CAPÍTULO 10: O PRINCÍPIO DOS TREINOS

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Após caminharem por alguns metros de distância do castelo, os jovens seguindo o Virte, chegaram a uma estrutura de madeira que se prolonga por cinquenta metros no litoral do reino, acentuado em frente ao fim do riacho que se emenda com o mar.

- Eu tenho certeza que irão adorar este lugar! - exclamou Virte entrando no lugar com os quatro jovens.

Passando pela estrutura Caio, deu volta completa em passos lentos, com certeza ele estava encantado com os detalhes nos pilares, paredes e até mesmo no teto; aquelas escrituras eram verdadeiramente uma obra de arte.

- Observem essa maravilha! - exclamou Virte, puxando um pano que cobria uma entrada que levava a praia.

- Uau! - disse todos do grupo ao mesmo tempo ao passarem pela entrada do pano.

Caio ficou mais encantado ainda com a beleza da divisão entre o riacho e o mar cristalino. Mais além, pela areia ele avistou um grupo, aparentemente treinando golpes e exercícios.

- O que é aquilo? - perguntou o garoto.

- Aquilo? São os futuros soldados, guerreiros do reino! - disse Virte - Relaxe! Vocês vão fazer parte da turma!

- O que? - disse Caio com um olhar de preocupação.

- Agora sim ficou legal! - disse Ricardo se animando com a fala de Virte.

- Sigam-me! - disse Virte ao jovens que o seguiram em direção ao grupo de treinamento.

- Você não deve estar falando sério! - disse Jéssica franzindo a testa, enquanto caminhavam - Como alguém coloca adolescentes para um treino sério? E pior, colocar o destino de um planeta nas mãos de quatro adolescentes?

- Estou falando sério, mas não serão só vocês. Vocês vão liderar todos os soldados, e aqueles aprendizes também!

- Fordus... - disse Virte chegando ao ponto de treinamento. Ele pôs a mão em um homem ainda mais alto, e forte de cabelo arrepiado e de armadura.

Fordus pegou a mão de Virte que estava sobre o seu ombro esquerdo, puxou-o e o jogou no chão, chegando a levantar areia por todos os lados com o forte impacto.

- Nossa! - exclamou Ricardo, enquanto seus amigos ficaram de boca entreaberta.

Os aprendizes pararam os treinos para observar a situação, e risadinhas se espalharam pela praia, Fordus fez um golpe e uma cambaiota no ar com um olhar ameaçador aos quatro jovens.

- Quem são vocês? - perguntou ele com uma posição pronto para atacar.

- Dá pra me ajudar? - disse Virte com irritação e com uma expressão de dor.

- Virte? - disse Fordus surpreso ao se virar para ele. - Você é doido de chegar daquele jeito? Nem te reconheci, eu nunca te vi nem o capuz na cabeça.

Virte se levantou colocando as mãos nas costas, enquanto Fordus continuava em posição de ataque na direção dos adolescentes.

- Fordus, acalme-se, esses são os guerreiros da profecia! - disse Virte se posicionando de frente ao Fordus que no mesmo instante se reverenciou aos jovens e os aprendizes fizeram o mesmo.

– Me perdoem, peço desculpas infinitas, senhores! - disse Fordus se rastejando aos pés de Caio.

- Tá... tudo bem... não se preocupe... - disse Caio sem saber como reagir, ele nunca imaginara uma coisa dessas - eu acho que você tem que pedir desculpas ao Virte!

– Claro! - disse Fordus se arrastando até os pés de Virte e começou a beijá-los.

– Tá bom, tá bom! - disse Virte envergonhado.

OS GUERREIROS DA PROFECIAOnde histórias criam vida. Descubra agora