que eu senti tudo revirar de novo
Eu confesso que ja estou ficando preocupada com isso, eu to me sentindo meio mal ja tem ums três dias e agora tá só piorando
Eu ja tomei dois remédios, os efeitos são passageiros eu durmo e acordo do mesmo jeito.
Desconversei minha mãe e fui comer outra coisa, e comi com muito gosto muito mesmo cheguei a gemer em satisfação
Comentei com a Duda sobre e ela disse que eu to grávida ela pode estar super certa, depois do jantar fui pro meu quarto fazer as contas pra ver se ela não esta doida, mas não as contas dão certinho no dia da festa.
Não vou me preocupar, eu nem posso, tenho trabalhos pra entregar, provas eu preciso terminar meus estudos e meu pai é super rígido comigo!
Eu sou filha unica, é claro que ele seria assim... Para terem uma noção meus pais nunca nem conversaram sobre o assunto comigo, aprendi tudo o que sei na escola e praticando.
Eu não posso estar grávida, nem a pau mas para não ficar com isso na cabeça pedi para Duda vir aqui em casa e trazer um teste.
Agora estamos aqui, criando coragem para olhar o resultado.
— Ana Flávia se não olharmos nunca iremos descobrir
— Duda eu não to grávida
— vai logo Ana Flávia, eu vou olhar!
— se você tiver coragem de fazer isso por mim
— posso?
— deve! — digo, a Loira pega o teste e olha o resultado em seguida olha pra mim e confirma com a cabeça com lágrimas se formando nos seus olhos
— Duda — digo receosa ela vira pra mim me mostrando, gravida de 1 a 2 semanas, meu mundo caiu
— Ana, você ta grávida — ela diz com cautela
— não, não eu não to — minhas mãos tremem a vontade de chorar rasga todos os outros sentimentos que eu poderia sentir. — Duda não — caio em prantos e me sento na tampa do vaso sanitário
— amiga, não fique assim
— meu pai vai me jogar na rua Eduarda
— desde quando eu vou te deixar morar na rua? Se aquele velho fizer isso eu mato ele
— minha vida acabou — digo soluçando — eu vou ter que cuidar de uma criança Eduarda
— a gente vai atrás do pai
— Eu nem lembro o nome do pai! — digo relembrado da maldita noite de sexo maravilhoso que eu tive, custava lembrar da camisinha Ana Flávia
— porra
— eu vou criar sozinha, vou parir sozinha, vou bancar sozinha, vou me foder toda sozinha — minha voz sai embaçada
— não vai, eu jurei ser sua amiga até nas piores horas!
— Eu vou abortar! — digo decidida
— não vai!
— Duda
— Ana, não faz isso por causa do que vai passar, é um neném ele não tem culpa disso
— mas mãe dele tem
— a mãe não tem culpa também, aconteceu pronto! - ela suspira - vamos dormir, ta tarde amanhã você pode contar pros seus pais
— amiga — soluço — eu vou abortar é sério, não tem o por que eu contar pra eles
— Ana Flávia você não vai fazer isso! Pelo amor vem vamos deitar
Minha amiga me puxa do banheiro, nos deitamos na minha cama ela dormiu mas eu fiquei imaginando minha vida daqui em diante..
Meus pais podem aceitar me deixar morar aqui até eu terminar meus estudos e arrumar um emprego, e ainda podem me ajudar com a criança.
Ou eles irão me expulsar de casa me xingarem até meus ouvidos sangrarem, e vão cancelar minha matrícula na escola e me deixarem na merda, vou me foder e ir morar de baixo da ponte.
Mas, e como meu filho vai ser? Será que é uma menina? Ou um menino? Qual nome eu vou escolher?
𝑒𝑢 𝑣𝑜𝑢 𝑠𝑒𝑟 𝑢𝑚𝑎 𝑏𝑜𝑎 𝑚𝑎̃𝑒?
e o pai? será que ele lembra de mim? do que tivemos? será que alguem viu?
balanço a cabeça me livrando dos pensamentos, me ajeito na cama pronta para dormir
