Confusão - parte 1

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Richard Rios Pov's
SP - 06:00 PM

Naquela noite foi difícil ter um sono de paz. Os flashbacks da noite passada não saiam de meu pensamento, seu gemido, sua voz chamando meu nome e seu corpo em perfeita sincronia ao meu não me deixava esquecer por um segundo enquanto os meus pensamentos sobre ela estavam certos. Mas o que me deixava frustrado é o fato de não ter nenhuma mensagem daquela desgraçada.

Chequei meu celular pela décima vez e nem um bom dia sequer e muito menos qualquer xingamento. Havia curtido alguns stories dela, mas será que deveria chama-lá? Não queria parecer desesperado, mas eu desejava o sexo dela mais que tudo mais uma vez.

Ouvir uma mensagem de voz de Endrick, me informando que já estava a caminho do CT e que não precisava passar para buscar ele nesta manhã, já que ele havia dormido da casa da Gabriely e eles estavam indo juntos. Agradeci mentalmente por este milagre, meu humor estava perfeito para aquele pirralho estragar ele.

Desci as escadas e dei de cara com a mesa posta recheado de bolo, sucos, pães e alguns biscoito, me deixando totalmente admirado.
Notei que Juvena falava ao telefone, peguei um sequilho da mesa e levei até minha boca, me aproximei de minha prima que parecia bastante entretida com seu português embolado. Lancei um tapinha em sua cabeça bagunçando seu cabelo, que me olhou feio.

— Buenis dias, mi chica linda! — Abrir um sorriso largo e abrir os braços para a mesma que me olhou com desdém.

Nada como um homem feliz a pós uma rapidinha no banheiro antes de ir a dormir.

Juvena não me deu cartaz e continuo a sua conversa. Algo me deixou em alerta quando a ouvir a voz de Indy do outro lado da linha. Me sentei na cabeceira da mesa e eu parecia focado em cortar o pão, mas a verdade é que eu tentava prestar atenção na conversa de minha prima.

— No, no busco uno namorado, muchas gracias. — Juvena dizia rindo virada para a janela que dava vista para o jardim.

Ela ria enquanto Indy a respondia, franzi o cenho enquanto tomava um gole de meu suco. Namorado? Então Indy estava brincando de cúpido com minha prima? Aquela história era estranha, mas pelo menos seria um álibi para mim.

— Ótima desculpa para comer o primo da sua amiga... — Sussurrei para me mesmo e dei de ombros, comi mais um biscoito.

Vi Juvena me olhar de canto e cochichar algo que não consegui ouvir.

— Tchau amiga, tienes uno fofoqueiro na cozinha. — Minha prima disse agora virada para me e rindo.

Tapei os ouvidos com as mãos como se não estivesse ouvindo nada e ela revirou os olhos ainda rindo.
Juvena finalizou a ligação e se juntou a mim á mesa.

— Acordastes cedo hoje. — Ela uma taça a enchendo de suco.

— Não tive uma boa noite de sono. — Dei de ombros, se ela soubesse o que me fez perder o sono...

O silêncio pairou enquanto comíamos. A vontade de perguntar por Indy era mais forte que eu. No Brasil Dizem que a curiosidade matava o gato, mas no meu caso eu tinha 7 vidas, uma com certeza eu perderia neste momento.

— Indy estás bien? — Perguntei sem a olhar, fingindo está focado na fatia de bolo em meu prato.

Ouvi o barulho do talher se chocar contra o porcelanato do prato e o silêncio se fez presente mais por alguns segundos ali. Levantei meu olhar para observá-la, que se mantinha com seu semblante séria e saboreando o suco.
Ela engoliu e me encarou.

— Por quieres saber? — Juvena apoiou os cotovelos na mesa apoiando seu rosto em suas mãos, com uma de suas sobrancelhas arqueadas.

Agora eu já me encontrava arrependido de ter perguntado.

Impuro amor profano - RICHARD RÍOSOnde histórias criam vida. Descubra agora