Sinto meu sangue quente entrando em contato com a Folha áspera e em meu próprio dedo me causando desconforto. Puxo minha mão fazendo o sangue que se encontrava no papel borrar. O homem moreno rosna olhando para mim me fuzilando com seus olhos negros. O homem moreno indaga:
Por que fez isso, pirralha?- Sua voz rouca carregada de brutalidade exclama enquanto agarra meu braço me puxando para perto dando para ouvir sua sua respiração pesada.
Me solta, babaca!- Exclamo puxando meu braço na tentativa de me soltar mas falhando miseravelmente. O homem loiro nos interrompe.
Deixe ela Asael, o sangue dela já entrou em contato com o contrato, ela já é nossa. - Ele exclama me deixando pasma enquanto penso no nome dito pelo homem loiro "Asael" o nome do homem grosso é esse? Provavelmente sim. O Asael solta meu braço bufando enquanto revira os olhos. Eu dou curtos passos para trás olhando meu dedo sujo com meu sangue úmido.
Seu quarto é aquele de porta de correr. Vá trocar de roupa, a pegue do chão e vá. - O homem loiro ordena com sua voz um pouco mais ríspida me olhando duro. Eu pondero por um momento pensando em retrucar mas seus olhos rígidos me controlam a obedecer sua ordem. Me abaixo pegando a roupa do chão com uma expressão de raiva e caminho com passos firmes e grosseiros batendo no chão de madeira da sala e corredor. Chegando ao quarto, entro e empurro a porta de correr a fazendo bater fortemente contra a parede estampada com um papel de parede florido belíssimo. Me jogo na cama dando um grito estrondoso, mas abafado pelos lençóis com cheiro de amaciante de flores, o que me acalma um pouco. Me levanto da cama prestando a minha atenção no quarto. Pequeno mas bem bonito e aconchegante, a cama fica colada com a janela com a moldura da parede em cima a rodeando, como se fosse parte da arquitetura, um lençol florido, paredes floridas, criado-mudo una pequena mesinha de madeira maciça bem cuidada, um pequeno espelho emoldurado na parede , um tapete antigo toma conta de boa parte do chão e uma porta de madeira. Caminho até a porta a abrindo, dando em um banheiro com uma banheira com cortina, uma pia pequena e um espelho emoldurado bem bonito com um pote de flor em uma trateleira. Verifico a água , vejo que está funcionando e decido tomar um banho para me acalmar. Ligo a torneira da banheira que começa a encher, a água quente faz vapor no banheiro. Começo a me despir tirando meu uniforme de garçonete entre suspiros longos. Entro na banheira sentindo a água quente envolver meu corpo desnudo. Relaxo na água, meus músculos se destencionam enquanto sou completamente envolvida pelo vapor. Escuto batidas na porta quebrando meu silêncio.
Quem é- pergunto olhando para a porta fechada.
Não é o Asael, pode ficar tranquila, ouvi o barulho da banheira enchendo e vim te trazer uma toalha.- A voz dele parece mais calma do que antes. Fico mais calma ao ouvir a voz do homem loiro atrás da porta.
Pode deixar pendurada na maçaneta, moço. - Indago com uma voz um pouco alta.
Pode me chamar de Aaron, princesinha, é meu nome. Bem, já vou indo. - Ele fala e eu escuto seus passos se afastando e o barulho da porta se fechando. Termino meu banho e saio da banheira, abro um pouco a porta pegando a toalha e me seco, me envolvo na toalha saindo do banheiro e pegando a roupa que me foi entregue. A visto , até que me caiu bem, não é curta e também não é longa, é boa.
Saio do quarto indo em direção à sala mas sinto uma mão áspera puxando meu ombro e me viro vendo Asael.
Onde pensa que vai?- Ele pergunta ríspido olhando para mim de cima com uma ar de superioridade.
Estava procurando o Aaron. - Indago e ele me olha e bufa cochichando algo como "sempre ele" ele me solta e sai me deixando sozinha no corredor. Eu observo a cena um pouco confusa mas não dou muita importância e volto meu caminho para a sala. Me assusto vendo um cadáver desmembrado e sinto mãos nos meus ombros novamente e ouço a voz de Asael no pé de meu ouvido que cochicha...✩✩✩✩✩☆☆☆𝒸ℴ𝓃𝓉𝒾𝓃𝓊𝒶☆☆☆☆☆☆☆☆☆
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𝓜𝔃 𝓑𝓪𝓭 𝓦𝓸𝓵𝓯
RomanceMelyna é uma jovem garçonete que trabalha forçada no bar de seu tio Cecílio. Em mais um dia cansativo de trabalho todos são surpreendidos por dois homens armados que entram no boteco fazendo todos de refém. Ao ver um dos assaltantes apontando a arma...