Herdeira dos dragões

Capítulo 9

"Eu queria agradecer por me permitir ficar." Rhaenyra sorriu para sua prima. "Eu também queria agradecer pelo tratado comercial que você fez comigo. Toda a comida e os animais serão de grande ajuda para meu povo."

"Estou feliz por poder ajudar." Rhaenyra estava genuinamente feliz que sua prima a tivesse visitado. A mulher era uma fonte de informação. "Vou garantir que os navios cheguem na hora todos os anos."

"É, é uma coisa a menos para se preocupar. A praga é o suficiente para me fazer perder o sono." Rhaenyra lançou um olhar questionador para sua prima. "Há uma doença se espalhando pelo reino, começou nas Terras Fluviais e se espalhou para o Vale, o Reach, as Terras Ocidentais, e até mesmo Driftmark foi afetado. Os meistres não têm ideia do que fazer, eles nunca viram essa doença antes."

"Eu poderia enviar alguns dos meus curandeiros e ver se eles podem ajudar?" Jayne lhe deu um sorriso brilhante. "Os curandeiros são muito bem informados sobre várias doenças diferentes, até mesmo aquelas das quais nunca ouvi falar."

"Isso seria uma grande ajuda." Jayne apertou a mão dela. "Eu ficaria muito grata. Também pagarei um pouco mais de ouro."

"Não se preocupe, tudo ficará bem, eu vou te ajudar." Rhaenyra abriu a boca, mas ouviu um gemido antes que pudesse falar. Ela se virou para a porta e viu Laenor entrar, ele estava mancando e Visenya entrou atrás dele, um sorriso cobrindo todo o seu rosto. "Laenor, por que você está mancando? O que aconteceu? Você precisa de um curandeiro?"

"Não, estou perfeitamente bem." Laenor gemeu e sentou-se. "Visenya me derrotou de novo, na frente de todos. Caí errado e machuquei minha perna, mas não foi nada muito ruim. O curandeiro já deu uma olhada."

"Visenya." Rhaenyra lançou um olhar para sua filha, que não tirou o sorriso do rosto dela. "Eu não disse para você parar de envergonhar seu pai na frente de todos os guardas?"

"Mas foi ideia dele!" Visenya jogou as mãos para o alto. "Ele e o tio Joffrey fizeram uma aposta, e se eu ganhasse eles me dariam dez dragões de ouro. E eu ganhei, eu o derrotei bem."

"Você apostou com nossa filha." Jayne riu, enquanto Laenor lhe lançou um olhar culpado. "Como posso repreendê-la quando você a está incitando a lutar com você?"

"Eu não estava a incitando." Laenor olhou ferozmente para Visenya que pegou um dos bolos de mel que Rhaenyra trouxera para Jayne e ela, colocando o bolo inteiro na boca e mastigando alegremente. "Eu não me importo de treinar com ela, é só que toda vez que ela me bate ela grita, eu sou o maior e então dança ao meu redor."

"É porque eu te amo, ave." Rhaenyra olhou feio para a filha quando ela falou com a boca cheia. Visenya engoliu o bolo antes de sorrir para o pai. "Eu quero que você seja a sua melhor versão e, para isso, eu tenho que lutar com você o mais forte que eu puder."

"Ei!" Laenor olhou para Visenya, seus olhos chocados. "Foi isso que eu disse a você quando começamos a treinar."

"Ah sim, eu sabia que essas palavras soavam familiares." Visenya não pareceu nem um pouco culpada, enquanto tirava uma bolsa. "Agora eu posso comprar os brinquedos que eu queria."

"Visenya, você é uma princesa." Rhaenyra franziu a testa para a filha. "Você tem brinquedos mais do que suficientes."

"Não é para mim, muña." Visenya tomou um gole da água de Rhaenyra. "Você disse que visitaríamos um dos orfanatos em Pentos. Achei que as crianças gostariam de alguns brinquedos, já escolhi alguns dos meus brinquedos, mas alguns novos também serão bons."

"Isso é uma coisa muito legal de se fazer, princesa." Jayne sorriu para Visenya, seus olhos gentis enquanto olhava para a garotinha. "É bom que você se preocupe com as pessoas."