🐉Amor Profano || Daemon Targaryen🐉

•<Capítulo 1>•

                        
Atenção, haverá cenas +🔞

       🌕   
 

           Selena adentrou o grande salão dos banquetes, agora limpa e usando um belo vestido branco como neve e os cabelos longos agora soltos em ondas.
              As respirações ficaram suspensas até o momento em que a princesa sorriu amplamente como se quisesse de alguma forma acalmar aquelas pessoas:
— Vejo que está mais calma, irmã.
             Halmer falou quando Selena já estava próxima dele e dos Targaryen que não haviam se separado nem por um momento:
— Repensei certas coisas… peço perdão pela minha indelicadeza, mas a rainha, bem… era nossa mãe afinal.
             As palavras saíram calmas e gentis dos lábios da jovem, como o canto delicado de um pássaro selvagem:
— Isso já está no passado… deveriam nesse momento pensar apenas no futuro e guardar as boas memórias de Calysta!
             Viserys exclamou calmamente com toda sua sabedoria. Selena sorriu sem mostrar os dentes:
— Hoje estou sendo tão indelicada… creio que a senhorita seja Rhaenyra, nunca fomos apresentadas, mas tenho que admitir, sua fama a precede.
              Rhaenyra tinha um grande sorriso, e logo após a fala da jovem ela sentiu o impulso de abraçá-la, foi algo rápido, porém sentimental, um carinho que transbordou em alegria, mas que durou até que a princesa Sirene percebesse os braços da mais jovem a sua volta.
              O rei Targaryen sorria abertamente, os olhos brilhando em alegria por ver suas filhas juntas, principalmente pela mais nova que desda morte de sua mãe, parecia distante do monarca:
— Espero que tenha ouvido apenas coisas boas, e que a partir de hoje possamos ser mais próximas, irmã.
              Os olhos de Lena se iluminaram com aquelas doces palavras e um sorriso gentil surgiu em seus lábios:
— Eu adoraria.
               A princesa Siren passou uma mão delicada e carinhosa sobre o rosto de Rhaenyra, Selena viu a beleza e a inocência na menina, elas eram parecidas, menos na parte da inocência.
              Selena era 4 anos mais velha que sua irmã, a herdeira do trono de mármore havia nascido em uma noite de tempestade com as ondas quebrando nas rochas brutalmente e com o rugido da chuva não conseguindo abafar os gritos de dor da rainha Calysta, já a mais jovem nascerá em uma noite amena, mesmo com as dificuldades do parto.
— Fico feliz em presenciar essa cena…
               O rei Viserys comentou segurando o ombro de ambas as suas filhas.
              No exato momento em que a mão do monarca tocou a pele de Selena, seu sorriso pereceu e seu olhar voltou a ser opaco e discretamente ela se afastou. O rei e Daemon perceberam a expressão da jovem, o patriarca dos Targaryen entristeceu por um momento, arrependido dos erros que havia cometido no passado, já Daemon ficou com os punhos cerrados… Como alguém ousava tratar seu irmão com desdém… tratar seu rei daquela maneira. A arrogância da garota começava a irritá-lo.
— Você está tão grande!
              Rhaenys tentou amenizar os ânimos:
— A última vez que a vi era tão pequena que nem mesmo sabia falar.
— Realmente, faz muito tempo madrinha.
              Lena sorriu mais uma vez se recordando de quando era pequena e sua tia a visitava, é claro, ela não ia até lá apenas para isso, a garota sempre soube, nunca foi por ela, sempre fora pelas reuniões com sua mãe e padrasto.
— Deve ser a rainha Alicent! Vejo que temos um novo dragãozinho no forno!
              A loira sorriu olhando a ruiva com um grande sorriso, Alicent retribuiu a ação, fazia um bom tempo desda última vez que alguém falava daquela forma com ela, e a rainha se sentiu um pouco melhor com aquilo:
— Sim, ele vira em breve.
— Um legítimo Targaryen, meus parabéns, minha rainha.
              O príncipe Siren alfinetou sua irmã enquanto sorria falsamente para Alicent.
               Selena cerrou os punhos, mas manteve seu rosto impassível, ela pegou uma taça de vinho e antes de levá-la aos lábios cheirou levemente o conteúdo.
                Uma nova música começou, era uma canção antiga, que contava sobre os Siren e sua ligação com os deuses, lena estava apreciando o momento enquanto observava Rhaenyra dançando alegremente com um rapaz que ela sabia ser da corte, mas não se importava o suficiente para saber o nome, na verdade, ela nunca fora muito boa com nomes, ela podia decorar o rosto de alguém tendo a visto apenas uma vez.
