Capítulo 25

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Visenya precisava de todas as armas que pudesse obter, ela precisava que seu tio não conseguisse tirar os olhos dela. Ela o fez esperar por tanto tempo, com medo de lhe dar uma resposta. Ela estava envergonhada de admitir o quanto estava com medo e se sentia mal por não ter contado a Aemond como se sentia. Hoje ela lhe daria sua resposta e lhe diria como realmente se sentia. Ela queria estar bonita para ele, deixá-lo sem palavras. Ela se vestiu com um dos vestidos que lhe foram trazidos de Lys. Em Meereen, era assim que ela costumava se vestir, mas usou vestidos mais conservadores enquanto estava em Westeros, não querendo dar às pessoas uma razão para falar mal dela. Ela sabia que todos precisariam se acostumar com ela e sua maneira de se vestir, mas houve muitas mudanças em tão pouco tempo. Agora ela só queria que Aemond a quisesse mais do que tudo e aceitasse suas desculpas.
Ela tomou banho e esfregou óleos lilases por todo o corpo. Seu vestido preto era feito de duas peças, a metade superior terminava logo acima da parte inferior da barriga, deixando uma grande extensão de pele descoberta. A saia de seu vestido começava baixa em seus quadris, delineando cada curva de seu corpo. A coisa toda era envolta em fios de ouro. Seu cabelo tinha sido escovado até cair pelos ombros e passar pela cintura como seda. Ela se olhou no espelho, virando-se para cada lado para ter certeza de que nada estava fora do lugar. Uma vez que ela estava satisfeita, ela usou os túneis secretos para deixar seus aposentos e foi em direção a Aemond. Ela havia mandado suas criadas embora assim que elas terminaram de esfregar óleo em seu corpo, dizendo que estava cansada e queria descansar. Ela fez questão de dizer às criadas para não incomodá-la até de manhã, que ela as chamaria assim que acordasse. Agora, ela precisava convencer Aemond de que ela o amava e que não queria mais ninguém.
Ela abriu a porta secreta cuidadosamente e olhou ao redor, certificando-se de que não havia ninguém por perto antes de entrar e fechar a porta. Ela se escondeu atrás da tela, não querendo que Aemond entrasse com alguém e outras pessoas a vissem. Ela sabia que seu tio não demoraria muito.
Ela sorriu quando menos de vinte minutos depois as portas se abriram e Aemond entrou. Ela sabia que era ele pelo som de seus passos e, como não ouviu mais nada, percebeu que ele estava sozinho. Ela esperou alguns minutos depois que as portas se fecharam antes de sair de trás da tela. Aemond pulou, o que a fez sorrir, seus olhos arregalados enquanto viajavam por seu corpo.
"Deuses, Visenya." Ele engoliu em seco e balançou a cabeça, quase como se esperasse que ela desaparecesse. "O que você está vestindo?"
"Você gostou?" Ela caminhou em sua direção, balançando os quadris um pouco mais do que o necessário. Seu tio parecia hipnotizado.
"Ah... Sim." Ela parou na frente dele, passando as mãos sobre seu peito. As mãos de Aemond pousaram em seus quadris, seus polegares acariciando a pele acima do cós da saia. "Eu... eu não sabia que nos encontraríamos tão cedo esta noite."
"Não era para nós, mas eu queria falar com você." O olhar de Visenya foi para a mesa, onde papéis estavam espalhados antes de olhar de volta para seu tio. "Você está ocupado?"
"Não é nada que eu não possa cuidar mais tarde." Ele a puxou para mais perto, abaixando um pouco a cabeça. "Sobre o que você precisa conversar?"
"Você ainda quer se casar comigo?" Aemond franziu a testa e Visenya mordeu o lábio. "Eu sei que te fiz esperar um pouco antes de te dar minha resposta, mas eu quero que você saiba que não teve nada a ver com meus sentimentos por você ou porque eu não queria me casar com você. Você é a única pessoa para quem eu já olhei dessa forma."
"Então por que você esperou?"
"Eu estava com medo de que você ficasse ressentido comigo se sua mãe fosse executada." As mãos dela apertaram os ombros dele. "Eu não queria ter você só para te perder mais tarde."
"Você superou esse medo agora?" Não havia nenhuma inflição em sua voz, ele apenas parecia curioso.
"Na verdade não, ainda tenho medo, mas entendo que não devo deixar o medo ditar minhas ações." Visenya passou os nós dos dedos na lateral do rosto dele. "Não quero perder estar com você por algo que pode nunca acontecer, e mesmo que aconteça, podemos resolver isso. Não quero perder você."
"Não sei o que vai acontecer no futuro, ninguém sabe." Ele segurou o rosto dela, aproximando seus lábios. "O que eu sei é que te amo e quero estar com você. Os deuses me prometeram uma alma gêmea e eu sei no fundo do meu coração que é você."
"Então você ainda quer se casar comigo?"
"Eu me casaria com você agora mesmo se pudesse."
"Bem, acho que isso é um pouco irreal, mas podemos nos casar em breve." Visenya beijou seus lábios docemente, se afastando rapidamente. "Podemos falar com minha mãe de manhã." O Sorriso de Aemond era ofuscante quando seu polegar correu sobre o lábio inferior dela, então sua boca reivindicou a dela. O gosto dele a fez se agarrar ao corpo dele, sem nunca querer soltar. Visenya sentiu sua barriga apertar a cada estocada de sua língua dentro de sua boca, o calor se acumulava em sua barriga inferior e entre suas pernas. Ela apertou suas coxas, tentando aliviar a dor, mas não estava funcionando.

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