Capítulo 9

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Mayur Sonali

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Mayur Sonali


"Eu não me importo com a dor, eu vou andar pelo fogo e pela chuva só para ficar mais perto de você, você grudou em mim como uma tatuagem."
Tattoo - Loreen




Eu não consigo parar de pensar no momento em que dançamos. É já fazem dois dias desde que isso aconteceu, inclusive acho que posso estar ficando maluca. Mas eu ainda sinto um frio na barriga pela forma como ele me olhou. A forma como ele também estava tenso quando a música parou e ficamos nos olhando. A forma como a respiração dele acelerou e ele deu um leve aperto na minha cintura.

Não é coisa minha cabeça, sei que não é. Eu vi que ele também olhou a minha boca quando eu olhei a dele. Se a Sexta-feira não tivesse falado nada, eu acho que teria acontecido algo... Bom eu queria que tivesse acontecido. Sei que eu presto muita atenção nele. Mas ultimamente eu tenho reparado que ele tem a mania de ficar passando a língua nos lábios e foi exatamente com esses lábios que eu sonhei ontem à noite.

Sonhei que nos beijávamos. E eu juro que consegui sentir a respiração dele se misturando com a minha. O toque firme da mão direita dele na minha cintura. O contato frio do vibranium no meu rosto. Seus lábios macios contra os meus.

Quando eu acordei me dei conta que não passava de um sonho. Foi ai que eu tive a total certeza de que estou ficando maluca, e que eu também deveria falar com a Dra. Raynor.

Dessa vez, fui eu quem acordou de madrugada depois do sonho. Não consegui dormir novamente, então resolvi levantar e correr um pouco. Se funciona para ele vai funcionar para mim também.

Quando saí o sol não tinha nascido ainda, avisei a Sexta-feira para dizer ao James que eu fui correr caso ele perguntasse. Saí apenas com meu relógio como acessório para me direcionar, tanto sobre o caminho quanto as horas.

Ele está dormindo com o meu celular desde a noite que dançamos para ouvir música. Coloquei a digital dele como opção de desbloqueio e ensinei a senha numérica. É engraçado vê-lo descobrindo as funções e as músicas que gosta. Particularmente acho fofo.

Dei duas voltas ao redor do lago e quando começou a clarear, eu me aventurei por dentro das árvores. Não que eu tenha medo. O que de fato eu tenho um pouquinho. Mas fiquei preocupada de acontecer algo e eu estar longe e não poder voltar para a base.

Por isso corri um pouco por entre as árvores um pouco mais longe, mas ainda perto o suficiente para ver o lago ao lado da casa. Quando já estava perto das sete horas da manhã, fiz todo o percurso de volta, pensando no sonho. Eu não posso continuar pensando e fantasiando assim com ele. Claramente ontem ele hesitou em ficarmos vendo filme sozinhos.

Isso me fez ligar um alerta de que talvez ele possa não me ver assim e minha mente está criando coisas. Avistei a Alphine na escada de entrada da casa e dei um sorriso indo até ela.

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