Minha cela estava vazia, fui declarada como Instável demais para ter alguém ao meu lado,
como se eu fosse uma psicopata com borderline, que foi o exato resultado do Doutor.
Passava horas fazendo o que qualquer pessoa faria no meu lugar, leria um clássico da
literatura que está mais para papel higiênico pela sua falta de criatividade, rabiscava as
paredes contando os dias até que eu saía ou seja declarada uma sentença de morte para
mim... O refeitório é diferente, não acho ninguém de lá tão carismático e sorridente igual a
mim após ver seu corpo.
A única que deve se esforçar em fingir me aceitar é Corinna, sempre achei seu nome
peculiar e foi por ele que nos aproximamos. Ela é a Assistente desse local, sempre em sua
hora vaga passava em frente da cela de todos conversando carismaticamente com todos
enquanto entrega os remédios receitados aos loucos do local. Ela era o tipo de pessoa que
todos os prisioneiros a idolatravam, como uma deusa da sabedoria que salvaria todos de
seu sofrimento.Começou com ela sempre vindo em minha cela se apresentando todos os
dias "Olá! Sou Corinna". Finalmente lhe dei uma brecha no meu 3° dia já que não podia
ignorá-la, pois ela que me trazia os remédios receitados pelo homem de jaleco.
Alguns dias de bates e voltas, ela começou a passar o dia sentada na cadeira ao lado de
minha cela quando não estava encarregada de nada, olhando a TV da sala dos seguranças
pela sua janelinha como se ela também fosse um prisioneira, já que era um dos
entretenimentos que conseguimos ter quando os seguranças tiraram os olhos das câmeras;
ficava ao meu lado enquanto me apoiava na cama de baixo de minha beliche: "Está vendo?
Marry provavelmente está grávida de Joseph." Ela amava comentar da novela dos
seguranças e a minha mesmo a distância. No refeitório, se sentava comigo e conversamos
de tudo, disse que quando minha sentença fosse cumprida, iríamos morar juntas. Pelas
Noites, entregava os remédios dos outros, mas o meu, ele era especial.
Já haviam passado semanas e até meses, nem sentia a necessidade mais de ver o seu
corpo jogado, Corinna já me satisfazia sendo minha amiga. Quando me dei conta, já estava
com 6 meses de gravidez, não tive coragem de abordar mesmo tendo matado você, o futuro
pai de meu filho.
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Quattuor Annis
Terror♯ 🍷₊ᵔ͈ૢ "Você acha que eu deixaria um homem me destruir e terminar mais feliz que nunca? Mas de jeito nenhum." a história de vida de Lilith.