2. EU TE AMO, POSEIDON

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Izzy é vista chorando do lado de fora de uma cabana à beira mar, seus olhos se moviam angustiados como se ela estivesse procurando por alguém.

Os irmãos e seu cunhado estavam preocupados, eles esperavam que ninguém fizesse mal à sua Izzy.

O mar parecia refletir sua angústia, suas ondas quebravam intensamente sob a areia da praia, mas quando a água chegava a seus pés, trazia uma sensação de conforto e calma, como se o mar a estivesse consolando, como se soubesse das dificuldades que estavam por vir.

“O que está acontecendo?” Clary perguntou enquanto via a expressão de sua melhor amiga, ela não via essa expressão angustiada em seu rosto alegre e expressivo há muito tempo, quando Aldertree a viciou em Yin Fen e ela lutou contra a sensação paralisante e sufocante que a consumia, seus sentimentos ficaram para segundo plano, sua vontade de consumir Yin Fen ultrapassou todos os limites possíveis.

Foram dias difíceis, tantas coisas aconteceram para chegar nesse limite que a levou a se entregar completamente, e para Clary, saber que a primeira pessoa que a aceitou passou por tal provação, era inconcebível, e só havia um único culpado, Maryse Lightwood.

Um homem emergiu das ondas, seus cabelos brancos estavam molhados e pingando. Ele vestia uma camisa havaiana com estampas vibrantes, os tons de azul e verde realçando o bronzeado da sua pele. A camisa, grudada em seu corpo pela água, delineava seus músculos. Ele usava uma bermuda caqui que, mesmo úmida, movia-se com suavidade a cada passo firme que dava na areia. Seus olhos, brilhando com intensidade e amor, estavam fixos na figura à sua frente. À medida que caminhava em direção a ela, seus olhares se encontravam, e a paixão que emanava de seus olhos deixava clara a profundidade de seus sentimentos. 

No momento que Izzy o viu, ela correu em direção a ele e o agarrou em um abraço apertado, o qual ele correspondeu, agarrando suavemente sua cintura. 

Ela se sentia segura em seus braços, como se nada pudesse afetá-la, o amor que ela sentia por ele ultrapassa qualquer barreira, qualquer perigo, qualquer dificuldade que ela pudesse ter. 

Algo que ela jamais havia sentido com alguém, além de seus irmãos, mas isso não contava muito.

Maryse olhou para baixo ao não ser mencionada, ela tentou ser uma boa mãe para Izzy, tentou fazer com que ela visse outra forma de se comportar, de como trazer orgulho ao nome da família Lightwood, de levar ele de volta para sua glória, pois ela não queria que Izzy cometesse um erro do qual ela pudesse se arrepender, como ela ao se juntar ao Círculo, com as inúmeras promessas enganosas de Valentine, nas quais só trouxe desgraça e vergonha para sua família.

Mas Izzy não era Maryse, ela não cometeria o erro de se deixar influenciar por alguém e suas falsas promessas, o preconceito de Maryse cegou seu discernimento de certo e errado, mas Izzy via algo que Maryse nunca se permitiu ver, a humanidade daqueles que Maryse julgou ser inferiores à ela.

Essa era sua falha fatal.

O homem desconhecido beijou a testa de Izzy com carinho, enquanto observava seu rosto encharcado de lágrimas com preocupação.

“O que houve?” ele perguntou a ela.

“Nós precisamos conversar” Izzy respondeu apreensiva, como se temesse pelo pior.

Ele assentiu enquanto segurava a mão dela e eles iam em direção a cabana.

A cena que se seguiu foram eles cercados de cobertas fofas em frente a lareira da pequena cabana, Izzy e ele estavam abraçados confortavelmente, suas roupas estavam espalhadas ao redor deles, indicando que algo a mais havia acontecido entre eles, Isabelle não estava mais com o semblante triste, ela estava feliz, sorrindo com ternura ao sentir o homem acariciando suas costas nuas.

O silêncio confortável foi quebrado por ele, intrigado pelo qual poderia ter sido o motivo pelo qual sua amada o havia convocado.

“Convocado?” Magnus achou que a palavra parecia um tanto antiquada dada ao contexto que eles tinham, já que o homem em questão havia surgido de repente.

“Eu estou grávida” Izzy soltou enquanto o homem parou repentinamente com suas carícias.

“E-Eu vou ter um filho? Um filho seu?” Indagou ansiosamente enquanto olhava para o sorriso vibrante de sua amante, que assentiu para ele. 

Naquele momento, parecia que ela havia dado a ele o maior dos presentes, ele avançou sobre ela e a apertou em seus braços enquanto ela ria alegremente.

“Eu te amo, Isabelle” Ele confessou a ela, enquanto os olhos dela se arregalaram em surpresa.

“E-Eu também te amo, Poseidon” 

“O QUE?”


STORM - SHADOWHUNTERS & PERCY JACKSONOnde histórias criam vida. Descubra agora