Alicent não se movia a horas, não tinha razão para fazer isso. sentada no chão da torre sua cabeça doía pelas lágrimas já derramadas, assim como parte do seu rosto pelos golpes recebidos do seu pai
"você deveria ser o meu orgulho, poderia ter sido rainha mas resolveu cair na lábia da pior pessoa desse reino"
"Minha vontade é de te entregar para bem longe daqui, fazê-la sumir. como pode ser tão burra?te ensinei melhor do que isso"
ela não tentou se defender dele, pois não tinha feito nada de errado. se pudesse faria de novo, escolheria daemon mil vezes se ele a escolhesse também. se perguntava onde o marido estava e o mais importante se permanencia vivo, sua mente se cansava e as esperanças iam sumindo a cada hora, mesmo que lutasse contra o sumiço delas, depois de completar um dia e meio ali começou a rezar para os deuses sem parar, qualquer um que ouvisse seu apelo de sair dali. faria qualquer coisa, a noite e o dia viraram e quando a noite novamente chegou, uma luz azul escuro iluminou o ambiente e não era provinda da lua. quando pode enxergar melhor viu que era daemon mas não acredito que de fato fosse, seu marido da última vez que lembrava não era rodeado pela luz azul
"daemon? por favor não me diga que está morto e eu fiquei louca? não quero isso"
a cópia do seu marido se agachou a sua frente, alicent ficava mais assustada "está disposta mesmo a fazer qualquer coisa para sair daqui?"
"quem é você?"
"o estranho, mas para uma sensação familiar melhor, caraxes na antiga valíria. gosto muito de observar a sua família alicent targaryen, por isso escutei ao seu chamado, só quero saber a que ponto você chega para ser feliz"
como podia estar tão cética e ao mesmo tempo agradecida de alguém ter lhe escutado? talvez por conta das dores que sentia e do cansaço, havia dormido tão pouco, aquilo poderia ser um sonho distorcido, podia estar a beira da morte e seu último desejo era ver o rosto de daemon de novo. das informações do livro dos deuses caraxes era mencionado mas não o que ele fazia, o que eram os seus poderes mas agora vendo que ele também se chamou de estranho, ela tinha uma alternativa na mente
"o que o deus da morte quer em troca de me tirar daqui?"
caraxes sorriu e ela deveria parabenizar daemon, o dragão dele fazia jus ao nome, ambos tinha um aspecto a qual passava a impressão que aquele não era um deus que você queria que chamasse a atenção, mas ela estava ficando maluca ali dentro, sem noticias, o seu pai deve ter conseguido bloquear até mesmo as visitas. era uma punição horrível.
"a alma do rei viserys, considere um pequeno sacrifício. é só dizer que sim, e estará livre"
"Você vai matá-lo? e que direito eu tenho de vender algo que não me pertence?"
"o que eu vou fazer não importa, ou como vou fazer ou o que vai acontecer, essa linha está muito interessante de acompanhar e estou irritado que ela tenha empecilhos desse modo, não sou um deus conhecido pela paciência, escolha"
"não posso, rhaenyra nunca me perdoaria" o conflito interno entre sua mente, coração e corpo era grande, queria descansar, um pesava com a escolha de querer sim aceitar aquilo, e o outro de que iria ter q viver com peso na consciência e pior, do verdadeiro ódio que a amiga iria nutrir se descobrisse
"E se eu garantir que ela não vai?"
"como?"
"assim que sair por aquela porta, não vai se lembrar de mim, nem do acordo, para você é como se ele não existisse"
alicent se levantou com dificuldade, eles a mantinham com pouca comida também. caraxes teve que ajudá-la a se manter firme, o toque dele era estranho, o mesmo de daemon mas não era ele "você disse minha família, os targaryen. não os hightower"
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Eu vou ter você de volta
Hayran KurguEnglish version: https://archiveofourown.org/works/56774179/chapters/144337783 Rhaenyra ganhou a guerra de uma vez por todas, e quase todos os verdes estão mortos menos alicent e a sua neta. Cansada e arrependida, a rainha verde chama daemon para u...