"𝙋𝙚𝙣𝙨𝙚𝙞 𝙦𝙪𝙚 𝙢𝙞𝙣𝙝𝙖 𝙞𝙙𝙖𝙙𝙚 𝙛𝙤𝙨𝙨𝙚 𝙪𝙢 𝙥𝙧𝙤𝙗𝙡𝙚𝙢𝙖 𝙥𝙧𝙖 𝙫𝙤𝙘𝙚"
Em meio a tanto ódio, existia um sentimento. Um sentimento profundo e intenso, que aumentava cada dia mais. Mesmo que ambos tentassem reprimir isso, nada pa...
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SAYURI HAVIA tentado dormir, mas não estava conseguindo de jeito nenhum. Com cuidado, a albina se levantou vagarosamente para que não fizesse nenhum barulho. Seu ferimento não estava mais doendo, e a garota estava conseguindo andar com um pouco de dificuldade mas estava conseguindo. Então Sayuri para na varanda, se sentando no chão com as pernas cruzadas.
── O que está fazendo aqui pirralha? ── Sayuri escuta a voz de Sanemi atrás de si, e então o encara. O semblante dele era tranquilo, muito diferente do normal.
── Não consigo dormir. ── Sayuri diz.
── Ficar aqui olhando pro nada não vai fazer o seu tédio passar. ── Sanemi se senta ao lado de Sayuri, apoiando o braço em um dos joelhos.
── Me perturbar também não vai fazer o seu tédio passar. ── Sayuri responde, e ouve Sanemi dar uma risada arrastada.
── Você é abusada mesmo, pirralha. ── Sanemi diz. ── Os demônios que você matou, eram normais?
── Eram kizukis, dois dos 12. ── Sayuri responde. ── Agora posso me tornar uma de vocês.
── Sabe que pra ocupar o meu lugar você teria que nascer de novo né? ── Sanemi a encara debochado, e recebe um olhar debochado de Sayuri também.
── Você não é grandes coisas Shinazugawa.── Sayuri diz. ── Te proponho um duelo, claro quando a minha perna melhorar.
── Duelo aceito, pirralha. ── Sanemi indaga. Era a primeira conversa que ambos tiveram sem ser algum tipo de briga. Talvez pudessem se dar bem, só haviam começado da forma errada.
── Espero que eu não tenha que te ver chorar por ter perdido. ── Sayuri fala e sorri quando vê uma véia saltar da testa de Sanemi.
── Você é arrogante, garota. ── Shinazugawa suspira. ── Depois que sou o insuportável.
── Calma lá, foi culpa sua a gente ter começado pelo pé esquerdo. ── Sayuri ri baixo, e recebe um olhar crítico de Sanemi. ── Tá, foi mal.
Sanemi continuou com o semblante tranquilo, encarando o laguinho que tinha no quintal da mansão, por ali era tudo bem cuidado, e isso deixava Sanemi satisfeito.
Em alguns segundos, Shinazugawa levanta e entra para casa sem dizer nada, deixando Sayuri um pouco confusa, mas a albina não esquentou a cabeça com isso. O que ele estava fazendo? Aquela garota era uma peste. Ela não respeitava e não abaixava a cabeça para Sanemi, ela era a única dos caçadores que não fazia isso, até mesmo Genya tinha apreensão dele.
Sanemi olha para trás vendo a garota ainda sentada ali serenamente, como se não tivesse preocupações, e então volta para o seu quarto.
[...]
Pela manhã, Sayuri havia procurado em toda a casa, mas não encontrou o Shinazugawa mais velho, apenas juntou suas coisas e foi para casa sem ter a chance de agradecer Sanemi pela ajuda.