minha professora e chefe

Resgate

Já passava das 10h da noite, e Soraya estava no quarto das filhas terminando de colocá-las para dormir. Mônica havia passado o dia inteiro com febre, e Janja ajudou a cuidar dela, até chamando uma médica de sua confiança. Agora, a menina dormia tranquilamente em sua cama.

Laurinha - Mamãe, a senhora vai salvar a mamãe Simone?
A criança, com aparência perfeitamente semelhante à mulher, perguntou com um olhar cheio de expectativa.

Soraya - Minha princesa, a mamãe vai fazer de tudo para trazer Simone de volta. Logo, logo estaremos todas juntas, tá bem?
Disse acariciando os cabelos da filha, que estava deitada ao lado de Mônica.

Laurinha - Eu vou cuidar da Mônica.
Disse apertando a mão da mãe, transmitindo confiança.

Soraya não pôde deixar de se emocionar com aquele momento, a filha tão pequena tentando lhe passar conforto e confiança. Sentiu um orgulho imenso da filha pela empatia e maturidade, apesar da pouca idade.

Soraya - Obrigada, minha princesa. Agora tenta dormir, tá? Janja vai ficar com vocês, mas por favor, tenta descansar.
Disse, dando um beijo na testa da filha e se retirando do quarto em silêncio.

Soraya chegou na sala e observou que todos estavam preparados. O agente Leandro estava com uma grande bolsa nas costas, enquanto o agente Falcão terminava de preparar um equipamento que ela não conseguiu identificar. Ambos estavam vestidos com roupas pretas e confortáveis, além de tênis.

Leandro - Soraya, estamos quase prontos para partir. Como estão as meninas?
Perguntou enquanto terminava de fechar o notebook.

Soraya - Mônica está dormindo melhor agora, mas foi um dia difícil. Laurinha está cuidando dela.
Respondeu, tentando manter a calma.

Falcão - Tome, você vai precisar disso.
Disse o homem, sem olhar diretamente nos olhos dela, entregando-lhe uma arma.

Soraya - Eu adoraria meter uma bala no César, aquele maldito. Mas espero que eu não tenha que usar isso.
Disse, pegando a arma e colocando-a em um pequeno cinto na calça.

Janja e Leila estavam ao lado, no sofá. Janja conversava preocupada com Leila, enquanto ela terminava de carregar uma arma prateada.

Janja - Meu amor, por favor, me prometa que você vai tomar todo cuidado.
Disse, agarrando as mãos da esposa.

Leila - Não se preocupe, querida. Eu vou tomar cuidado e prometo que vamos voltar todas bem.
Disse, dando um selinho demorado nos lábios da esposa.

Janja - Eu quero muito acreditar que você vai ficar bem, mas conheço perfeitamente sua personalidade, Leila. Eu prefiro você dando aula na faculdade ou trabalhando como advogada. Só de pensar que você ainda está estudando para ser delegada, me dá calafrios.
Disse, olhando para a esposa com aflição.

Leila -  Eu prometo que não vou me machucar, Janja. E você fique bem e cuide das meninas. Voltaremos com a Simone de manhã.
Disse confiante, levantando-se do sofá e colocando a arma na calça.

Leandro -  Então, todos prontos?
Disse, olhando para todos na sala.

Falcão - Já estou com a localização do cativeiro.

Soraya - Pronta. Janja, por favor, cuide das minhas meninas.

Janja - Pode deixar, Soso. E tome cuidado.

Leila -  Então vamos. Janja, vou deixar cinco seguranças na porta até lá embaixo na portaria, ok?

Janja - Tá bem, amor.

Falcão foi o primeiro a se encaminhar para a porta de saída do apartamento, e Leandro foi logo atrás, junto com Soraya. Deixando Janja e Leila por alguns minutos sozinhas.