The Long Quest

Capitulo 4 - O Filho da Noite

Povs- Annael

O caminho até a cidade era bem longo, saímos de casa mais ou menos sete e meia, e ainda estava no meio da floresta, já tinha se passado uma hora que estava andando por lá, e nada, acho que estou perdida, pensei que saberia o caminho, mas acho que estou enganada. Abro caminho entre os arbustos e alguns galhos de arvores totalmente tortos, até que ouço algo, um passo eu acho.

─ Tem alguém ai? ─ Perguntei como se realmente a pessoa fosse me responder.

─ Acho que você não devia estar andando sozinha em uma floresta a essa hora da noite.

Procuro a minha volto o dono daquela voz e me assusto ao perceber que ele está bem na minha frente.

─ Não tenho medo de você. ─ Falo pegando uma das espadas e preparando um encanto de defesa com a outra mão.

─ Não estou pedindo para que tenha medo de mim... Desculpe não sei seu nome. ─ Ele diz chegando mais perto de mim. ─ Ou mamãe lhe proibiu de falar com estranhos?

─ Claro que não, sei muito bem me defender sozinha...

─ Então, qual é seu nome? ─Ele fala erguendo uma das sobrancelhas e se aproximando mais de mim.

Agora pela luz que fazia o encanto dava para ver perfeitamente o seu rosto, ele tinha um tom azulado na pele, era alto, olhos negros, cabelos negros, e um rosto bem marcado, era filho da noite dava para perceber.

─ Meu nome é Annael, e acho melhor se afastar de mim filho da noite.

─ Belo nome, sou Ethan, Ethan Torriel. ─ Ele diz fazendo um curta referencia.

─ Não sou princesa, não preciso disso.

─ Calma, só estava sendo gentil.

─ Não preciso de sua gentileza, agora se me der licença, preciso ir para a cidade. ─ Digo e sigo meu caminho pela direita.

─ A cidade é para lá. ─ Ele aponta para esquerda.

─ Você não é uma pessoa confiável filho da noite. ─ Digo me virando e olhando-o nos olhos.

─ E você é uma pessoa que se perderá rápido se for por ai. ─ Ele diz me encarando e dando um leve sorriso.

─ Se é tão esperto assim, guia-me até a cidade.

─ Essa jornada não é minha filha das estrelas, e você terá que fazê-la sem mim. ─ Ele diz virando as costas para mim e indo noite adentro.

Após alguns minutos, parada no mesmo loca, penso se ele estaria certo, ou se estaria a me enganar, decido correr o risco e ir pela esquerda, depois de algum tempo andando avisto luzes e enfim chego ao morro, às luzes que vi eram de uma casa lá perto, casa que por sinal não havia lá quando fui pela primeira vez. Fico alguns minutos vendo a bela vista que tinha do morro, os lobos não uivavam, acho que pelo fato da lua não estar totalmente visível, ponto para os elfos que estariam lutando hoje contra os elfos da noite, que tinham suas forças baseadas no estado da lua.

Fiquei pensando em porque aquele elfo me deixou ilesa, e porque não estaria lutando junto com os outros, como disse que era seu nome mesmo? Ellan... Evan, não, Ethan, isso! O nome dele é Ethan, e apesar de filho da lua ele até que é bonito. Desço o morro em direção a casa, precisava ver oque estava acontecendo por lá, quando chego me deparo com um casal aos beijos no jardim, não dava para identifica-los direito, acho que teriam problemas em se desenrolar depois, começo a rir do meu pensamento idiota, entro para casa, quase não consigo me mover com tanta gente, precisava beber algo, desde que saio de casa não bebo nada, e por incrível que pareça esqueci-me de trazer agua comigo. Vou em direção a uma mesa onde vejo que há um tipo de bebida, coloco um pouco da bebida em um copo, e a bebo, e na mesma hora me arrependo, era terrivelmente amarga.

─ Fica melhor quando se toma com alguma coisa. ─ Diz um garoto ao chegar do meu lado.

─ Definitivamente isso tem um gosto muito ruim. ─ Digo olhando para o copo e fazendo cara de reprovação.

─ O garoto começa a rir ─ Prazer Hector. ─ Ele estende a mão para mim, não é a primeira vez que vejo esse gesto.

─ Annael. ─ Estendo minha mão para ele também.

─Nunca te vi por aqui, é de onde?

─ Digamos que de não muito longe.

─ Entendo, quer dar uma volta? Ir lá fora? ─Ele aponta com a cabeça em direção ao jardim.

─ Não quero atrapalhar o romance daqueles dois. ─ Digo me afastando para que Hector veja o casal que está lá fora.

─ Só podia ser Collin mesmo. ─ Ele fala e começa a rir.

─ Collin? ─ Meu corpo estremece a ouvir aquele nome, não podia ser ele.

─ Sim, o conhece?

─ Não. ─ Minto. ─ Preciso de um pouco de agua, sabes me dizer onde fica?

─ Vou buscar pra você okay? ─ ele diz saindo e piscando com um olho para mim.

─ Okay. ─ Digo sorrindo em agradecimento.

Esses humanos tem cada coisa estranha, são gestos, bebidas, acho que não passaria nem dois dias com tanta loucura. Não demorou muito para que Hector trouxesse minha agua.

─ Aqui está linda. ─ ele diz me entregando o copo com um leve sorriso no rosto.

─ Obrigada. ─ Digo pegando o copo de sua mão e logo depois bebo a agua.

Conversamos durante alguns minutos, e começo a ficar tonta.

─ Está tudo bem com você linda? ─ Hector pergunta se aproximando de mim.

─ Só sentindo um pouco de tontura.

─ É melhor você se sentar. ─ Diz Hector se aproximando mais de mim.

─ Acho que você está muito próximo de mim, estou ficando sem ar, preciso de espaço.

─ E agora linda? ─ Diz ele se aproximando ainda mais.

─ Hector pare!

─Vai dizer que não está gostando?─ Ele chega mais perto e cheira o meu pescoço.

Estou tão fraca que nem consigo me defender, me mantenho em pé pela aproximação nada agradável de Hector.

─ Vamos lá para cima linda, vai se sentir melhor lá. ─ Ele diz me prendendo contra a mesa.

─ Não vou a lugar nenhum com você! ─ Digo elevando mais ainda o meu tom de voz.

─ Vamos linda eu sei que você quer...

─ SAIA DE PERTO DE MIM! ─ Grito.

─ Não Ouviu oque a garota disse, saia de perto dela! ─ Diz alguém que provavelmente escutou o meu grito no meio de todo aquele barulho.

─ E quem é você para me dizer oque devo ou não fazer? Bab... ─ Hector mal termina de falar e é atingido por um soco.

Não consigo ver quem o atingiu, minha vista fica turva e por conta de Hector não estar mais me prendendo contra a mesa, caio como uma fruta podre no chão, e a ultima coisa que ouço é a voz de um menino gritando:

─ O QUE VOCÊ FEZ COM ELA?! 

E então apago...