Prólogo

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— Endrick, me erra, vai! — Disse sem paciência para ele que me enchia de recomendações antes de descermos do carro.

— Eu tô falando sério contigo, não quero ver você pegando ninguém hoje. — Ele bateu a porta do carro e caminhou em minha direção — Na verdade, eu não quero nem SONHAR que você triscou em alguém hoje.

O olhei de cima abaixo e arqueei um sobrancelha, seu rosto mantinha uma expressão séria e seus braços cruzados na altura do peito o deixava com um ar de homem adulto, mas com aquele meio metro de tamanho e com a máscara do batman, quem iria levar à serio? Gargalhei.

— Relaxa, prometo me comportar. — Disse em um tom brincalhão, mas ele conhecia a melhor amiga dele como ninguém. Passei meus braços ao redor de seu pescoço e caminhamos juntos até a entrada da casa.

Do lado de fora já era possível escutar o barulho de som alto, carros de luxos espalhados tomavam conta de todo jardim, batia o cano do salto repetidamente em sinal de impaciência enquanto esperávamos os seguranças checarem nossos convites, eu precisava de muita bebida e dança.

A festa era de máscaras, não sei da onde a Thami e o Vanderlan tiraram essa ideia genial assim eu poderia ser feliz sem o Endrick enchendo meu saco.

Deixei que Endrick seguisse seu caminho sozinho ao encontro de seus amigos jogadores, procurei por todo canto uma mulher de cabelos cacheados loiros e quando vi uma aglomeração de homens e uma da mesma característica virar um copo de whisky enquanto aplaudiam meu sorriso se abriu ao saber que a minha parceira já estava ativa.

— VACA! — Gritei ao chegar perto dela e ela me lançou um sorriso seguido de um abraço apertado.

— Ave-maria, que demora! Já estava indo pra casa. — Ela empurrou meu ombro levemente e se virou para o garçom. — Desce uma dose pra essa pretinha gostosa! — Lançou um beijo para o garçom e eu balancei a cabeça rindo. Louca! A Milena não mudava nunca.

(...)

Já estava na minha décima rodada de tequila, havíamos parado no meio da pista de dança. Milena dançava com um cara barbudo, enquanto a minha mente só pensava em viver a noite.
Começou a tocar musa do verão da Luiza Sonza, simplesmente a minha música favorita de todos os tempos.

Minha cintura se movia de acordo a batida da música, senti mãos deslizarem pela lateral de meu corpo até repousar ali mesmo e me puxar mais pra perto. Eu estava de costas para quem quer que fosse ali, abaixei meu olhar para tentar identificar mas a luz estava tão escura que eu só conseguia ver umas pulseiras douradas e tatuagens espalhadas por todo braço do homem. Uma de suas mãos subiram me deixando completamente arrepiada e repousaram na minha mandíbula, onde virou meu rosto para o lado e se aproximou de meu ouvido.

— Esperé toda lá noche para bailar contigo. — A voz aveludada do anjo sussurrou em meu ouvido. Mordi meus lábios e fechei os olhos quando seu hálito bateu em minha pele me causando arrepios e frio na barriga.

Ainda de costas para ele e dançando suavemente conforme a música, coloquei meu cabelo para o lado deixando meu pescoço livre como um sinal que ele pudesse seguir em frente. Seus lábios úmidos começou a distribuir beijos por todo meu pescoço até chegar na mandíbula, minhas mãos procuraram a lateral de seu corpo o apertando, dei uma leve rebolada e pude o ouvir arfar no pé do meu ouvido.

Puta que pariu, de onde surgiu esse gringo?
Rebolei mais uma vez para me certificar se eu o deixaria do jeito que eu queria e lá estava ele dando todos os sinais de que estava pronto para mim, pelo menos era o que o seu pau duro indicava por baixo da calça.

A música havia trocado e agora tocava o nosso querido funk. Montagem diamante rosa começou a tocar e eu sorri de canto. Inclinei meu corpo para frente empinando minha bunda, fazendo que um pouco do meu vestido subisse pela minha coxa e apoiei as mãos no joelho, virei meu rosto para o lado e pela primeira vez eu pude reparar no homem que estava atrás de mim. Ele estava todo vestido de preto, como eu havia reparado antes, as únicas peças que dava vida ao look era sua corrente de ouro com um pingente e chuteira e pulseiras no pulso direito onde seu braço parecia ser fechado por tatuagens, sem esquecer da sua máscara de palhaço que tampava todo seu rosto. Mais um motivo para eu não me arrepender para frente.

Suas mãos seguraram firme em minha cintura e me puxaram mais para junto dele, deixando nossos corpos 100% colados. Rebolei minha bunda em seu pau repetidas vezes ao toque do funk com a letra mais suja que tocava no momento.

Em um movimento rápido o gringo me puxou pela cintura me virando pra ele. Suas mãos desceram até minha bunda e a apertou com força me fazendo soltar um gemido baixo e encarar a única coisa que dava pra ver em seu rosto: seus olhos castanhos escuros. Sua íris deslizaram por meus seios e subiram até parar em meus lábios avermelhados pelo batom, a única coisa que ele também tinha visão do meu rosto.

— Todavía no sé tu nombre. — Ele disse agora olhando em meus olhos.

Eu não entendia muito de espanhol, mas algumas palavras ainda davam pra ser decifradas. Umideci meus lábios com a língua tirando toda a atenção do gringo para minha boca novamente, com meu dedo indicador ergui seu queixo para que pudesse voltar a sua atenção para o meu rosto.

— E se Deus quiser... — Dei mais uma olhada no homem que soltou uma risada ao perceber. Sorrir abertamente e estalei a língua no céu da boca. — Você nunca saberá. — Pisquei para ele e me soltei de seus braços me misturando em meio a multidão.













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E aí meninas/mulheres?! O que acha que vem a seguir heinnnn??? Sou uma escritora que gosto bastante de interagir com os meus leitores, então espero que vocês apareçam sempre para me dar um feedback sobre o que estão achando sobre a história.
Sendo assim, mal posso esperar pra mostrar a vocês o que vem por aí. 🥰🥰🥰

Impuro amor profano - RICHARD RÍOSOnde histórias criam vida. Descubra agora