1. The Snake

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Oioi estou de volta com mais uma tradução para vocês, essa é uma que eu gosto muito!

Mas antes de qualquer coisa só quero avisar que nesta fanfic terão várias descrições de: rituais (alguns que envolvem consumo de sangue) e
Tortura. Caso isso te incomode, você pode parar por aqui.

Para os demais, eu espero que gostem e boa leitura 💜
(Perdoem qualquer erro de tradução)

•☆•

Era uma tarde fria e solitária de inverno, um grande céu escuro pairando nas bordas do castelo, baixo o suficiente para que os telhados afiados das numerosas torres cortassem as nuvens cinzas como facas de metal cortando manteiga.

Podia-se sentir o cheiro da chuva no ar. Harry, muito parecido com uma cobra, teve o instinto de prová-lo com a ponta da língua. Mas ele não era uma cobra, mesmo que naqueles dias ele sentisse que tinha uma se mexendo diretamente em sua espinha, dormindo em sua medula óssea. Tremendo, o jovem bruxo acompanhou o passo de seus amigos, mantendo a cabeça baixa para chegar à sua última aula do dia.  Bem na borda de sua visão, ele podia ver a Professora Umbridge observando-o, como se ela fosse um falcão e ele sua presa. Outro arrepio que passou despercebido por Hermione, Harry mordeu a parte macia de sua bochecha para evitar que seus dentes batessem.

Feitiços foi como sempre, muitas explicações bonitas e acenos de varinhas. Harry completou sua tarefa após a quinta ou sexta tentativa, ficando bem no meio da escala de sucesso da classe. Ele não foi o primeiro, como Hermione, nem o último, como o pobre Neville. Medíocre, como sempre. Ao lado de Defesa, Harry era realmente apenas um ninguém no mundo mágico, alguém capaz de fazer as coisas certas quando precisava, mas nunca brilhante o suficiente para se destacar. Talvez os Dursleys estivessem certos o tempo todo e Harry fosse simplesmente estúpido. Bem, não em Defesa. 

Ignorando o poço escuro que se abriu dentro de sua mente ao pensar que os Dursleys estavam certos, Harry guardou todas as suas coisas quando a aula acabou e se despediu de seus amigos.

"Tenho detenção pelo resto da semana, lembra?", ele disse, e recebeu um olhar penetrante de Rony e uma mão em seu ombro de Hermione.

“Vemos você mais tarde então. E pensem na minha… proposta, para a Defesa.”

Claro, como se eu quisesse liderar um exército de merda. Harry suspirou.

Antigamente, a sala silenciosa de Defesa Contra as Artes das Trevas era um dos seus lugares favoritos em Hogwarts. Quando não passava de pano de fundo das horas passadas aprendendo o Feitiço do Patrono com Remus Lupin, e bebendo chá quente enquanto mordiscava chocolate e ouvindo histórias suaves sobre seus pais quando eram jovens. E mesmo que isso fizesse seu estômago se revirar, ele podia admitir que o ano passado não foi tão ruim. Claro, o professor acabou sendo um Comensal da Morte, mas Bartô Crouch Jr. ensinou-lhes lições valiosas, e sempre ajudou Harry. Até o protegeu. Claro que era só para que ele pudesse alcançar Voldemort no final, mas ele ainda conseguia se lembrar com carinho de uma ou duas ocasiões - e esse era um pensamento estranho.

Agora, o escritório era um lugar temido.

Harry engoliu em seco, ajeitando a gravata, e entrou depois de bater duas vezes. A Professora Umbridge estava sentada em sua mesa com uma pequena pilha de redações para corrigir, e ela o esperava com um sorriso irônico no rosto.

Sapo.

“Boa tarde, Sr. Potter, vejo que está aprendendo o valor de ser pontual. Sente-se, por favor.” Como sempre, a pequena mesa em que ele fazia suas detenções estava pronta no canto. Então ele se sentou e discretamente começou a regular sua respiração. Ele podia sentir o medo agarrando seus órgãos e torcendo-os, e sabia que sentiria dor em breve. Sua pele já estava formigando com a promessa de violência, e ele só podia se fortalecer e forçar seus músculos a travarem sem tremer.

The Snake, The Soul and The LoversOnde histórias criam vida. Descubra agora