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04 de fevereiro de 2024 📍 Rio de Janeiro, lapa "vou pra qualquer lugar por você."
Meio que agi sem pensar no casamento e voltei a estaca zero onde não consigo parar de pensar em francisco. mas hoje é sábado e sabadinho pede lapa, e hoje o intuito é ficar muito bêbada. me encontro com um copo de cerveja em uma mão e um copo de caipirinha na outra indo ao encontro da minha melhor amiga, Sara.
– vai devagar, giu. eu não vou cuidar de você.
– tô de boa. – falo lhe oferecendo caipirinha. – preciso encontrar polock, ele vai me pagar uma cerveja.
saímos pela rua procurando pelo bar que meu amigo disse que estaria. assim que chegamos já avistamos um bolo de gente que deduzimos estarem atrás do fenômeno chico moedas.
– porra, difícil demais chegar nas celebridades. – falo me desvincilhando de uma mulher e me aproximando dos meus amigos. – cadê a cerveja?
– boa noite pra você também giulia. – disse pig.
– ótima noite pigzada.
– apresenta sua amiguinha pra gente giu. – falou donatello, com quem eu tenho menos intimidade do grupo.
– ah, essa é a Sara, minha bff. – eles cumprimentaram ela.
– esse aqui eu já conheço. – falou apontando pra chico. – você acabou com a reputação da minha cidade, cara.
– po, que isso. – respondeu rindo.
continuamos conversando e bebendo que até perdi a noção do tempo, sara já foi embora com um carinha que conheceu aqui. agora só sobrou chico, donatello e eu.
– vou pedir meu uber, valeu pela companhia galera. – falo tentando achar meu celular na bolsa.
– você vai de uber sozinha nessa situação? – falou chico com um tom de indignação em sua voz dando um passo na minha direção.
– vou ué. to bem.
– não vai não, deixa que eu te levo. – pegou meu celular na minha mão colocando no seu bolso, realmente eu tô bêbada e é perigoso pra pegar uber sozinha, não vou dispensar a carona mesmo que seja com chico. – vai ficar mais, irmão? – virou-se para seu amigo que fez sinal de sim com a cabeça. – falou então.
aceno para ramon e chico pega na minha cintura me guiando até o carro. o silencio no carro era ensurdecedor, chico estava focado no transito mas senti alguns olhares em mim e eu estava fingindo prestar atenção em qualquer coisa pela janela.
– quer comer alguma coisa? – perguntou tirando a atenção do semáforo a nossa frente.
– pode ser. – ele concordou com a cabeça voltando sua atenção ao trânsito.
ele estacionou em um McDonald's, saimos do carro fizemos nossos pedidos e sentamos em uma mesa. o local estava vazio, por conta do horário, então foi bem rápido.
– isso é estranho pra caralho.
– como assim? – o encaro curiosa.
– é a primeira vez que ficamos tanto tempo sozinhos. – fez uma pausa umedecendo o lábio, uma de suas manias.– depois de tudo.
– é? nem percebi. – falo divertida fazendo ele rir. chamaram nossos pedidos e comemos em silêncio que dessa vez não foi constrangedor...
– seu celular. – disse assim que estacionou na frente do meu prédio me entregando o aparelho. – se cuida, qualquer coisa me liga.
– até porque você vai sair de Niterói pra vir na Tijuca por causa de qualquer coisa que eu precisar.
– vou pra qualquer lugar por você.
– é.... tchau. – falo sem jeito destravando a porta e entrando no meu prédio.
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