TODA NOSSA! || EM ANDAMENTO.

UM

Perséfone Blake

Quando a babá eletrónica toca ao lado da minha cama levanto-me bocejando, esfrego os meus olhos e coloco as minhas pantufas, não coloco o meu roupão por cima do meu pijama já que a casa está quentinha por conta do aquecedor.

Não demoro muito para estar no quarto do bebê mais lindo e simpático que já cuidei em toda a minha carreira como babá, assim que entro no quartinho de Dylan vejo o pequeno no berço aos prantos com o rosto vermelho de tanto chorar.

Os seus olhos de cores diferentes, estão cheios de água e o seu azul está longe da sua boca, Dylan abri e fecha as mãos na minha direção com se me chama-se em silêncio.

─Meu amor, calma a Pen tá aqui.─ Levo a sua chupeta, a sua boca e pego ele rapidamente no colo e levo ele ao meu peito, aliso as suas costas enquanto Dylan se acalma pouco a pouco.

Devagar ligo o aquecedor de mamadeiras do pequeno e pego uma mamadeira pronta, tem três mamadeira prontas com fórmula para facilitar fica na cómoda dele, pois ajuda muito os seus pais e a mim nas madrugadas como essas…

Observo o Dylan.

Ele ainda resmunga um pouco enquanto toma seu tetê, essa é a terceira vez na madrugada que ele acorda querendo colo ou leite.

─O que está acontecendo com o meu neném?─Pergunto ao bebê sabendo que ele não iria-me responder.

O Dylan tem apenas três meses, fui contratado como babá dele por sua Avó Diana Xavier quando o mesmo tinha apenas dias de vida. Dona Diana é uma mulher muito profissional e me fez muitas perguntas, pensei que não iria ser contratada, mas eu fui!

Sempre trabalhei cuidando de crianças e bebês  desda minha adolescência, pois precisava de dinheiro para ajudar a minha Mãe em casa às vezes e principalmente por ser algo que amava e ainda amo. Amo crianças, o meu maior sonho é ser Mãe um dia para por fim cuidar do meu filho ou filha, mas até isso acontecer iriei cuidar de bebês fofos como o meu pequeno Dylan Cavill James.

Tenho apenas vinte dois anos, não tenho irmãos por que minha Mãe só se casou novamente depois de muitos anos após  morte de Papai e ela já tem uma idade avançada para ter outra gravidez. Meu Pai morreu quando tinha apenas quinze anos, ele era polícia em Nova Orlears, cidade na  Luisiana. Ele só estava no lugar errado, na hora certa para salvar uma moça de uma salto, mas não para se salvar de um tiro... A vida sem ele foi bem difícil, mas não falo isso pelo dinheiro e sim pelo vazio que sentia sempre por não tê-lo comigo e a Mamãe.

Mamãe trabalhou muito depois que o meu Pai se foi já que o seguro de vida não dava para pagar o plano de saúde e outras duas dispensas mensais, eu ajudava ela mesmo contra a sua vontade, quando nos mudamos para cá a minha Mãe conheceu o meu padrasto com uma ótima condição de vida e cuida dela como uma rainha que ela é, amo Tomás e ele me trata como uma filha que nunca teve.