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13 de janeiro de 2024 📍rio de janeiro casamento de allan e elaine
Depois daquele dia tanta coisa aconteceu, passou um mês e chico começou a namorar com a luisa sonza e aconteceu tudo aquilo, não vou mentir dizendo que não mexeu comigo, porque mexeu. nesses meses nos encontramos algumas vezes em festas mas não tive coragem de conversar com ele, o sentimento continua aqui mas tento ao máximo ignora-lo. No tempo que ficamos juntos acabei conhecendo os amigos dele e mesmo depois continuei próxima de elaine, luiza e anna beatriz sempre saimos juntas elas me dão muitos conselhos.
hoje é o casamento de elaine e allan eu vou e sei que ele vai, é a primeira vez que vamos estar no mesmo ambiente depois de tudo. pesei muito se deveria ir por conta disso mas não de presenciar esse momento tão importante pra minha amiga.
chego no lugar do casamento e já avisto beltrão, luiza, pig, maciel, casimiro, anna beatriz e chico. ele está lindo com um termo azul escuro e uma camisa social branca desabotoada na gola, cabelo recém cortado e bigode aparado.
– BABY! – gritou pig fazendo todos me olharem, eles me chamam assim porque um dia estavamos na casa de cazé e chico bebado ficou me chamando de baby e começaram a nos zoar com isso.
troco um olhar rápido com chico. até luiza chamar minha atenção.
– amiga, não acredito que você veio! – disse luiza me abraçando. vou comprimentando todo mundo até chegar nele.
– oi. – falo no meio de um abraço sem jeito. é tão estranho sentir o toque dele de novo. ele responde um 'oi' num sussurro no meu ouvido.
conversamos todos até anunciarem que a cerimônia iria começar.
•••
a cerimonia foi linda e emocionante, senti o tempo todo o olhar de chico queimando minha nuca. agora estou em uma mesa com todo mundo resenhando.
– como assim vocês não conhecem o lubigarru? – perguntou maciel incrédulo. – ô chico vem aqui. – chamou o moreno que passava pela mesa, e se sentou logo na cadeira vazia ao meu lado.
– cara, por favor diz que você conhece o lubigarru! geral de Niterói sabe.
– pô cara, lá em casa não teve isso não. – respondeu chico se ajeitando na cadeira.
– impossível. – falou maciel em meio aos risos de todo mundo.
– amor, tô com medo de dormir, o lubigarru está a solta. – falou beltrão arrancando risada de todos.
em meio a conversa sinto o olhar de chico na minha perna descoberta pela fenda do vestido, encaro ele que me encara de volta e umedece o lábio com língua ignoro ele voltando a prestar atenção na conversa do grupo. aos poucos todos vão se levantando até sobrar só eu e ele.
– pode parar de olhar pra minha perna, por favor. – falo dando um gole no meu drink.
– o que é bonito tem que ser visto. – fala com a voz arrastada.
– mas não por qualquer um. – pisco pra ele e levanto, não confio em mim pra ficar muito tempo sozinha com ele, e vou até o banheiro onde encontro luiza.
– amiga, a tensão entre vocês tava palpável. – riu me olhando através do espelho.
– vocês me largaram lá, tive que sair quase correndo pra não fazer merda. – pego meu batom na bolsa para retocar.
– descupinha.
saímos juntas indo até a pista de dança, me acabo de dançar que perco a noção do tempo. pego meu celular e vou saindo para a área externa.
– me perseguindo, giulia maria? – me assusto com a voz de chico pouco a minha frente.
– que susto, garoto.
olho pra ele e nossa.
NOSSA
esse cigarrinho acaba comigo.
– tô com saudades de você. – disse se aproximando.
próximo demais.
– não parece.
– ciúme, giu?
– me poupe, francisco.
– adoro quando você me chama de francisco. – chega mais perto, colocando meu cabelo atrás da orelha. – é sério quando falo que tô com saudade de ti.
não aguento e beijo ele.
e meu Deus.
tem saudade, misturada com o cigarro dele e o morango do meu drink.
– acho que já to bêbada. – falo me separando dele.
ele apenas junta nossos lábios de novo.
e de novo.
e de novo.
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