CAPÍTULO 12: O RETORNO DO MESTRE GARRAS

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Na manhã seguinte, Caio acordou por causa de gritos que tomavam conta ao seu redor. Caio virou para os lados, e seu irmão e amigos estavam começando a se levantar de suas camas com expressões nos rostos que demonstravam medo.

- O que é que está acontecendo maninho? - perguntou Caio assustado ao se levantar ao lado de seu irmão que parecia chocado com o desespero de seus colegas.

- Andem, se movam! - berrou Graillu prestes a passar pela cortina.

- MAS O QUE ESTÁ ACONTECENDO? - gritou Jéssica.

- Parece que estão nos atacando! - disse uma outra aprendiz.

- Atacando?

- Vamos! - exclamou Caio indo correndo para a cortina que cobre a entrada.

Os quatro finalmente chegaram à recepção, não bastava aquela confusão, agora a situação ali é ainda pior; à tumulto para todos os lados.

- Finalmente! - exclamou Fordus com os olhos arregalados, vendo os quatro jovens, e ele não parava de suar. - Vamos para o povoado onde está acontecendo...

- Mas vamos sem nenhuma arma? - perguntou Ricardo franzindo a testa, após interrompê- lo.

- Só, vamos, confiem!

Fordus, os quatro, e todos os outros aprendizes corriam até o povoado, alguns armados, além de soldados que marchavam logo à frente.

Chegando no centro do povoado, uma nuvem escura descia do céu, enquanto o povo curioso e com medo ao mesmo tempo ficaram parados diante aquilo.

- Então todo esse desespero é por isso! - exclamou Caio surpreso com olhos atentos a aquela nuvem que chegara ao chão.

- Parece que tem alguém saindo dela... - cochichou uma mulher parada em um canto.

- O que está acontecendo aqui? - berrou o rei, Ponice chegando ao amontoado, juntamente com seus guardas, vates e as outras realezas.

O povo ficou com a boca entreaberta quando a nuvem se desfez por completo. Um homem magro e calvo, não era tão alto em comparação com aquele povo, além de usar uma capa preta, velha e rasgada, e o resto do corpo era coberto por uma armadura metálica, mas o que mais chamava a atenção era a sua mão do braço direito, nela havia garras de metal em cada dedo.

- Eu não acredito, não pode ser! - exclamou Ponice em voz baixa, incrédulo com o que via diante de seus olhos.

- O que foi? Quem é? - perguntou Jéssica se virando para todos ao redor, procurando explicações, mas ninguém respondeu.

- Oi meus companheiros! - exclamou o homem magro saindo do lugar lentamente, e indo mais para perto das autoridades.
A voz grave e rouca do estranho, fez Caio se arrepiar.

- Andem fiquem atrás de mim, ele não pode ver vocês... - sussurrou Fordus nervoso para Caio, Pedro Ricardo e Jéssica, por tanto sem nenhuma negação os outros se esconderam atrás dele e do povo ao redor.

- Meu povo, e companheiros... vocês não sabem a saudade que eu estava de vocês! - disse o estranho andando pra lá e pra cá.

- Mas a gente não, Mestre Garras! - disse Estrudes.

- Nossa! Mas você está diferente, até que vocês tiveram uma boa recuperação daquela batalha épica, muito lento é claro, mas admito que progrediram! - disse o Mestre Garras.

Ninguém conseguiu contrapor ou aguentar a fala dele, mesmo Estrudes que até então mostrara nenhum medo em sua presença.

- O reino de Teprutes ainda é a maior potência?

OS GUERREIROS DA PROFECIAOnde histórias criam vida. Descubra agora