Um ensaio, talvez romântico

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Willen P.O.V.

Eu esperei ela aqui fora, qual era a emergência que ela disse que era importante?

Ela abriu a porta e deu licença pra eu passar, e a Dona Nina parecia um pouco ocupada com as panelas, sei lá o que ela vai fazer, mas se for comida, aceito de graça.

(Autora: Ah tbm vou querer.)

Mas antes de eu e a Malu subirmos, a Dona Nina chama.

Dona Nina: Aonde os dois vão?

Any Malu: A gente só vai ensaiar um negócio.

Como assim ensaiar um negócio?

Dona Nina: Tá bom, mas eu tô de olho em vocês heim.

Any Nalu: Mãe, a gente tem 19 anos.

No caso daqui a alguns meses farei 20.

(Autora: Meu neném já é homem.)

Mas a gente subiu pro quarto dela, ainda continua a mesma coisa, mas eu ainda tenho saudades do Kotoko, do Shupika, da Agatha e da Rebecca.

Eu apenas olhava na prateleira os bonequinhos, fiquei viajando por muito tempo, que nem vi ela me chamando.

Willen: Oi Malu, o que disse?

Any Malu: Vem aqui me ajudar. Preciso que me ajude com isso aqui.

Eu olhei os papéis com o roteiro, e era de Romeu e Julieta, e sabe o que eu fiz?

Willen: Pffff, hahahaha, você é a Julieta? Muda o papel, por que não bota de mãe da Julieta? - As vezes eu gosto de provocar ela, só pra ver a reação.

Any Malu: Pois fique sabendo que eu finalmente vou ser a Julieta, e vou atuar melhor do que a Rebecca.

Bom, isso aconteceu quando teve uma peça na escola onde a gente estudava, eu fiquei com o Romeu, mas a Malu ficou com de mãe da Julieta, e a Rebecca ficou com o papel de Julieta. Só que por um incidente, a peça não deu certo porque peguei sereno, então outro garoto ficou no meu lugar.

(Autora: Eu iria dizer obrigada, mas como é doença, deixo pra lá.)

Willen: E você precisa da minha ajuda para ser o Romeu. Né?

Any Malu: É... talvez.

Willen: E o que eu ganho em troca? - Não vou fazer de graça como todas as vezes que ela me pede alguma coisa.

Any Malu: Aff, o que você quer?

Willen: Uma semana sem você reclamar da minha lambretop.

Any Malu P.O.V.

Eu já estou um pouco arrependida, mas se isso é por uma boa causa...

Any Malu: Tá, tanto faz. - Faço uma cara de raiva.

Uma hora depois

Nós dois ensaiamos muito, só faltava decorar umas falas do texto. Estava um pouco divertido ele ficar imitando os personagens, mas quando ele interpretava Romeu, eu senti algo.

Willen: Se minha mão profana o relicário em remissão aceito a penitência: meu lábio, peregrino solitário, demonstrará, com sobra, reverência.

Any Malu: Ofendeis vossa mão, bom peregrino, que se mostrou devota e reverente. Nas mãos dos santos pega o paladino. Esse é o beijo mais santo e conveniente.

Willen: Os santos e os devotos não têm boca?

Any Malu: Sim, peregrino, só para orações.

Willen: Deixai, então, ó santa! que esta boca mostre o caminho certo aos corações.

Any Malu: Sem se mexer, o santo exalça o voto.

Willen: Então fica quietinha: eis o devoto. Em tua boca me limpo dos pecados.

Então ele foi se aproximando de mim, eu não fiz nada, apenas fechei os olhos, senti a respiração dele perto da minha e...

"Panela caíndo"

E o empurrei forte, que vergonha foi essa?

Desci pra ver o que era, e a Jullie estava na porta de casa.

Jullie: Bom, eu não sabia onde você morava, daí eu ouvi sua voz e aproveitei que a porta estava aberta e sua mãe se assustou, eu apenas vim devolver o resto do enredo da peça que tem do final.

Ufa, salva pelo gongo, ou melhor, salva pela Jullie.

Jullie: Era apenas isso, eu já vou indo pra casa mesmo, tchau e me desculpa se eu atrapalhei alguma coisa.

E então ela saiu, suspirei aliviada do "quase beijo".

Willen: E-Então eu já vou indo também, tchau Malu, até amanhã. Tchau Dona Nina.

Eu não falei nada, apenas entrei no meu quarto e fiquei deitada pensativa, eu queria que o beijo fosse real, mas ainda não quero isso agora.

Petals for Life - Remasterizado - Fic Any MaluOnde histórias criam vida. Descubra agora