Segredos da Mansão Malfoy

Capítulo 22: Problemas e Soluções

Hermione

Hermione caminhou lentamente pelo Beco Diagonal segurando seu salário na mão. O dia do pagamento realmente se tornou seu dia menos favorito do mês. Era tão ruim que Hermione fez questão de se arrumar para tentar mostrar alguma força. Ela estava com um vestido aprovado por Pansy, a pulseira de Draco, o anel de sua avó e seus pequenos brincos de argola favoritos, que ele inexplicavelmente devolveu a ela alguns dias depois de tê-los roubado com um bilhete que dizia: Eu os consertei para você, querida .

No começo ela não entendeu o que ele quis dizer porque eles pareciam bem parecidos para ela. Ele tinha feito a mesma coisa com as pequenas bolas de ouro também - ele apenas as devolveu e disse que ela poderia usá-las agora. Mas então ela descobriu alguns livros dilapidados em seu apartamento que tinham sido substituídos por cópias imaculadas. Uma busca mais aprofundada revelou que nenhum de seus livros estava mais enfeitiçado. Ela até descobriu alguns livros raros escondidos em sua prateleira que ela tinha certeza que eram da loja de Maud e Tom. Eram livros que ela sempre quis. Isso deixou Hermione bastante desconfiada, e um dia ela levou aqueles pequenos arcos a um joalheiro que lhe disse que eles não eram baratos, mas de ouro de altíssima qualidade. Ela trouxe as pequenas bolas de ouro no dia seguinte, e o joalheiro lhe disse a mesma coisa sobre eles.

Draco tinha 'consertado' eles, tudo bem. Ele tinha duplicado eles para ela e os substituiu por algo muito mais valioso.

Hermione estava descobrindo que Draco tinha um lado furtivo. Ela supôs que não era tão surpreendente porque ele era, antes de tudo, um sonserino. Ele também era intencional - muito intencional. Tudo o que ele fazia por ela, cada movimento que ele fazia parecia estar levando a algo. Ele não tinha falado com ela sobre isso ainda, então ela estava esperando até que ele falasse para trazer essas pequenas descobertas à tona. Enquanto esperava, ela começou a pensar e revirava o assunto repetidamente em sua mente.

Seus sentimentos sobre os brincos e livros eram distintamente misturados. Por um lado, isso a fazia se sentir vista, e provava a ela que ele era observador e a observava . Por outro, era bastante intrusivo e dissimulado.

Hermione pensou que teria aceitado essas coisas dele de bom grado se ele tivesse sido direto sobre isso. Ela sabia que não eram um fardo financeiro para ele, e ela tinha lido aquele livro sobre linguagens do amor que Lavender Brown trouxe para Hogwarts no quarto ano quando ela ficou realmente louca por garotos. Hermione não tinha certeza de quão preciso era, mas ela tinha que admitir que dar e receber presentes parecia ser a linguagem de Draco. Hermione era mais do tipo que faz atos de serviço - ou melhor, ela queria ser do tipo que faz atos de serviço. Ela sempre zombou de várias das outras linguagens do amor e acreditava que receber presentes estava em último lugar, pois lhe parecia superficial e materialista. Quando confrontada com um parceiro que parecia comunicar afeição com presentes, no entanto, ela estava reconsiderando sua posição. Hermione foi forçada a admitir que gostava. Ela não queria necessariamente gostar tanto quanto gostava, mas não conseguia evitar. Isso a fazia se sentir especial. Ela podia dizer que Draco também tinha grande prazer nisso. E quem era ela para julgar como uma pessoa transmitia afeição em comparação a outra?

Não, não eram mais os presentes que a incomodavam, era o fato de ele estar fazendo isso pelas costas dela.

Mas então, ele estava fazendo isso pelas costas dela? Sério? Ele não era secreto sobre pegar e devolver os brincos dela. Ele só não contava o porquê. Os livros que ela tinha enfeitiçado estavam em péssimo estado porque ela os usava com frequência. Draco Malfoy era muitas coisas, mas estúpido não era uma delas. Ele não tinha contado a ela o que estava fazendo, mas certamente sabia que ela notaria essas coisas eventualmente. Ele estava sendo sorrateiro, mas não era exatamente sutil.