Eu não amo o meu marido! | Choi Yeonjun

Capítulo 9 - 𝐻𝑎𝑙𝑙𝑜𝑤𝑒𝑒𝑛

𝐄𝐔 𝐄𝐒𝐓𝐀𝐕𝐀 𝐂𝐀𝐒𝐀𝐃𝐀 𝐂𝐎𝐌 𝐄𝐋𝐄 há duas semanas. Quinze dias, só isso. E não aguentava mais. Esses quinze dias estavam sendo insuportáveis, e eram só uma prévia dos próximos meses! 

Yeonjun era muito chato, queria tudo do jeito dele e só sabia reclamar. Depois da primeira semana, desisti de fazer comida para ele e disse para ele ou fazer ou pedir o que ele quisesse. Mas enfim, em resumo dos últimos dias: eu odeio ele. Realmente odeio. 

Desde que nos casamos, fizemos inúmeras entrevistas, falando sobre o quanto nos amávamos e o sobre nosso namoro as escondidas que durou 1 ano e meio. Eu não sabia que era tão boa assim em mentir, chegou um momento que até eu acreditaria no estava falando se me ouvisse falando tudo aquilo. Nós realmente éramos convincentes, e isso me preocupava. 

Só de pensar no Jisung vendo essas entrevistas me apertava o peito. É lógico que ele sabe que é tudo mentira, mas deve doer ver a pessoa que você ama falando ao público que ama outra pessoa, com tanta naturalidade. 

Estava saindo do trabalho, então resolvi ligar para ele. Coloquei o celular no suporte que ficava no painel do carro e esperei ele atender. 

— Oi, amor! 

— Oi, Jiji. — sorri boba, para mim mesma — Tava com saudade... 

— Eu também. — ele deu uma risadinha nasal — Tá fazendo o que? 

— Tô dirigindo, indo pra casa, infelizmente. — suspirei — E você? 

— Acabei de sair do banho, tô me trocando. Escolhe pra mim: o pijama azul de bolinha ou o verde de listra?

— O verde de listra, porque fui eu que te dei ele. 

— Tá bom. Vou colocar ele. 

— Jisung... Você viu as entrevistas? — perguntei receosa, apertando o volante — 

— Entrevistas? — ele pareceu confuso, e parou para pensar — Ah, as entrevistas... Sim, eu vi. — o tom de voz dele mudou na mesma hora, ficou mais grave — 

— Foi horrível ter que dizer tudo aquilo. Eu... fui obrigada. Você sabe, né? — olhei para o celular, ainda apertando o volante —

— Claro que eu sei, vida. Fica tranquila, eu sei você tá fazendo isso não porque quer, mas por necessidade. Não se preocupa. 

— Muito obrigada por entender. — suspirei em alívio, sorrindo — 

Nós ficamos conversando e conversando. Quando cheguei em casa, peguei meus fones de ouvido e os conectei ao celular, o deixano no bolso. Fiquei conversando com ele enquanto esperava ou Yeonjun chegar com Soobin e Taehyun, ou Soo-uh chegar. Tínhamos chamado os três para jantar em casa, eu tinha dado essa ideia para não passar mais uma noite sozinha com Yeonjun, e usei a desculpa deles conhecerem nossa casa. 

Demorou pelo menos uma hora até eu ouvir a moto de Soo-uh parando em frente de casa e ela tocando a campainha, então me despedi de Jisung e fui atendê-la. No caminho até a porta da frente, pude ouvir o carro de Yeonjun parando na garagem. Abri a porta e abracei Soo-uh, e logo os três apareceram atrás dela. 

— Oi, gente! — sorri, para Taehyun e Soobin — Vamos, entrem. — me soltei de Soo-uh e dei espaço para eles entrarem — 

— Meu Deus, aqui é enorme... — Soo-uh disse fascinada, olhando a casa inteira —

— Pois é. — falei, enquanto pegava os casacos de Soobin e Taehyun para colocá-los no cabide perto da porta — Eu ainda acho um exagero, por mais que agora até goste dessa casa.