Park Jimin
Quarto do Jimin
10 de Junho. Seul, Coréia do SulQuinta-feira. Este seria o dia em que tinha, finalmente, tomado coragem para entregar a carta que tinha escrito há duas semanas. Os sentimentos que aquele simples papel cartão carregava, eram até intensos, Jimin o escreveu enquanto estava em um momento de fragilidade.
Na verdade, não sabia por qual razão tinha escrevido aquilo, queria mesmo é nunca ter se aceitado como homossexual e levar a desgraça para sua família, que estava sempre o lembrando que se formaria em advocacia, casaria com uma bela mulher com um futuro promissor, teria três filhos e então sua vida estava formada.
E assim que sua mãe começou a apresentá-lo a filhas de algumas de suas amigas e, consecutivamente insistir para que saísse com estas meninas, Jimin logo se deu conta do que sua mãe queria.
Ficou um pouco decepcionado, até porque sua própria mãe não estava respeitando seu espaço, sua zona de conforto. Quê? Fala sério, um jovem de quase dezoito anos só quer se divertir e curtir a vida enquanto não entra na faculdade, e passa para vida adulta chata e cheia de responsabilidades.
Mas pelo o que parece é que Jiwon não quer esperar, ela quer que o filho tenha logo uma pretendente.
Pretendente. Uh, essa palavra soa tão… irônica, talvez, para Jimin.
Jimin queria apenas viver o final de sua adolescência com tranquilidade, mas parece que tudo o que planeja vai de ralo, principalmente se isso envolve, indiretamente ou diretamente, Park Jiwon.
Por mais que às vezes fosse uma coisa inocente e inofensiva, com certeza sem intenção alguma de machucar seu próprio filho, JiWon sempre fazia comentários um tanto…preocupantes para Jimin. Comentários estes que chegam a ser homofóbicos, mas como um bom filho, nunca dissera nada sobre. O marido, Park Jae-In as vezes parava a mulher. E não é que seja comentários repugnantes, ou que realmente fosse uma pessoa homofóbica.
Jiwon tinha uma opinião diferente. A verdade é que a Park mais velha, foi criada assim, e não é como se ela pudesse mudar isso da noite para o dia. Ela mesmo já deixou claro que não era homofóbica ou contra, só achava que não era certo, porém sempre respeitaria pois acima de tudo e todos, somos seres humanos. Jimin tinha medo de falar sobre sua sexualidade para sua mãe, pai, irmãos e amigos, o que aconteceria se todos soubessem que na verdade ele gostava de homens?
Nunca tinha ficado com um, mas como que soube que não gostava de mulher? Bem, simples, peitos e bundas nunca lhe atraíram, achava a coisa mais sem graça do mundo, mas… quando tinha quatorze anos e viu Lee Taemin jogando basquete, nossa! Aquilo sim tinha lhe atraído, e muito até. Os bíceps, as veias saltadas demais para um adolescente de dezesseis anos, o peitoral começando a se tornar grande e as pernas… ah, as pernas, sem dúvidas a melhor parte para Jimin. Já se pegou imaginando como seria estar de joelhos para aquele garoto loiro que dominava seus pensamentos — na época.
Mas enfim , acabou que Taemin foi fazer intercâmbio fora do país enquanto ainda estava no ensino médio, e uma coisa que Jimin notou, foi que o garoto sempre deixava claro que tinha interesse no mais novo.
O loiro mais velho, se assumiu quando ainda tinha treze anos, jovem demais para saber sobre essas coisas. Bem, pelo menos é o que muitos pensam, mas quando você cresce já sabendo do que gosta, não é difícil e nem tão estranho assim.
É como crescer não gostando de brócolis, você simplesmente não gosta desde pequeno, por exemplo. Certo, este foi um exemplo péssimo. De qualquer forma, isso não é algo que tem tempo, não existe tempo para você se identificar como homossexual, isso é quase que um esteriótipo que colocam na comunidade. Apenas existe tempo para a aceitação, que é uma coisa que nem todos passam, poucos mas ainda vale. Tem também o entendimento e tudo mais.
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Cartas Para Um Bad Boy JJK+PJM
Novela Juvenil[ARCO¹|EM ANDAMENTO•JIKOOK¡] >>longFic<< O dia dos namorados era sempre aguardado de forma ansiosa, claro que não para todos, como Jungkook, por exemplo. Jeon era conhecido como bad boy em sua escola, tanto fora desta quanto dentro. Não...