CHAPTER 01

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Bonnie estava arrasada - mais uma vez ela perdeu para que Elena não perdesse. 'Como ela pôde deixar as coisas chegarem a esse ponto?' Ela não tinha mais ninguém, nunca conheceu seu pai, sua mãe a abandonou, sua avó morreu por culpa da amizade dela com Elena e agora sua mãe morreu para que Elena não morresse. Já faz um mês, e embora ela não tivesse um relacionamento com a mãe, doeu perdê-la permanentemente.

Faz um mês que Bonnie se isolou na casa de sua avó, mentindo para Caroline que ia ficar com a sua prima Lucy por um tempo. Um mês sem tomar banho, comer ou sentir a luz do sol. Bonnie ficou um mês sozinha, trancada em casa, se recusando a sair da cama. Ela não estava de luto apenas pela mãe. Não. Ela também estava de luto por ela mesma. Ela havia se perdido. Deixou as pessoas pisarem nela e fazerem o que bem entendessem; mas isso tinha que acabar.

Bonnie suspirou se arrastando até o banheiro. Ela não podia adiar mais, tinha que tomar banho e tentar comer algo, qualquer coisa. Após lavar seu cabelo e tomar um banho demorado, ela veste um conjunto de moletom, penteia os cabelos, tira os lençóis da cama com a pouca força que tem, pegando lençóis limpos e arrumando a cama por que ela pretendia deitá-se novamente assim que comesse algo. Após arrumar a cama, ela se arrasta para cozinha, e, então o barulho da campainha chama sua atenção. Resignada, ela rasteja até a porta, abrindo a mesma, e por um momento acha que está alucinando. "O que você está fazendo aqui?", ela pergunta com certa dificuldade, agarrando a porta para não cair.

Bonnie estava muito fraca.

"Eu precisava vê-la, Srta. Bennett. Minha consciência não me permitiria sair do país antes de me desculpar com a Srta."

Bonnie revira os olhos. "Vá para o inferno, Elijah!", ela diz ríspida tentando fechar a porta, mas ele a impede.

Elijah estava fora da cidade, pronto para sair do país, mas seus pensamentos eram consumidos pelo que fez com Bonnie Bennett. A adolescente só tinha a mãe e ele indiretamente a tirou dela. Agora, olhando para Bonnie, seu estômago afundou. Era nítido o quanto ela estava sofrendo: estava muito magra, seus olhos estavam fundos e com olheiras. Bonnie parecia fraca e desnutrida.

"Srta. Bennett, eu realmente sinto muito. Não foi minha intenção machucá-la, apenas queria proteger a mim e a minha família.", ele diz quase torturado.

Bonnie olha para ele com curiosidade. "Me diga como você descobriu o plano de sua mãe."

Ele suspira. "Elena me contou."

"Então não precisa se desculpar.", ela diz cerrando os dentes fazendo-o olhá-la com descrença.

"Desculpe?", pergunta confuso.

"Elena é a culpada. Ela, os Salvatore e eu.", Bonnie diz triste. "Você não é amigo, nem aliado. Mas Elena devia ser minha amiga e não devia ter contado para você... Ainda mais depois que você nos traiu no ritual.", acusa a bruxa . "O que ela esperava que acontecesse?", pergunta olhando profundamente nos olhos do original.

Elijah se sente como um cervo preso nos faróis sob o intenso olhar da bruxa adolescente.

"Os Salvatore são aliados, ou pelo menos deveriam ser. Mas assim como você, eles traem a confiança de qualquer um se assim lhes convém.", Bonnie balança a cabeça em desaprovação.

O original sente um gosto amargo em sua boca ao notar o tom resignado na voz da linda bruxa.

"E eu sou culpada por ajudá-los. Mesmo sabendo que se algo desse errado, eles sempre salvariam a si mesmo e a Elena. Mesmo que isso matassem pessoas inocentes que só estavam envolvidas para ajudá-los...", diz ela melancólica. "Eu sou tão estúpida... devia ter previsto isso! Eu nem posso culpar a Elena por não ter aprendido a lição com a sua primeira traição, sabe? Já que mais uma vez perdi um membro da minha família por lealdade a ela.", Bonnie ri sem humor.

Miss Bennett (Em Espera)Onde histórias criam vida. Descubra agora