Capítulo 3

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Cena 16 - O novo regime
Aparece Môrino na palestra.

Môrino Cêcrodi Sêvio: - Então, turmas irei contar a vocês o início do período de repressão política que iniciou em 1910 e foi anunciado nas rádios onde foi instituída a censura e a proibição das mulheres nos esportes de contato.

Mostra a legenda 1910, pronunciamento presidencial.

Sílusi Andrazi Paleviki: - Bom dia, cidadãos palameses, venho comunicando abertamente a instauração do Departamento de Censura para Obras Subversivas, que o país passa por nova reforma. A República Federal de Pálamis agora é uma Monarquia Presidencialista Unipartidária chefiada pelo Partido dos Trabalhadores Palameses, proclamo Alamir Nacô Vitrazo tesoureiro vice presidente do Reino de Pálamis e ponho à disposição tropas do exército para o patrulhamento das ruas e garantia da lei e da ordem. Declaro aulas de Moral e Cívica nas escolas e encaminhamento para o regimento militar no último ano. Quem vós fala é o Major rei Sílusi Andrazi Paleviki, militar do exército palamês. Declaro também proibidas as mulheres nos esportes de contato com os campeonatos invalidados.

O presidente Sílusi Andrazi Paleviki em seu pronunciamento declara o início de um período de ditadura no país, no começo de século XX após anos de governo republicano onde foram feitas repressões e cassações de partidos políticos, foi uma era de caos social, nos primeiros anos da ditadura foram perseguidos artistas, professores, sociólogos e qualquer um que se opunha ao regime. Os militares asssumiram o poder e estavam pelas ruas, um dos atos cruéis que fizeram foram os sumiços da população de rua levando em comboios e atirando ao mar, este triste fim para os moradores de rua foi chefiado pelo comandante Petros Xedros Dinausi, conhecido como o homem do casaco preto, o exterminador de mendigos.
Nas rádios passavam programas aprovados pelo governo com pronunciamentos presidenciais e horários dedicados à divulgação militar. Eram tempos de caos, conhecidos como os anos do ferro quente.

Cena 17 - A Revolução Estudantil de 1915
Aparece Môrino na palestra.

Môrino Cêcrodi Sêvio: - Agora irei contar a vocês a opressão que passaram oito estudantes de Direito da Universidade Federal do Progresso onde foram capturados, torturados e mortos pelo exército enquanto estavam fazendo protestos pelo fim da repressão.

Aluno: - Meu bisavô foi um dos estudantes capturados pelo exército.

Môrino Cêcrodi Sêvio: - Foi um regime cruel de truculência militar onde estavam por todas as ruas de olho no cidadão à procura de qualquer comportamento que julgavam ser subversivo.

A legenda mostra 1915, Universidade Federal do Progresso, protestos contra a Ditadura.

Manifestantes estudantes na rua com cartazes e panfletos de protesto contra o regime de Sílusi Andrazi Paleviki. Militares avançam e jogam bombas de efeito moral que atordoam os manifestantes. Os militares capturam oito estudantes e levam para os porões do quartel onde iniciaram torturas de choque, espancamento com pau e remoção dos pêlos do rosto. Terminando a tortura os militares atiraram com fuzis matando os estudantes. Já mortos atiraram os corpos em uma cova rasa e encimentaram por cima. Este foi o triste fim que os oito estudantes de Direito levaram das mãos das forças do exército de Sílusi Andrazi Paleviki.

Cena 18 - A greve dos metalúrgicos
Mostra Môrino na palestra.

Môrino Cêcrodi Sêvio: - O Sindicato dos Metalúrgicos da Companhia Siderúrgica Nacional da cidade de Rota Nova estava em greve mas os soldados do exército estavam prontos para agir, para reprimir qualquer ato de protesto. Nisto cinco soldadores foram vitimados pelas forças armadas, fuzilados em meio ao protesto e tendo os corpos queimados num lixão.

Mostra a legenda 1918, greve dos metalúrgicos da Companhia Siderúrgica Nacional, tarde.

Filas e mais filas de metalúrgicos se amontoavam na rua com cartazes e gritos de protesto contra fileiras de soldados armados do exército que atiraram bombas de fumaça e abriram fogo contra os manifestantes vitimando cinco trabalhadores. Após o tiroteiro, recolheram os corpos e enviaram ao lixão para que fossem queimados.

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