A livraria estava tranquila, o cheiro de papel velho e chá fresco preenchendo o ar. Aziraphale, acomodado em sua poltrona, mergulhava em um livro sobre história antiga, enquanto Crowley, do outro lado da sala, jogava paciência no celular. A paz foi interrompida pelo som de um envelope deslizando por debaixo da porta.
- Aziraphale, você está esperando correspondência? - perguntou Crowley, levantando uma sobrancelha.
- Não que eu saiba - respondeu Aziraphale, intrigado.
Ele se levantou, pegou o envelope e o abriu. Dentro, havia um pedaço de pergaminho com uma mensagem escrita em caligrafia dourada.
- Parece ser algo do Céu - disse Aziraphale, franzindo a testa.
- O que eles querem agora? - perguntou Crowley, revirando os olhos.
- Parece que há uma nova missão para mim. Algo sobre proteger um artefato antigo que está em perigo - explicou Aziraphale, lendo a mensagem.
- Um artefato? Isso soa como o tipo de coisa que você adora - Crowley sorriu.
- Bem, eu não posso ignorar um pedido do Céu - suspirou Aziraphale. - Mas, se eu aceitar, você vai me ajudar?
Crowley fingiu ponderar por um momento antes de sorrir maliciosamente.
- Claro, por que não? Uma nova aventura pode ser divertida.
Com a decisão tomada, os dois saíram da livraria e se dirigiram ao local indicado na mensagem: um antigo mosteiro nas colinas da Escócia. O lugar era isolado, cercado por uma floresta densa e envolto em um ar de mistério.
Ao chegarem, foram recebidos por um monge idoso que os guiou até uma sala secreta onde o artefato, um antigo e poderoso grimório, estava guardado.
- Devemos proteger este livro a todo custo - disse Aziraphale, com determinação. - Ele não pode cair em mãos erradas.
- E o que exatamente constitui "mãos erradas"? - perguntou Crowley, examinando o grimório.
Antes que Aziraphale pudesse responder, a porta da sala foi arrombada, e uma figura sombria entrou. Era um demônio menor, enviado do Inferno para roubar o grimório.
- Ora, ora, olha só quem está aqui - disse o demônio, sorrindo maliciosamente. - Aziraphale e Crowley, juntos novamente. Isso vai ser interessante.
Crowley trocou um olhar com Aziraphale, um misto de determinação e cumplicidade em seus olhos.
- Parece que nossa missão acabou de ficar mais complicada - disse Crowley, preparando-se para a batalha.
- Não se preocupe, meu caro - respondeu Aziraphale, erguendo uma mão brilhante com luz celestial. - Estamos mais do que prontos.
E assim, entre luz e sombras, anjo e demônio se uniram mais uma vez para enfrentar o perigo, mostrando que, independentemente do lado em que estejam, juntos são imbatíveis.
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Fim do Episódio 2.
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Entre anjos e demônios
RomanceAziraphale, um anjo amante de livros, e Crowley, um demônio irreverente, formam uma amizade improvável enquanto evitam o Armagedom. Agora, sem missões claras, eles navegam pelas complexidades da vida na Terra. Entre aventuras e reflexões, descobrem...