4. TECELÃS DO DESTINO

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Eu estava acostumado a uma ou outra experiência esquisita, mas normalmente elas passavam depressa.

Aquela alucinação 24 horas por dia e sete dias por semana era mais do que podia encarar.

‘Pobre menino’ Magnus murmurou se apoiando no namorado.

Durante o resto do ano escolar o campus inteiro parecia me pregando algum tipo de peça. Os alunos agiam como se estivessem completa e totalmente convencidos de que a Sra. Kerr - uma loira alegre que eu nunca tinha visto na vida até o momento em que ela entrou no nosso ônibus no fim da excursão - era nossa professora de iniciação à álgebra desde o Natal.

De vez em quando eu soltava uma referência à Sra. Dodds para cima de alguém, só para ver se conseguia fazê-los titubear, mas eles me olhavam como se eu fosse louco.

Acabei quase acreditando neles: a Sra. Dodds nunca tinha existido.

Quase.

Mas Grover não conseguiu me enganar. Quando eu mencionava o nome Dodds, ele hesitava, depois alegava que ela não existia. Mas eu sabia que ele estava mentindo.

‘Ele mente muito mal’ Simon disse, o que foi ouvido por sua ex-namorada, Maia, que o fuzilou com o olhar, ainda ressentida por ele tê-la enganado com Isabelle, o que ela esqueceu, foi que assim como ela, Izzy foi enganada por Simon.

Alguma coisa estava acontecendo.

Alguma coisa havia acontecido no museu.

Eu não tinha muito tempo para pensar no assunto durante o dia, mas, à noite, visões da Sra. Dodds com garras e asas de couro me faziam acordar suando frio.

‘Vou fazer um amuleto para ele contra pesadelos’ Magnus anotou no seu caderno.

O tempo maluco continuou, o que não ajudava meu humor. Certa noite, uma tempestade de raios arrebentou a janela do meu dormitório. Alguns dias depois, o maior tornado jamais visto no vale do Hudson tocou o chão a apenas trinta quilômetros da Academia Yancy. Um dos eventos correntes que aprendemos na aula de estudos sociais era o número inusitado de pequenos aviões que caíram em súbitos vendavais no Atlântico naquele ano.

Comecei a me sentir mal-humorado e irritado a maior parte do tempo. Minhas notas caíram de D para F.

Alec queria confortar o sobrinho, garantir que tudo ficaria bem, que uma nota ruim não o definiria, havia tantas coisas que ele queria contar a ele, mas ele não podia, ele entendia o porquê da sua irmã escondê-lo, mas ele odiava isso.

Entrei em mais atritos com Nancy Bobofit e suas amigas. Era posto para fora da sala e tinha de ficar no corredor em quase todas as aulas.

Finalmente, quando nosso professor de inglês, o Sr. Nicoll, me perguntou pela milionésima vez por que eu tinha tanta preguiça de estudar para as provas de ortografia, eu explodi. Chamei-o de velho dipsomaníaco.

Não sabia direito o que aquilo queria dizer, mas soou bem.

‘Isso não é nada bom, isso não é certo.’ Maryse resmungou, quebrando o silêncio que surgiu com as falas de Percy.

Clary estava incrédula, ela estava vendo a mesma coisa que essa mulher?, Percy tinha TDAH e Dislexia, essas condições fazem ele ter dificuldade de aprendizagem, e ainda assim, ela não está reclamando da falta de consideração do professor, e sim, do fato de seu sobrinho retaliar as insinuações do professor. Maryse era de fato uma mulher insuportável, as únicas coisas boas que ela fez, foram seus filhos.

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⏰ Última atualização: Aug 25 ⏰

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STORM - SHADOWHUNTERS & PERCY JACKSONOnde histórias criam vida. Descubra agora