Memórias à Deriva

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Luiza  despertou em um quarto de hospital, com os olhos piscando contra a luz branca. Sua mente era um emaranhado de confusão, ela se sentiu presa, ela olha lentamente a sua volta e se depara com diversos aparelhos ligados e ela lutava para lembrar quem era e como havia chegado ali. A última coisa que recordava era ... Era ... Um branco
Ela sentiu sua cabeça doer e lentamente tentou levantar a mão em direção a sua cabeça para tocar, mas parecia que não tinha força suficiente e desiste automaticamente

Até que um barulho de porta se abrindo com o canto dos olhos, ela viu uma pessoa de branco, ela tenta falar mas...

A enfermeira entra no quarto,e se assusta ao ver Luiza acordada, devido ela ter chegado desacordada no hospital, então os médicos  não sabiam o nível em que poderia chegar o seu coma e optaram por um coma induzido na esperança que o corpo de Luiza reagisse e acordasse  conforme a medicação ia sendo  diminuída.

Ela imediatamente corre para  verificar o estado geral de Luiza e já aperta o botão de emergência chamando o médico.

Luiza piscou novamente, tentando formular uma pergunta.

L: Onde estou? Quem é  você  Disse  com uma enorme dificuldade

Enfermeira se assusta quando Luiza não fala espanhol com ela, a enfermeira tenta acalmar a paciente e explicar ao seu modo  que iria chamar o médico  responsável,  já que ela notou que Luiza era paciente estrangeira

Enfermeira: llamaré a tu médico.
(Vou buscar seu médico. )

Enfermeira: cálmate cariño, cálmate
(Calma querida, fique tranquila)

A enfermeira  pediu calma a Luiza, tentou explicar em espanhol que Luiza havia sido resgatada  de um barco em alto mar por um barco de pescadores. Ela estava  na cidade de Oviedo na Astúrias

Luiza tentava entender o que a enfermeira falava rápido, e não entendia nada do que, ela falava

Luiza apenas observou a enfermeira sair e com seus olhos perdidos, com um vazio como ela estava naquele lugar, que não era seu, ela sentiu isso

Ela tinha que falar com alguém, só  não sabia quem poderia ser, ela não se lembrava do rosto de ninguém até agora

Doutor Alejandro entra no quarto
Pega a prancheta com os dados de Luiza e verifica as últimas anotações.

Dr.Alejandro: Bom dia, que bom  que você acordou, está se sentindo bem, alguma dor de cabeça? Fala em espanhol

Luiza não sabia como responder, será que ela sabia falar espanhol e ela ficava olhando o médico sem dizer nada.

Dr.Alejandro: Você consegue me entender o que eu falo, disse lentamente. Qual é o seu nome?

Luiza só  entende "nombre" e tenta
falar em português

L:   Meu nome... meu nome é....eu não me lembro eu não sei..., balbuciando com dificuldade

Dr.Alejandro: Você é do Brasil

Luiza  não respondeu,  sua memória parecia em um caderno em branco que precisava ser escrito

Doutor Alejandro anota na prancheta  que ela não  lembra o seu nome, mas com certeza ela  é brasileira, ele sai  do quarto e volta na companhia de uma médica

Dr. Alejandro: Está é Doutora Eva, ela é filha de mãe brasileira,  fala português,  vai ser sua médica de agora em diante

Doutora Eva traduz tudo o que o doutor Alejandro disse para a paciente

Luiza apenas olha para a médica, mas não fala nada

Dra Eva: Oi, não fique assustada, minha  querida, nós vamos tentar encontrar a sua família no Brasil  ou aqui na Espanha  o mais rápido possível, mas primeiro como você está  se sentindo?

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