— Irmã! Me daria a honra dessa dança?
              Halmer sorriu falsamente, e para a surpresa da princesa ele estendeu a mão para Selena que o olhou confusa, depois de um minuto ela aceitou, caminhando em direção à pista de dança.
              O príncipe se posiciono para o início da dança, os olhares que trocavam em cada passo eram como espadas que se chocavam em batalha, os olhos violeta da mais velha e os olhos escuros do mais novo. Halmer não era realmente tão mais jovem, era apenas um ano, e por azar ambos faziam aniversário no mesmo dia.
            Seus corpos não se tocavam, mesmo que o instinto da princesa fosse colocar as mãos na garganta do menino e esganá-lo, e apenas soltar quando visse a vida se esvaindo de seus olhos.
               Repentinamente em meio a dança, um corpo parou entre eles:
— Posso ter esse momento, princesa?!
              O príncipe Targaryen perguntou já entrando na frente de Halmer, fazendo com que a princesa pudesse ver apenas o homem de ombros largos e cabelos brancos como nuvem. Selena nunca agradeceu tanto aos deuses por algo…
— Você deve ser meu tio.
— Sou, infelizmente.
               As palavras eram trocadas em meio a dança, e eram proferidas apenas quando ambos já estavam próximos para que apenas eles pudessem ouvir. Lena sorriu marota, divertida com a ousadia do homem:
— Infelizmente?!
             Daemon se aproximou mais, o cheiro de dragão, fogo e bebida inundaram as narinas da Siren:
— Você seria o tipo de pessoa que eu odiaria, mas você é família, e eu honro isso.
                Selena se distanciou um pouco depois dessas palavras, mas mesmo assim continuou próxima após o término da dança, o puxando delicadamente para uma sacada próxima que tinha a vista perfeita do mar:
— Você odeia com facilidade ou só não ama com facilidade?!
                  Ela falou quando o som da música já estava um pouco mais abafado pela distância:
— São poucos os que merecem meu afeto.
                Selena soltou uma risada anasalado que fez os pelos da nuca de Daemon se ouriçarem:
— E ainda assim são muitos que dizem terem o tido durante a noite.
— Não aja como se pudesse me julgar, pelo que dizem você não é tão pura e inocente…
— Minha pureza e inocência, não são assuntos que deveriam lhe caber… e não me julgue pelos boatos que ouviu em bordéis, na maioria deles me retratam como uma vadia.
                 “Não que estejam errados…”
                 Ela pensou.
                A jovem se encostou no peitoril da sacada, zombando do mais velho que estava ao seu lado a mirando com olhos gatunos:
— Normalmente ouso esses boatos nos bares, nos bordéis eu me concentro em outras coisas.
               A malícia nas palavras fez com que Lena revirasse os olhos e soltasse uma leve gargalhada:
— Mesmo que nutra um ódio por mim, “tio”, tenho que admitir ter gostado de você.
                Daemon não odiava a menina, só não gostou da arrogância que ela carregava, mas talvez ele só não estivesse acostumado a ver esse traço em outra pessoa a não ser ele mesmo.
— Só, tome cuidado… não sou o tipo que deixa inimigos vivos para contar a história.
— isso é uma ameaça?!
— Não, é apenas um aviso, meu querido tio, você vai preferir ser meu aliado, a lutar contra mim, eu sempre ganho minhas guerras.
                 Agora ela estava bem próxima dele, tanto que Daemon podia sentir o hálito fresco e o cheiro de vinho barato em seus lábios e aquele aroma o encantou por um instante que se quebrou no momento em que o príncipe observou a jovem voltar para o salão, o deixando sozinho, com um meio sorriso quase imperceptível nos lábios e uma curiosidade imensa em conhecê-la melhor.
                Assim que Selena despareceu em meio as pessoas, Rhaenys surgiu na sacada impedindo que Daemon saísse:
— Oque estavam conversando?
                A rainha que nunca foi, falou indo direto ao ponto:
— Não me leve a mal prima, mas oque conversamos não é de sua conta.
                O príncipe tentou passar por ela, mas não pode, já que o corpo de Rhaenys atrapalhava a passagem:
— Não quero que se aproxime de Selena.
                Daemon levantou uma sobrancelha questionadora:
— Oque foi? Está com medo que eu corrompa sua afilhada?!
— Não, ela não tem uma mente fraca a esse ponto… temo pelo que ela possa fazer a você e pelos cacos que teremos de recolher quando ela o quebrar