Merecida aposentadoria

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❗violência- palavras de baixo escalão.


Moscou, Rússia, 2005, em algum prédio abandonado.

- Acho que já tá bom Vladmir.

Tento levantar minha cabeça mas tudo está tão embaçado meus olhos mau abrem pois estão bem inchados, minhas mãos e pés estão amarradas é um dos homens cutuca minha cabeça com uma arma.

- é pra você aprender Domenico, que quando o chefe manda matar uma vadia, você vai lá e mata a vadia.

Mais uma coronhada e dada na minha cabeça, as vezes tenho raiva por não desmaiar facilmente.

- que merda Vladimir o chefe disse pra não matar ele, você é que vai estar amarrado da próxima vez!

O outro capanga pega a arma da mão do meu agressor e começa a me soltar.

- Rezo para você ter aprendido a lição Domenico, por que eu não ache que o chefe vai pedir para não terminar o serviço da próxima vez.

Eles me soltam e não tenho forças para me manter em pé, sou arrastado até um porta malas e lá me trancam, só paro para refletir o motivo de estar sendo levado quando sinto o balanço suave do carro se movendo.

Mais cedo estávamos em uma das casas de prostituição que pertence a máfia, uma das mulheres de lá andou se envolvendo com os italianos e repassando informações para eles, e comum o alto escalão discutir coisas importantes na presença delas, afinal eles a consideram meros objetos, as vezes até esquecem que são seres humanos, Maxin o chefe da qual eu tenho que obedecer diretamente, ordenou que a matasse, mas ela me implorou para não a matar, para poupar, ela tinha uma filhinha de apenas 1 ano, e estava tentando sair desse vida, eu não conseguir matar uma mulher com um bebê no colo, simplesmente não consegui, e agora estou aqui.
Sendo tirado do porta malas de um carro e arrastado para dentro da imponente mansão, sinto tanta dor que mal consigo me manter consciente.

Sinto ser atirado no carpete vermelho da sala e não demoro a ouvir a voz de Maxin, o desgraçado é grande, com seus ternos sempre bem arrumados barba grande e aparadas sustentam a faixada de empresário de sucesso.

- Espero que tenha aprendido a lição Dom, você sabe que eu realmente gosto de você, se não já estava um alguma vala por ai.

Um chute leve mas minhas costelas e eu sou puxado para o olhar o desgraçado psicopata na qual foi obrigado a servir.

Ele rir da minha cara suja de sangue e inchada.

- olho só Dom, valeu a pena estragar sua cara por uma vadia e um bebê? Eu sei que nem é sua filha.

O vejo pegar algo que estava no sofá e um choro estridente de bebê ecoa no ambiente antes silencioso.

Maxin pega a criança e a deixa de cabeça para baixo que só faz chorar mais alto.

- criatura irritante essa, você está disposto a me trair para salvar essa criatura insignificante?

Sou chutado com força e quase perco a consciência.

Mas a trava de uma arma sendo retirada me faz olhar novamente, o psicopata tinha a arma apontada para a cabeça da criança.

- sabe Dom, eu acho que tive uma ideia, vou matar esse criatura aqui na sua frente, o que acha? E fazer você limpar o carpete do sangue dela, talvez assim nunca mais pense em me trair.

- não acho que ele aprendera alguma lição com isso querido, nosso Dom é tão sentimental...

A criatura mais psicótica que já tive o desprazer de conhecer chega descendo as escadas, com um robe vermelho e muita plumas da mesma cor, cabelos loiros brilhantes, ela era realmente  muito bonita, Soraya a esposa de Maxin é na verdade quem comanda esse braço na qual faço parte, ela tem as idéias mais sórdidas, também é a executora.

Saindo das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora