Proudhon

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Jungkook sentou-se na beira da cama, o colchão afundando levemente sob seu peso. Swann havia guiado até o quarto que Mestre Yoongi, seja quem fosse, preparara a mando de Taehyung. Estava na torre isolada que pertencia ao próprio Lorde que o atacara. Era uma informação agridoce; estar em um lugar alto dificultava qualquer tentativa de fuga, mas enfrentar um inimigo conhecido parecia mais seguro do que lidar com desconhecidos.

Além disso, pelo que ouvira de Swann, uma reunião fora convocada para decidir se ele poderia permanecer no castelo. Segundo boatos nos corredores, Taehyung fora extremamente rígido em seu debate contra o próprio clã sobre a permanência de Jungkook, o que lhe proporcionava um alívio momentâneo, mas não eliminava sua desconfiança.

O quarto era vasto e opulento, com várias salas conectadas, cada uma mais luxuosa do que a anterior. Parecia mais vivo do que o anterior, com uma decoração rica e detalhada, como se tivesse sido montado recentemente. Quando entrou, viu as empregadas ainda colocando livros e objetos nas prateleiras, arrumando roupas nos cabideiros e gavetas. As cortinas pesadas e ricamente bordadas davam ao ambiente um ar de realeza. Tudo isso contribuía para um ambiente mais acolhedor, mas Jungkook não conseguia relaxar.

Ele estava ali há algumas horas, tentando compreender sua nova realidade, quando a porta se abriu e um menino baixo entrou. As empregadas se curvaram ligeiramente para ele, mas sem o medo evidente que exibiam quando falavam dos Lordes. O menino o olhou com uma expressão de desdém e repulsa.

— Por que você ainda não tomou banho? — perguntou o garoto, franzindo o nariz. — Você está fedendo.

Jungkook piscou, surpreso e constrangido. Olhou para si mesmo e percebeu que ainda estava com as roupas de sua caçada na floresta, sujo de terra, sangue, suor, fuligem... uma combinação que certamente não ajudava em sua situação. Sentiu o rosto queimar de vergonha e frustração.

O garoto virou-se para as empregadas com uma ordem implícita em seu olhar, e elas rapidamente começaram a se mover, buscando peças de roupas limpas, toalhas e outros itens. Dirigiram-se a uma das portas do amplo quarto, uma delas ficando educadamente parada na porta aberta, aguardando Jungkook.

— Vá, tome um banho — disse o garoto, balançando a cabeça com desaprovação. — E não demore. Você ganhou um lugar nas torres, deveria no mínimo estar limpo e apresentável.

Jungkook levantou-se lentamente, sentindo-se humilhado e irritado. Ele não sabia quem era aquele garoto, mas a sua atitude arrogante era difícil de engolir. Seguiu a empregada até um luxuoso banheiro, onde uma enorme banheira já estava cheia de água quente, vapores perfumados subindo da superfície.

As empregadas começaram a desabotoar suas roupas sujas, mas ele afastou suas mãos.

— Eu posso fazer isso sozinho — murmurou, tentando recuperar um pouco de sua dignidade.

Elas hesitaram por um momento, mas então assentiram e saíram do banheiro, fechando a porta atrás delas. Jungkook suspirou, tirando suas roupas e entrando na banheira. A água quente parecia lavar não apenas a sujeira de seu corpo, mas também um pouco do peso que carregava em seus ombros.

Jungkook estava imerso na banheira, sentindo a água quente e os vapores perfumados aliviarem a tensão de seu corpo. Era a primeira vez que tomava um banho tão luxuoso. Nas prateleiras talhadas na pedra ao lado da parede, ele notou uma variedade de frascos e vidros contendo óleos e outras substâncias que ele não reconhecia. Ele estava começando a relaxar, permitindo que a água levasse consigo a sujeira e o cansaço.

Uma batida na porta o fez suspirar de resignação. Antes que pudesse dizer algo, o garoto baixinho entrou, um frasco de vidro na mão. O menino mal olhou para Jungkook, como se ele fosse insignificante.

ENCANTOS PROIBIDOS - taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora