CINCO

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Perséfone Blake

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Perséfone Blake

A água quente caía sobre os meus ombros, criando uma cortina de vapor ao meu redor. O som constante do chuveiro era quase hipnotizante, mas a minha mente estava longe de estar relaxada. Estava perdida em meus pensamentos, ponderando sobre a proposta que Damien e Damon me fizeram.

"Prós", pensou, fechando os olhos e deixando a água escorrer pelo rosto. "Eles são boas pessoas e seriam pais incríveis, assim como já são pro Dylan para o meu bebê. Eles confiam em mim para algo tão importante, e isso é uma honra."

Abriu os olhos e pegou o sabonete, esfregando-o lentamente nas minhas mãos antes de espalhá-lo pelo meu corpo. "Mas os contras..." Eu suspirei, sentindo a água quente aliviar a tensão em meus músculos. "As mudanças no meu corpo, as possíveis complicações de saúde. E depois, entregar o bebê. Como vou lidar com o vínculo emocional que certamente vou criar?"

Inclinei a cabeça para trás, deixando a água lavar o sabonete da minha pele. "E minha vida pessoal? Como isso vai afetar meu trabalho, minhas relações com outras pessoas? E se algo der errado? E se eu me arrepender?"

Encosto-me na parede do chuveiro, sentindo o azulejo frio contra as minhas costas. "Eu realmente gosto de Damien e Damon. Eles merecem essa chance de serem pais novamente. Mas isso é muito grande. Muito maior do que qualquer coisa que já fiz."

Ficou ali por mais alguns minutos, a água quente ajuda a clarear minha mente, embora as dúvidas ainda persistissem. "Talvez eu deva falar mais com eles. Entender melhor o que eles esperam e como podemos lidar com isso juntos. E talvez, só talvez, eu encontre uma resposta que faça sentido para mim." ou deve falar com alguém que me daria conselhos sobre a situação sem tomar um lado...

Com um último suspiro profundo, desligo o chuveiro e saiu, envolvendo-me em uma toalha macia. Ainda havia muito para pensar, mas pelo menos eu sentia que estava um passo mais perto de encontrar a resposta certa para mim mesma.

Estava em meu quarto, pois Dylan não acordou uma vez se quer desde que chegamos do hospital,  olhando pela janela para o movimentada cidade abaixo.

Meus pensamentos estavam a mil, e meu coração batia acelerado. Pegou o telefone e discou o número da minha Mãe, Atena, com as mãos um pouco trêmulas.

Ela saberia me aconselhar ou brigar comigo, se achasse isso uma completa loucura da minha parte. A ligação chamou por minutos até ela finalmente atender.

─Oi, mãe?─ Disse, tentando manter a voz firme.

Nunca me imaginei nesta situação...

─Oi, querida! Tudo bem?  ─ Respondeu Atena, com a voz sempre acolhedora e cheia de sabedoria. Eu amo minha Mãe mais que tudo!

Respirei fundo antes de continuar.

─Mãe, eu preciso te contar uma coisa importante. Você sabe que eu trabalho para Damien e Damon, certo?

Devo começar do começo, se não minha Mãe não vai entender nada no final desta ligação.

─Sim, claro. Você sempre fala deles. Eles são bons chefes, não são?

São tão bons que chega paracer piada, me tratam tão bem! As vezes me pego pensando se um dia vou ter um namorado ou marido que me trate tão bem quanto meus chefes que me conhecem só a três meses. Em pouco tempo me trataram melhor que meus chefes de toda uma carreira como babá.

─São sim, mãe. Mas hoje eles me fizeram uma proposta que me deixou bastante surpresa. Eles... eles querem que eu seja a barriga de aluguel para o filho deles.─Digo de uma vez nervosa.

Houve um breve silêncio do outro lado da linha, e quase surtei por isso antes de Atena, minha Mãe me responder.

─Perséfone, isso é uma decisão enorme. Como você se sente em relação a isso?

Tirando minha melhor amiga de infância, minha Mãe é a única pessoa que me entendi e quando não, ela se esforça para ver o meu lado, me ajudar a me conhecer cada vez mais. Esse é o lado bom de ter uma Mãe que aplicou uma educação respeitosa na minha infância e adolescência.

─Eu estou confusa, mãe. Por um lado, eu admiro muito Damien e Damon, e sei que eles seriam pais maravilhosos. Mas, por outro lado, isso é algo muito grande para assumir. Não sei se estou pronta.

─Eu entendo, querida. É natural se sentir assim. O que o seu coração diz?

Eu sempre sonhei ser Mãe e ter uma família grande, antes dos vinte cinco anos de idade, ter um marido que amaria muito para me ajudar em tudo! Mas no auge dos meus vinte doís anos ainda sou virgem... Como que quero ter uma uma família se nem a virgindade fui capaz de perder ainda?!

Suspirei alto.

─Meu coração está dividido. Eu quero ajudar, mas também tenho medo das consequências emocionais e físicas.

─É importante considerar todos os aspectos, Perséfone. E lembre-se, você não precisa tomar uma decisão agora. Pense bem, converse mais com eles, e se precisar de mais conselhos, estou aqui para você.

Era isso que eu precisava ouvir, sua voz calma. Me ajudando a arrumar uma solução para está situação, igualmente quando tinha cinco anos e ela gritava junto com Papai para mim não parar de pedalar.

─Obrigada, mãe. Eu precisava ouvir isso. Vou pensar com calma e conversar mais com Damien e Damon.

─Faça isso, querida. E lembre-se, qualquer que seja sua decisão, eu estarei aqui para te apoiar.

─Obrigada, mãe. Eu te amo. Mande um beijo pro Tom.

─Eu também te amo, amor. Fique bem. Vou mandar seu beijo para o Tom.

Desligo o telefone, sentindo-me um pouco mais tranquila. Sabia que tinha o apoio da minha  Mãe e que, no final das contas, a decisão seria mim. Olho mais uma vez para a cidade lá fora, agora com um pouco mais de clareza no coração. Mas antes de dar minha respostas a Damon e Damien, preciso falar com a Nay.

 Mas antes de dar minha respostas a Damon e Damien, preciso falar com a Nay

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O próximo vai pegar fogo...

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