Ilha-Terminal

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Luiza ainda tinha lágrimas nos olhos e continuava sentada no chão, quando a porta do quarto foi aberta

Luiza se levanta imediatamente e não acredita quando vê a pessoa, quem era

L: Você!!! Como você pode fazer isso comigo e gritou indo sua direção

Luiza ficou fora de si e foi segura pela pessoa fortemente, ela conseguiu se desvencilhar e se afastar novamente.

L: Hugo, porque você fez isso? E as lágrimas retornavam com mais força.

Hugo: Porque eu te amo Luiza

L: Não, você não me ama, isso não é amor

Hugo: Você vai ter muito tempo para me amar, Luiza, eu trouxe roupas limpas

E coloca uma mala perto da cama

L: Eu não quero ficar na sua companhia, sai daqui Hugo agora fala com raiva

Hugo: Você pode sair daqui quando quiser Luiza, você não está presa

Luiza sai correndo da casa que era pequena e dá  de cara com o mar, ela olha em volta, ela está em uma ilha

Luiza sentiu o vento frio bater na sua pele enquanto olhava para o horizonte. A ilha particular na costa da Europa parecia um paraíso à primeira vista, mas para ela, era agora uma prisão. Hugo, seu amigo de infância, havia trazido ela até ali, mas agora ele a mantinha cativa, impedindo-a de voltar para  sua família.

Valentina, seu amor, estava a milhares de quilômetros de distância, o amor delas era inabalável,  Luiza não podia suportar a ideia de ficar separada de Valentina por mais tempo.

A ilha era cercada por penhascos íngremes e águas revoltas. Luiza tentou nadar até o continente, mas as correntes a empurraram de volta. Hugo a observava, impassível, como se soubesse que ela estava condenada a permanecer ali.

Os dias se arrastavam. Luiza começou explorar a ilha em busca de uma saída, mas cada trilha a levava a um lugar sem saída. Ela encontrou uma velha cabana do outro  lado da ilha, com uma mesa  empoderada e  algumas fotografias antigas  amareladas sobre ela. Uma delas mostrava Hugo quando criança, sorrindo ao lado de um homem mais velho. Quem seria aquele homem?

À noite, Luiza tentava dormir  para sonhar com Valentina. Ela sentia o calor do corpo da esposa, o toque suave de seus lábios nos seus. Mas ao acordar, a realidade a atingia como uma onda gelada. Ela estava sozinha, presa ainda naquela ilha

Certa tarde, enquanto explorava  o que parecia ser uma pequena caverna, Luiza encontrou um diário antigo. As páginas estavam amareladas e desgastadas pelo tempo, as letras estavam quase sumindo. O autor escrevia sobre um amor proibido, uma paixão que o havia levado àquela ilha. Luiza sentiu um arrepio na espinha.

Ela  procurou Hugo  para confrontar e o achou sentado na praia

Luiza sentou ao seu lado  não muito próxima  dele e perguntou

L: Por que você me trouxe aqui? Afinal, eu nunca te dei nenhuma esperança

L: Por que me mantém prisioneira?

Hugo olhou para o mar.

Hugo: Porque eu te amo
disse ele.

L: Você tem que me levar de volta , você não pode me manter  aqui

Hugo: Mas não posso te deixar ir. Esta ilha é um refúgio para os corações partidos, um lugar onde o tempo se move devagar. Eu não quero perder você.

L: Você não está pensando nas consequências dos seus atos

Luiza sentiu raiva e compaixão ao mesmo tempo. Ela não podia perdoar Hugo por mantê-la afastada de Valentina, depois ela ficou em silêncio com seus pensamentos, se levou e se retirou
Hugo estava preso em sua própria prisão emocional.

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