OK, nem tudo havia saído como planejado... O nosso rolê podia ter saído pela culatra, mas isso não estragaria nosso fim de semana. Eu consegui mexer meus pauzinhos e consegui que as meninas fossem passar o fim de semana comigo no sítio da minha madrinha!!!
Ainda tínhamos que comprar algumas coisas para levar para o sítio, por isso, tivemos que parar no supermercado mais próximo, nesse caso, um Frangolândia.
Descemos do carro e subimos a rampinha que dava acesso à loja, chegarmos lá ofegantes (definitivamente exercício não é nosso forte).
Pegamos algumas coisas que faltavam (carnes, biscoitos, sorvete!!!) e depois disso, vamos para a padaria do supermercado, onde pedimos 3 coxinhas , 1 coca e 2 Kapos.
- Filha, comam com calma. Depois que vocês terminarem, vamos estar lá fora - diz meu pai, se dirigindo a mim. Meneio com a cabeça e ele vai para o caixa passar as compras.
Acabou que todas comemos e continuamos conversando por uns 10 minutos. Conscientes do tempo, levantamos da mesa e vamos para o estacionamento procurar meus pais.
- Vitória, espera, eu tô toda doloridaa - digo, me arrastando pela rampa, enquanto ela corre pela rampa, fazendo uma pequena dancinha. Letícia está atrás de mim, rindo.
Quando chegamos no estacionamento, não encontramos meus pais. Nós olhamos uma para a cara da outra. Ops, estamos perdidas.
- Ok, quem vota na opção vamos ficar aqui esperando meus pais? - pergunto e obviamente, as du-contra votam na opção voltar lá para cima.
Subimos a rampa de novo... eu me arrastando né (viva ao sedentarismo) e saímos em busca dos meus pais. Rodamos o supermercado várias vezes, perguntando para diversas pessoas se eles viram meus pais, tomando minha mãe como referência (também... com um vestido laranja néon é difícil não achar).
Todas dizem que não e então, recomeçamos nossa busca... Chegamos até a ala de frios, que está vazia, exceto por um garoto, que está de óculos escuros. Eu estranho, quem é o inteligente que usa óculos escuros em plenas 19h no Brasil? Ainda mais dentro de um supermercado... Ignoro minhas teorias e pergunto:
- Oii!!! Você poderia nós ajudar a encontrar minha mãe? Ela está de vestido laranja... Qualquer ajuda é bem...
Ele gagueja, nervosa:
- I... I don't speak portuguese... - ele afirma, com uma voz estranhamente familiar
Eu sorrio levemente e digo
- No problem... I can translate it to you - eu digo, explicando a ele toda a situação em inglês.
Ele, bem simpático, nos fala o que sabe e eu agradeço. Aquele menino gringo podia ser ter manias meio esquisitas, mas era legal (e bem bonitinho, pelo que consegui ver... parecia até com o Walker)
Já estamos indo embora quando ouço o barulho de algo caindo. O óculos do garoto... Prontamente me abaixo para pegar, ao mesmo tempo que ele. Nossas cabeças se batem e então nossos olhares se encontram... E quando encontro aqueles olhos azuis oceano, cubro minhas mãos com a boca, abafando a vontade de gritar e beijá-lo naquele instante. Era Walker Scobell, ali no Frangolândia.
- OMG - é a única coisa que consigo dizer em completo choque.
Ele sorri e conversamos por um tempinho. Ele me conta que veio passar férias no Beach Park, mas que ninguém sabe (ou pelo menos ninguém sabia). Também diz que veio visitar a beira-mar de Fortaleza, só que devido à barreira da língua e seu pouco conhecimento sobre a cidade, ele acabou pedindo o Uber para o lugar e acabou se perdendo. No processo, o celular do coitado descarregou e ele entrou no lugar mais próximo (no caso, o Frangolândia) em busca de internet e algum lugar para carregar o aparelho.
Eu me comovo pela história e me ofereço para ajudá-lo, conseguindo um lugar para carregar o iPhone dele e colocando internet nele. Eu e as meninas anotamos num guardanapo uma lista de frases básicas que para ajudá-lo no caminho de volta para o Beach Park e pedimos um Uber para ele.
Nesse meio período, ainda conseguimos tirar várias fotos com ele (eu tirei uma só eu e eleee) e mesmo que todos estando todos perdidos no Frangolândia, acabamos nos divertindo muito.
Quando o Uber chega, ele agradece a cada uma de nós pela ajuda e me pergunta:
- Julia, can I ask you a favor? - ele pergunta.
- I'm all ears - eu digo e ele pergunta se eu posso ser a guia turística dele. Meu coração dispara e eu quase tenho um infarto. Concordo na mesma hora, sorridente.
Trocamos números e ele entra no carro. Ele acena para nós, sussurrando thank you e dando uma piscadinha pra mim. O WALKER WILLIAM SCOBELL PISCOU PRA MIM. PRA MIM!!!!
Um segundo depois que o Uber do Walker vai embora, meus pais aparecem. Eu suspiro de alívio...
- JULIAAAA, ONDE VOCÊS ESTAVAM? EU QUASE TIVE UM TRECO - minha mãe diz, em seu humor habitual
- A gente procurou por vocês em todo canto, tia - Letícia diz, baixinho como sempre.
- Tia, você não vai acreditar em quem a gente encontrou aqui!!! - Vitória e Letícia dizem em uníssono. Eu coro, morrendo de vergonha. Essas bocas de sacola...
- Mãe, pode até parecer fanfic, mas o Walker tava aqui agora a pouco - eu digo, não me contendo de ansiedade
- O WALKER? O QUE TU É APAIXONADA? MEU GENRO? - minha mãe pergunta, meio surtando
Eu sorrio, afirmando que sim. Passo praticamento o trajeto inteiro até o sítio contando sobre o encontro inesperado. Aquele sim vai ser um momento para recordar...
(Gnt, foi isso, espero que vcs tenham gostado!!! Vou tentar postar capítulos novos regularmente. Boa leitura para todos vcs!!!)
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See You Again (Walker Scobell)
FanfictionJulia nunca imaginou que um passeio com uma amiga colocaria sua vida de pernas para o ar... Um concerto frustrado, uma parada para um , uma reviravolta inesperada. Se você se pergunta o que aconteceu, leia See You Again (Walker Scobell) garanto que...